Nas últimas semanas venho ressaltando aqui neste espaço a inigualável importância da iniciativa do PSDB do Brasil de fazer prévias para a escolha do candidato a presidente da República. João Doria foi o escolhido pela maioria do partido e, ao contrário do que os inimigos tucanos – dentro e fora da sigla – apregoavam maldosamente, o governador de São Paulo recebeu seu colega do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com quem disputou as prévias, para um encontro de amigos, correligionários e governadores com a mais alta capacidade de gestão, cujo sonho comum é construir uma Nação melhor para os brasileiros.


Foi uma lição de Democracia. E que, garanto a vocês, foi algo que me inspirou a escrever uma Carta ao PSDB catarinense, colocando meu nome como pré-candidato do partido ao Governo de Santa Catarina, sugerindo ainda a utilização do instrumento democrático de prévias para que essa escolha se concretize como aconteceu a nível nacional.
No documento, abro minha argumentação lembrando que o PSDB SC conta hoje com os melhores quadros da política catarinense, que nenhum outro partido no Estado pode oferecer em qualidade e quantidade – e que poderiam disputar essas prévias. Não declinei de qualquer nome, para não cometer injustiças, já que são tantas e tão boas as opções.


Expressei ainda às tucanas e tucanos catarinenses a mais absoluta convicção de que me apresento tendo como principal plataforma uma Proposta de Gestão inovadora para a construção de uma nova era no Estado de Santa Catarina, baseada na moderna coprodução e na estratégia de planejamento das singularidades e vocações de cada Região do estado. É um “plano de vida” para a SC dos próximos 30 anos.


Também salientei minha crença de que a perspectiva de candidatura própria seja benéfica ao partido por diferentes razões: 1. Fazer palanque para a candidatura nacional; 2. Apresentar uma nova alternativa de gestão de SC para um novo momento da vida do Estado à altura do período Luiz Henrique/Leonel Pavan; 3. Ampliar a estrutura do PSDB SC, elegendo maiores bancadas legislativas pelo empuxo das majoritárias; 4. Considerar o fato de que muito provavelmente haverá dois turnos nos pleitos executivos, quando são naturais e necessárias as alianças e coligações.


Destaquei também que esta solicitação de pré-candidatura não se trata de um desejo pessoal. Tal decisão foi amadurecida ao longo de vários meses em que me reuni com lideranças e bases do partido em todo o Estado e recebi, com muita humildade, manifestações de apoio espontâneas e entusiasmadas de tucanas e tucanos, do Sul ao Norte, do Leste ao Oeste catarinense. Muito me honram essas manifestações e me fazem recordar os anos 90, quando ingressei no PSDB SC pelas mãos do saudoso Jacó Anderle, como pré-candidato à Prefeitura de Florianópolis.


É bastante público e notório que trabalhei intensamente pela candidatura vencedora do corajoso governador de São Paulo, João Doria, e confesso que a lição de Democracia que aprendemos nessa campanha por nosso Estado também muito me entusiasmou em favor desse gesto que agora concretizo. A união nacional e estadual do PSDB em torno de João Doria é agora nosso dever e motivação, e abre oportunidades de crescimento político ao PSDB Catarinense.


Igualmente o resultado das prévias tanto no Brasil como em SC, com a aclamação de João Doria, colocou-me em posição favorável com relação a pleitear esta pré-candidatura, já que logo após o resultado recebi o apoio e o incentivo de dezenas de companheiros para que assim o fizesse, até como forma de sinalizar a formação de um palanque forte e unido e eivado de entusiasmo pelo nosso candidato à Presidência de República, do qual sou amigo e também secretário de Turismo e Viagens no Estado de São Paulo.


Das manifestações de apoio que recebi, destaco a argumentação dos companheiros sobre a legitimidade do meu pleito – afinal, estive e estou lado de João Doria, com o qual iremos empreender a partir de agora uma intensa luta para formar a 3ª Via desejada por mais de 60% dos brasileiros para cessar o populismo destrutivo representado por Lula e Bolsonaro, estes que nas últimas décadas afundaram o Brasil, com bazófias, gerando desemprego, inflação e fome, corrupção, paralisação das obras de infraestrutura, enfim, um caos cujo reflexo mais evidente é a queda do país de 6ª para 13ª economia mundial.


