
Na quarta-feira da semana passada tive a honra, como catarinense, de estar na linha de frente do lançamento do maior programa de obras da história do Estado de São Paulo – ou seja, do maior programa de obras já realizado por um estado brasileiro. No auditório do Palácio dos Bandeirantes, presentes 428 prefeitas e prefeitos de cidades paulistas, o governador João Doria e o vice Rodrigo Garcia anunciaram o Pró SP, com recursos na ordem de R$ 47,5 bilhões para realização de 8 mil obras e geração de 200 mil empregos, até 2022. Para se ter uma ideia, este investimento significa cerca de 40 anos de orçamento de uma cidade pujante como Chapecó, a capital do nosso Grande Oeste.
E o Grande Oeste catarinense esteve presente no evento em São Paulo. No seu discurso, ao homenagear as mulheres, João Doria agradeceu a presença de sua esposa, Bia Doria, e surpreendeu a plateia ao anunciar que sua sogra, dona Terezinha, tinha vindo de Santa Catarina para prestigiar o genro. Dona Terezinha é a matriarca da família Bettanin, de Pinhalzinho, onde nasceu Bia Doria. O casal Bia e João tem três filhos com metade do sangue catarinense.
Dizendo-se bastante sensibilizado com a presença da esposa e da sogra na plateia, João Doria fez um discurso emocionado, descrevendo o que está fazendo em São Paulo desde 2019 e que, neste ano, resultará num PIB de quase 8%, puxando o PIB do Brasil para algo como 5%. Numa real lição de como governar, João Doria explicou que a origem desse sucesso está nas reformas de base, que o Brasil também precisa fazer. São Paulo foi o único dos 27 estados brasileiros a promover uma ampla Reforma Administrativa; e dos 14 estados que fizeram a Reforma da Previdência, São Paulo foi a que fez a mais profunda delas.
Além de impactar positivamente na economia do maior centro econômico e industrial do hemisfério Sul do planeta, que é São Paulo, os programas agora anunciados por João Doria e Rodrigo Garcia vão se refletir em toda a economia brasileira. O governador relatou que, até aqui, seu governo fez nada menos do que 11 concessões na Bolsa de Valores – entre elas, uma em que também estive lá para bater o martelo, de 22 aeroportos regionais, impactando toda a malha aérea nacional. Concessões significam dinheiro em caixa e economia para os cofres públicos, para aplicação em setores básicos e prioritários.
Por isso é que, segundo João Doria, São Paulo realiza o maior programa de Educação do país: em 2019, o estado tinha 363 escolas de tempo integral (8h/dia). Hoje tem 1.878. Eram 100 mil alunos em tempo integral; hoje são mais de 1 milhão. “Estamos mudando a vida desses jovens e das suas famílias – precisamos fazer isso em todo o Brasil”, afirmou João Doria. O mesmo ele considera que precisa ser feito na área social. Hoje São Paulo tem a Bolsa do Povo, o maior programa social da história do estado paulista, com média de R$ 500 por mês. São 11 iniciativas, como a Bolsa Trabalho, R$ 535 reais durante cinco meses para serviço de quatro horas por dia em órgãos públicos; o Via Rápida, cursos profissionalizantes com bolsa-auxílio; o Prospera Família, de empreendedorismo familiar, com capacitação e incentivos financeiros; o Bolsa Talento Esportivo. E um destaque especial para o Bolsa do Povo Educação, que oferece R$ 500 por mês para 20 horas semanais para trabalho em áreas de combate à pandemia.
Os programas de transferência de renda também são revolucionários. O Alimento Solidário, com 2,3 milhões de cestas básicas combate a fome, mas encontrou pelo caminho um desafio: famílias que recebem o alimento, mas não têm gás para cozinhá-lo. Por isso foi criado o Vale Gás, que oferece um botijão de 13 quilos a cada bimestre, com a transferência de três parcelas de R$ 100 às famílias vulneráveis. São 2 milhões de pessoas beneficiadas com esse programa.