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O clima na reunião de ontem do diretório estadual do MDB, realizada em Florianópolis, significa muito mais do que uma mera divergência sobre datas para a realização das prévias. Ela vai além, pois escancara a força da bancada estadual que está totalmente alinhada ao governo de Carlos Moisés da Silva (sem partido).
Ao final do encontro, Antídio Lunelli se mostrou insatisfeito, apesar do discurso de que respeita a decisão partidária. Lideranças ligadas a ele saíram falando em fritura e, também em recado do partido, o qual, segundo eles, significa um claro “não” para a candidatura do prefeito de Jaraguá do Sul. O senador Dário Berger deixou o local acreditando que o tempo e a limitação do poder de voto, aos integrantes de diretórios e a detentores de mandatos, o beneficiará, enquanto que o presidente estadual, Celso Maldaner, saiu prestigiado junto aos deputados estaduais.
O encaminhamento para que a data da convenção ficasse para 2022, foi dado em Concórdia, na sexta-feira (20) à noite. Lá, o deputado estadual, Moacir Sopelsa, recebeu Maldaner em sua casa para um jantar, que também contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal, e do deputado estadual Valdir Cobalchini. Os parlamentares argumentaram com Maldaner que uma prévia neste momento causaria grandes problemas ao partido. O líder emedebista chegou a argumentar que, havia uma grande pressão dos que defendiam a realização da prévia ainda este ano, porém, ao final, se chegou a um entendimento. Maldaner saiu fortalecido e com a garantia do apoio da bancada, para que seja dada a ele uma vaga na majoritária na eleição.
O fato é que todas as costuras feitas pelos deputados estaduais tiveram como objetivo, neste momento, evitar que houvesse um racha, já que não deixariam a base de Moisés na Assembleia Legislativa. A bancada está satisfeita com a atenção que tem recebido, o que lhe permite atender as suas bases com recursos e ações de governo. Dessa forma, os deputados seguem alinhados a Casa D’Agronômica e tem quem afirme que, o governador poderia se filiar ao MDB e assumir a condição de candidato.
Essa hipótese, apesar de difícil, parte de lideranças emedebistas que, entendem que ao esticar o prazo, o partido torna ainda mais difícil qualquer desvinculação do governo Moisés no próximo ano, afinal, como ser adversário de um governo do qual se fez parte? Uma fonte chegou a afirmar que os ocupantes de cargo no Executivo que foram indicados por deputados do MDB, dificilmente aceitarão pedir exoneração, frente a crise enfrentada pelo país. “Ninguém vai querer ficar desempregado”, relatou. Se isso acontecer, também será difícil fazer com que esses servidores indicados por emedebistas, apresentem qualquer posicionamento contrário ao governador no pleito.
Por causa de todo o cenário que se apresenta, se entende que mais cedo ou mais tarde, o convite para que o governador se filie ao MDB, poderá se efetivar, conforme adiantado por Valdir Cobalchini ao SCemPauta há alguns dias.Outra possibilidade é um apoio a Moisés, mesmo que ele esteja em outro partido, hipótese que encontraria uma maior resistência, já que os emedebistas querem voltar a encabeçar um projeto.
Consultados sobre os prováveis cenários para o próximo ano, deputados estaduais me disseram que o fato de permanecerem na base de Moisés, não significa que estarão em um mesmo projeto que ele no próximo ano. Também me foi dito que a ideia de uma chapa pura para agregar os três pré-candidatos do partido, é vista com bons olhos.
Inconformidade
Uma fonte emedebista relatou que, ao final da reunião de ontem do diretório estadual do partido, lideranças ligadas ao prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, demonstraram enorme contrariedade, após a decisão do diretório. A verdade é que com a decisão, o grupo de Lunelli perdeu a queda de braço contra a bancada estadual e o senador Dário Berger. A fonte ainda relatou que, o vice-prefeito de Xanxerê, Adenilso Biasus, ligado ao deputado federal Carlos Chiodini, era um dos mais fervorosos, chegando a falar para Lunelli que todos deveriam ir para o Podemos.
Procurado
O prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, ao sair da reunião do diretório estadual do MDB, voltou para a sua cidade. Antídio se recolheu a reuniões fechadas e recebeu inúmeros telefonemas de outros partidos, principalmente do Podemos, PSDB e Progressistas. Antídio seguirá com a sua agenda de palestras, tanto, que hoje ele irá a Timbó e nos próximos dias a Blumenau. Uma fonte próxima ao prefeito, me disse que ele não deseja mudar de partido. “Apenas que ele sinta que o estão enganando”, relatou.
Chamou à realidade

O ex-governador Paulo Afonso Vieira durante à reunião de ontem do diretório estadual do MDB em Florianópolis, confirmando o que adiantei na coluna, chamou a todos os presentes para a realidade, ao se opor ao voto de todos os filiados ao partido nas prévias. Vieira lembrou que a imensa maioria dos filiados não tem vida ativa no partido, o que poderia causar um grande constrangimento caso fossem todos convocados e, comparecessem menos de 10%. Ele também fez a defesa de que o voto deve ser dado por quem participa ativamente, pois tem o devido conhecimento para saber em quem votar.
Veigamed
Nos bastidores corre a informação que até amanhã, o Ministério Público deverá denunciar alguns dos investigados no caso da compra dos 200 respiradores fantasmas. Apesar de outras datas terem sido ventiladas, fica a expectativa pela confirmação.
Crise institucional

Os governadores discutiram ontem a crise política por que passa o Brasil, durante uma reunião híbrida, onde alguns foram a Brasília e, outros participaram online, a exemplo de Carlos Moisés da Silva (sem partido). O encontro foi motivado pela preocupação com o nível de tensão gerada no país, onde até mesmo se volta a falar em ruptura institucional. Ao final ficou decidido que os governadores tentarão audiências em separado, com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), com o presidente do STF, Luiz Fux, e com os presidentes da Câmara Arthur Lira (Progressistas) e do Senado Rodrigo Pacheco (DEM).
Divergência de ideias
Na reunião de ontem, o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), junto a mais alguns governadores, resistiu a uma posição de confronto com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Moisés e Bolsonaro não tem uma boa relação, mesmo assim, o governador catarinense não quer entrar em bola dividida e fez um forte discurso contra a proposta de um posicionamento mais duro em relação ao presidente. O posicionamento chegou a gerar uma divergência com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que após a fala de Moisés, respondeu: “O que nós devemos fazer é defender a democracia, Moisés, e não silenciar diante das ameaças que estamos sofrendo constantemente”, reagiu Doria, que defendia a elaboração de uma carta de repúdio. Os governadores também se mostraram preocupados com o comportamento de integrantes da Polícia Militar nos estados, em relação aos atos de 7 de setembro.
Jantar na Agronômica
Ontem à noite o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) recebeu para um jantar na Casa D’Agronômica, lideranças do PSD. Participaram os quatro deputados estaduais, Júlio Garcia, Marlene Fengler, Milton Hobus e Ismael dos Santos, os deputados federais Darci de Matos e Ricardo Guidi, além de aproximadamente 40 prefeitos pessedistas, incluindo o prefeito de Chapecó, João Rodrigues.