Diante desse quadro, o PSDB, mais uma vez, tem um papel histórico de recolocar o país no rumo certo. É o partido do Plano Real, da Responsabilidade Fiscal, dos Genéricos e que, no último ano, livrou o Brasil de uma catástrofe ainda maior, com o João Doria, o “Pai das Vacinas”, que salvaram milhares de vidas e a própria economia nacional. O Brasil clama pelo PSDB e, portanto, não podemos nos furtar de ter candidatos fortes e preparados tanto para a Presidência de República como para os governos de Estado, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, ampliando nossas bancadas.


Considero, humildemente, que minha trajetória me qualifica para o pleito que agora faço ao PSDB SC. Trabalhei e estudei no exterior, me formei em gestão pública em respeitadas instituições na Europa e nos Estados Unidos e, quando voltei ao Brasil, ainda nos anos 80, além de lutar para fortalecer a redemocratização, engajei-me num desafio que me apaixona até hoje: a micro e pequena empresa, movimento do qual fui um dos líderes e idealizadores em SC e no Brasil.


Percorrendo incansavelmente nosso Estado, fui um dos fundadores da Fampesc, dirigi o CEAG/SC e fui um dos líderes da sua transformação no novo Sebrae. Presidi a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, fui o primeiro superintendente desse novo Sebrae/SC e diretor técnico do Sebrae Nacional, durante quatro anos do Governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.


Juntamente com o emérito professor Neri dos Santos, tive a honra de estar na linha de frente da equipe que elaborou o Plano de Governo de Luiz Henrique da Silveira – para uma gestão que, como pretendemos agora, revolucionou nosso Estado e construiu a Santa Catarina moderna e desenvolvida reconhecida hoje no Brasil e no exterior. Durante sete anos de Governo Luiz Henrique, na coligação PMDB-PSDB, fui secretário de Articulação Internacional e de Planejamento, Orçamento e Gestão, assim como recebi a incumbência de criar e presidir a SC Parcerias, hoje SCPar.


Também tive a honra de ter sido convidado por nosso companheiro tucano, o Governador Leonel Pavan, para ocupar na gestão dele, cumulativamente, as secretarias de Planejamento Orçamento e Gestão e de Articulação Internacional.
Essa trajetória seguiu em Brasília, onde fui secretário Nacional de Políticas do Turismo de 2012 a 2015, presidente da Embratur de 2015 a 2018 e ministro do Turismo do Governo Michel Temer, sendo também presidente do Conselho Nacional de Turismo. Ocupando esses cargos e funções, tive a oportunidade de trazer centenas de obras, projetos e recursos para o nosso Estado e para as nossas cidades e hoje me orgulho em vê-las sendo realizadas e entrando em funcionamento, como é o caso do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, obra que teve como um dos principais inspiradores e incentivadores nosso companheiro Leonel Pavan.


Também não posso deixar de destacar algo que é fundamental para nosso Estado e o PSDB SC: a profunda ligação com Santa Catarina do nosso candidato João Doria, casado com uma catarinense de Pinhalzinho, Bia Doria, com quem tem 3 filhos com metade do sangue catarinense, e cuja família reside no Oeste. João conhece nosso jeito, nossas tradições, tem o empreendedorismo e o trabalho no DNA como os catarinenses – enfim, sabe o que desejamos e o que sonhamos para a SC do futuro.
Por fim, fixei o meu compromisso de ouvir e dar voz às bases do partido, todos os segmentos e diretórios, para que todos participem e contribuam com um projeto que tem como grande finalidade garantir o futuro dos catarinenses e ampliar a qualidade de vida e de oportunidades em nosso Estado.


Este é o teor da minha Carta à Democracia de SC, porque se trata de também incentivar as outras siglas a escolherem seu candidato não pelo execrável e histórico método do “goela abaixo”, em que meia dúzia de mandatários impõem suas pretensões pessoais à grande maioria do partido – sem ouvir, dar voz e vez à grande maioria que está nas bases. Tenho a mais absoluta convicção de que o PSDB catarinense, seguindo o exemplo PSDB nacional, vai dar mais uma lição de Democracia ao Estado e ao país, usando para isso o mais sagrado instrumento democrático e que confere poder singular a cada um de nós: o voto.