MPF abre inquérito contra João Rodrigues por medidas adotadas de combate à pandemia
O Ministério Público Federal abriu um inquérito contra o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), para apurar as medidas adotadas durante a pandemia do Coronavírus. Para o MPF, os protocolos adotados podem ter favorecido a propagação da doença e o colapso do sistema de saúde na região.
Rodrigues também é apontado como um defensor do chamado “tratamento precoce”, com a indicação de remédios que não tem a eficácia contra a Covid comprovada, a exemplo da Cloroquina e da Ivermectina.
O Ministério Público também chama a atenção para a flexibilização adotada por Rodrigues no início do ano, em meio ao crescimento da contaminação. Na acusação são apresentados os boletins epidemiológicos que mostram a evolução do contágio em Chapecó. O MPF pode acusar o prefeito de improbidade administrativa.
Conversei com Rodrigues que negou a flexibilização. Segundo ele, várias cidades de Santa Catarina seguiram os protocolos determinados pelo Estado, via Secretaria de Saúde. O prefeito também nega que tenha recomendado o uso dos medicamentos sem a eficácia comprovada, mas admite que deu a liberdade aos médicos para que adotassem o uso nos pacientes.
Por fim, João Rodrigues chamou a ação de infundada e injusta, pois, segundo ele, a sua gestão trabalhou para instalar uma das melhores estruturas do estado para o atendimento de pacientes infectados. Ele também acusa o MPF de perseguição.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), chegou a visitar Chapecó para conhecer as ações realizadas no município de combate ao Coronavírus, e fez elogios públicos a Rodrigues pelas medidas adotadas.
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