Narra a história que o Brasil foi descoberto, de uma certa fora, por acaso. Explico este “por acaso”, para não desmerecer, de forma alguma, a importância do descobrimento do Brasil nos anais da história.

Pedro Alvares Cabral, e toda a sua tripulação, quando largaram os cabos e suspenderam os ferros das Caravelas no cais do Porto em Lisboa, no ano de 1500, não tinham a intenção de descobrir mais um pais, ou uma região em Continente Americano. Essa mesma história cita que, por um fenômeno da natureza, os ventos deixaram de soprar, causando uma calmaria, ficando sem o principal combustível para a propulsão das caravelas, que era o vento.

Isso ocorreu já dobrando o Cabo da Boa Esperança, fazendo com que as caravelas, seu comandante e tripulação, de uma certa forma, a deriva, arribasse na costa leste da América do Sul, mais precisamente nas proximidades da hoje Bahia de Todos os Santos, na chamada Porto Seguro.

De lá para cá muita coisa ocorreu neste País Maravilhoso chamado Brasil. Homens bons e homens maus estiverem no governo, em postos chaves desta nação, fazendo o que era bom, como também oprimindo os seus honestos cidadãos, pagadores de impostos e cônscios dos seus deveres, como conhecedores dos seus direitos.

Passando todo esse tempo, o calendário nos leva para 2021, onde vemos uma boa camada da população brasileira, acredito que a maioria, estarrecida por medidas tomadas por quem detém poder, os mais diversos, como também esdrúxulas opiniões, sobre meio ambiente, desmatamento, queimadas, etc., sem, contudo, provar nada.

Esse Brasil, descoberto lá atrás, como já narrado, foi escrito com “S” pelos descobridores, e vem se tornando o maior celeiro alimentício do mundo, e não estou dizendo isso por ser um patriota que gosta desse País e defende as suas cores e símbolos, mas por vivenciar no dia a dia o vertiginoso crescimento do nosso agronegócio. Já somos o maior produtor de soja do mundo, maior produtor de carne bovina do mundo, o segundo maior produtor de milho do mundo, só perdemos para os Estados Unidos, e na grande maioria dos lares da Europa e da Ásia, a mesa é servida com carne de frango ou de porco, oriundas do Brasil. Precisaria de algumas páginas para descrever o que esse

País é capaz de produzir, mas vamos nos ater somente a estes, para explicar o título deste artigo.

Alguns, que se dizem democratas, mas são de araque, criticam o nosso agronegócio, sem saber o que falam, mas a ocupação de terras que estão produzindo, e muito bem hoje no Brasil, não passa de 7,6% do território brasileiro. A Dinamarca cultiva 76,8%; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido, 63,9%; a Alemanha, 56,9%, e por aí vai a Europa, com mais de 60% de suas terras dedicados à agropecuária. A maior parte dos países utiliza 20% a 30% do território com agricultura, o Brasil com “S” somente 7,6%, mas é o mais criticado. Essas críticas não são de graça, tem origem e tem intenção, e é para quem quer ver o Brasil com “Z’ num espaço de tempo não muito distante.

Observem só o que está sendo divulgado nos noticiários internacionais, onde o poderio econômico, com as desculpas de estar querendo justificar as queimadas e os desmatamentos na Amazônia, estão deixando de financiar empresas ligadas aos chamados desmatamentos da Amazônia, que é o caso do banco BNP Paribas, o maior da França, deixando de financiar empresas que produzem ou compram carne bovina ou soja cultivadas em terras desmatadas ou convertidas depois de 2008 na Amazônia.

Essa mesma instituição financeira, disse ainda que incentivará seus clientes a não produzirem ou comprarem carne bovina ou soja em terras desflorestadas, de acordo com os padrões globais. Ainda segundo o banco, a ausência de um mapeamento exaustivo das terras no cerrado brasileiro, impede, por enquanto, que o banco vá além desse incentivo. Além disso, afirmou que até 2025 solicitará aos seus clientes a rastreabilidade total dos setores de carne bovina e soja, financiando assim apenas os que adotarem uma estratégia de

desmatamento zero. Instituições financeiras, expostas ao setor agrícola no Brasil, devem contribuir para essa luta contra o desmatamento. Há um grupo de 45 bancos cujos fundos são da ordem de U$ 28 trilhões para empréstimos e investimentos. Notícia veiculada no site DW – Made for minds.

Com o propósito de buscar a neutralidade de carbono até 2050, ficam desenvolvendo essas ameaças, alegando que só investirão em “desmatamento zero”. Ocorre que o governo do Presidente Jair Bolsonaro trabalha com o desmatamento “ilegal zero”, e não desmatamento “zero”, pois o Código Florestal Brasileiro é claro quando permite o desmatamento legal e não zero, Lei nº 12.651/2012 aprovada pelo Congresso Nacional. Fica claro que o uso da expressão “desmatamento zero” demonstra total desconhecimento e desprezo das regras, e rígidas, inseridas no nosso Código Florestal, atingindo de forma direta a soberania nacional, com intervenção direta do aumento da produção e desenvolvimento do Brasil com “S”. E o que é pior, é que tem gestores públicos que se aliaram a essas narrativas de organismos internacionais, dando guarida para estes se infiltrarem em nosso território, e forma traiçoeira, ir adquirindo parte de nossas terras agricultáveis, e talvez quando nos dermos contas, será tarde.

Esses mesmos gestores e seus colaboracionistas, disfarçados de “democratas”, que criticam as ações dos verdadeiros democratas, chamando-as de “atitudes antidemocráticas”, vão aos poucos, se tornando brasileiros do Brasil com “Z”. Desta forma podemos afirmar, e a história nos conta, que estamos cada vez mais próximos de ver a mesma cena ocorrida em no dia 7 de setembro de 1822. Quando retornava ao Rio de Janeiro, o príncipe Dom Pedro I foi informado, em São Paulo, que as Cortes portuguesas tinham anulado todos os atos do gabinete de seu integrante de governo, José Bonifácio de Andrada e Silva, e removido o restante de poder que ele ainda tinha. Desta forma, Pedro voltou-se para seus companheiros, que incluiu sua Guarda de Honra e falou: amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje, as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo vai unir-nos. Dom Pedro continuou, e depois arrancando a braçadeira azul e branca que simbolizava Portugal: tirem suas braçadeiras, soldados. Viva a independência, à liberdade e à separação do Brasil. Ele desembainhou sua espada afirmando que: para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade e gritou: Independência ou Morte!

O Brasil precisa continuar a plantar e a colher, em território de sua propriedade, mas através do seu bravo povo democrático, que honra esta terra, e chamar de Brasil sim, mas Brasil com “S”.