Agora estamos nas redes sociais. Segue lá! Instagram: @scempauta Twitter: @scempauta https://www.facebook.com/scempauta |
Para receber a coluna via WhatsApp, favor enviar mensagem com o seu nome e cidade e salvar o número: 49 98504.8148. Faça parte da lista de transmissão do site que todo mundo lê.
Caso siga a mobilização dos caminhoneiros, Santa Catarina poderá se tornar o epicentro dos protestos pró-Bolsonaro. Ainda ontem, primeiro dia das paralisações, a Justiça Federal atendendo a uma ação da BRF e, outra da concessionária Via Costeira, determinou a desobstrução das BRs-116 e 101. Ainda hoje, caso não encerre a mobilização, pontos de bloqueio nas BRs-280, 470 e 282 também devem ser proibidos.
A grande questão é buscar entender esse movimento político dos caminhoneiros, em um momento em que houve o aumento no preço e na demanda por frete, além da safra recorde que gerou uma boa demanda de trabalho. Para ter uma ideia, a Fretebras que é um aplicativo de fretes, injetou no setor no primeiro semestre, R$ 28 bilhões, através da oportunidade de trabalho. Neste segundo semestre, o volume de carga transportada aumentou em 83%, em relação ao mesmo período do ano passado. O agronegócio é o principal responsável pelo bom desempenho.
Lideranças ligadas ao setor, atribuem a paralisação a empresários apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que teriam convencido caminhoneiros a trancar as rodovias do país para provocar mais instabilidade. Se a informação se confirmar, é preciso dizer que a retenção de caminhões nas rodovias, ajuda a agravar ainda mais a situação do país e, do próprio Bolsonaro, através do desabastecimento e do consequente aumento da inflação.
Além disso, a conta dos atos de terça-feira já começa a aparecer. Se por um lado, a população deve sim, se mobilizar e defender pacificamente nas ruas o que entende como melhor para o país, desde que não sejam pautas inconstitucionais, por outro, o custo da tensão política é considerável. A bolsa caiu 4% no dia de ontem, reduzindo em R$ 200 bilhões em valor de mercado. Por sua vez, o Dólar atingiu os R$ 5,32, encarecendo os produtos importados e pressionando a inflação para cima. Por fim, se você ou a sua empresa precisam de crédito, saiba que os juros que neste momento batem recorde, encarecem o dinheiro que você for buscar nos bancos.
Talvez algumas pessoas ao não entenderem a profundidade da crise gerada pela instabilidade, me acusem de simplesmente estar contra o governo. Então, o que pensar do áudio enviado por Bolsonaro aos caminhoneiros ontem à noite, que diz: “Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”, disse o presidente que completou: “Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros. Valeu”, concluiu.
É lamentável
Um país que tem um “Zé Trovão” tentando ditar o que será feito, se abre ou fecha, se tranca ou deixa passar, é uma nação a beira do descrédito total. Esses pseudos líderes pregadores de um patriotismo piegas, não tem a mínima noção de seus atos. Não conhecem a Constituição, acham que uma nação se faz no grito e ignoram qualquer contraponto baseado na democracia. Coitado de um país que ouve um Zé Trovão.
Passeio de Daniela

A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) foi passear em Brasília, com as contas pagas pelo Estado. Ela embarcou em um voo para a capital federal no último dia 1º e, retornou na terça-feira (07), em um voo com destino a Florianópolis que partiu às 21h. Daniela foi participar de um evento com pauta conversadora e dos atos pró-Bolsonaro. No mínimo, o passeio de Daniela deve custar aos cofres públicos cerca de R$ 10 mil. Somente em passagens aéreas para ela e sua ajudante de ordens, o custo foi de R$ 6,5 mil, sendo que somente em diárias para a assessora, o Estado desembolsará R$ 3 mil. Já os custos da vice-governadora foram pagos com o cartão corporativo que não tem limite de gastos. A viagem incluiu final de semana e feriado, sem a comprovação de agenda oficial e, recebendo o salário sem desconto algum.
PSDB na oposição
Em reunião que durou cerca de quatro horas, a executiva nacional do PSDB decidiu que, o partido agora é oposição declarada ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Várias lideranças se colocaram a favor de um processo de impeachment, que acabou sendo deixado para um segundo momento. A presidente do PSDB de Santa Catarina, a deputada federal Geovânia de Sá, se colocou, tanto contrária ao processo de impedimento, quanto a decisão de se tornar oposição. “Nós precisamos ajudar o Brasil neste momento de instabilidade”, afirmou. Após a reunião o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, conversou a sós com a deputada, quando disse entender o posicionamento adotado por ela.
Tensão no ninho catarinense
Hoje a deputada federal Geovânia de Sá, conduzirá uma reunião entre lideranças do PSDB catarinense, para discutir o posicionamento da executiva estadual em relação as prévias do partido. O clima entre os apoiadores de Eduardo Leite e João Dória não é bom. Geovânia não adiantou, mas a tendência é de que sejam todos liberados para votarem em quem quiser, sem o fechamento de questão.
Fusão PSL e DEM
Ontem os dois partidos deram mais uma prova de que o casamento é praticamente certo, ao divulgarem uma nota assinada pelos seus dois presidentes nacionais, Luciano Bivar do PSL, e ACM Neto do Democratas, onde repudiam as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), contra as instituições. O fato é que a fusão colocará os bolsonaristas do PSL em uma situação delicada, já que deverão escolher entre se posicionar a favor de seu próprio partido, que pretende lançar candidato ao Palácio do Planalto, ou de Bolsonaro. O presidente estadual do PSL, deputado federal Fábio Schiochet, é um dos nomes que ficarão numa verdadeira encruzilhada.