O governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) em reunião emergencial no início da manhã de hoje, com a Secretaria de Estado da Saúde e com o Colegiado de Segurança Pública, determinou a instalação do Centro de Operações e Controle para monitorar as ações relativas a paralisação de caminhoneiros. O desabastecimento de combustível e demais produtos é a maior preocupação do governo.

Os trabalhos iniciam logo mais às 11h na sede da Defesa Civil do Estado e, serão convidados os demais representantes de poderes e órgãos, inclusive da esfera federal para alinhar as ações. Até o meio-dia um decreto deve ser assinado por Moisés, determinando a preferência do abastecimento de combustível para as ambulâncias e veículos do setor da Saúde em geral, além dos que fazem o suprimento de oxigênio e a distribuição de vacinas. A segurança pública também terá os seus veículos priorizados.

Uma fonte do governo me disse que há um respeito aos movimentos dos caminhoneiros, mas deixou claro que o direito à vida se sobrepõe a qualquer outro interesse e, que o governo fará de tudo para a preservação da vida e do bem-estar da população. “Estamos no combate a pandemia, temos que pensar que o direito à vida se sobrepõe a qualquer outro direito. No momento em que isso começa a gerar prejuízo ao combate à pandemia, o Estado tem que tomar as providências”, afirmou a fonte.

O governo entende que as manifestações podem ocorrer de forma pacífica, porém, tomará medidas fortes para liberar a circulação de veículos e os acessos dos locais de produção e distribuição, sobretudo de combustível.

Outra preocupação do governo é com os abusos praticados por oportunistas que venham a aumentar o preço dos produtos que tiverem uma alta na demanda e até a escassez. Até o momento as regiões norte e da Grande Florianópolis são as mais afetadas pela paralisação.