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Dória recebeu o apoio dos tucanos catarinenses. Foto: Antônio Carlos Mafalda

A visita do governador de São Paulo João Dória, a Santa Catarina, animou o PSDB estadual. Foi o gás que os tucanos catarinenses precisavam, para definitivamente acreditar no projeto estadual e nacional do partido. Mas vale dizer, que se for para garantir um forte palanque, mesmo incentivando uma candidatura tucana à Casa D’Agronômica, Dória poderia até mesmo liberar o PSDB para apoiar um outro partido aqui no estado, desde que o apoio ao Palácio do Planalto seja dado a ele.

O governador paulista que é casado com a catarinense Bia Dória, natural de Pinhalzinho no Oeste, se colocou como a moderação entre os extremos, no caso, o ex-presidente Lula (PT), e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). “Nós teremos em 2022 as mais sujas e hostis eleições da história. Os extremistas não dialogam, eles brigam. E nós teremos dois extremistas disputando a sucessão presidencial. Lula na extrema esquerda e Jair Bolsonaro na extrema direita. Não medirão esforços para fazer uma campanha vil, suja, fake, de agressões. Não será uma campanha para principiantes. Será uma campanha dura. Mas o PSDB terá um candidato com força e determinação para defender o Brasil”, afirmou.

Ainda durante a sua fala, ele não reclamou das prévias, inclusive destacou a importância dos demais nomes. Dória chegou a dizer para algumas lideranças que deseja um processo interno pacífico, para que o PSDB saia unido para enfrentar o pleito nacional.

Já do encontro com o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) foram poucas as informações. Ao contrário do que foi informado anteriormente, o almoço ocorreu na Casa D’Agronômica, onde o cardápio principal foi a vacina do Butantan. Moisés pediu mais doses da Coronavac caso não cheguem via Ministério da Saúde e, ouviu de Dória que as doses extras serão liberadas para completar a vacinação, basta ao governador oficializar o pedido.

Ao final do encontro ficou a impressão de que Moisés simpatiza com o projeto de Dória. Lideranças próximas negam qualquer decisão do governador catarinense, pois, ainda não se sabe para qual partido ele vai, mas fontes afirmam que houve uma aproximação. “O perfil de ambos foge da polarização, foge dos extremos”, relatou.

Dória no evento ligado a prévia tucana, foi recebido por um grande número de lideranças que anunciaram total apoio a ele.

Fiel escudeiro

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), fez questão que o seu secretário de Turismo, o catarinense Vinicius Lummertz, estivesse com ele na agenda em Florianópolis. Lummertz que realizou uma palestra no Sicom em Chapecó e, fez uma visita ao prefeito Mário Woitexem, o Cena, de Pinhalzinho, logo voou para a capital catarinense. Do colegiado de Dória, Lummertz se tornou um dos nomes mais próximos do governador paulista.

Convite a Moisés

O líder da bancada do MDB na Assembleia Legislativa, Valdir Cobalchini, me disse que alguns parlamentares devem apresentar nos próximos dias um convite ao governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), para se filiar ao MDB. A relação entre o governador e os deputados é tão boa, que levou até mesmo o senador Dário Berger a se unir a vontade da bancada, que deseja marcar as prévias somente para o próximo ano. A data defendida pela bancada estadual é o dia 15 de março. No próximo dia 23 o diretório se reunirá para tomar uma decisão.

Terceira via

Lideranças do MDB de Santa Catarina apostam numa terceira via para a eleição do próximo ano à Presidência da República. O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal, me disse que nos próximos dias será organizada uma live com a senadora, Simone Tebet, pré-candidata do MDB a presidente. Ela também deve vir ao estado no próximo mês.

Crítica a Jorginho

A pré-candidatura do senador Jorginho Mello (PL) ao Governo do Estado, parece que ainda não foi bem digerida por lideranças emedebistas. Durante encontro do MDB em Chapecó, o presidente estadual do partido, deputado Celso Maldaner, criticou Jorginho ao mencionar a presença do ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e atual vice-prefeito de Xanxerê, Adenilso Biasus. “Só não é prefeito, pois o Jorginho não foi grato com o MDB ao não nos ajudar em Xanxerê”, afirmou Maldaner.

Reunião da esquerda

Dirigentes dos partidos de esquerda em Santa Catarina, PT, PV, REDE, PSB, PDT e PCdoB se reuniram no sábado (14), em Florianópolis. Eles destacaram que o encontro é para dar sequência as articulações para a criação da Frente Democrática que disputará o Governo do Estado, além de trabalhar a união dos partidos para defender a democracia brasileira. Participaram o presidente estadual do PT, Décio Lima, a suplente de deputada federal, Ana Paula Lima, o membro da Executiva do PT-SC, José Vermohlen (Zeca) e o deputado estadual, Rodrigo Minotto (PDT). Além deles, o vice-prefeito de Itajaí, Marcelo Sodré (PDT); Guaraci Fagundes, presidente do PV, Homero Gomes (PSB), Douglas Mattos, presidente estadual do PCdoB; Anderlise Abreu, presidente do PCdoB de Florianópolis, Janaína Deitos (PCdoB), Manoel Dias, presidente do PDT em Santa Catarina, Fernando Coruja (PDT) e demais dirigentes políticos estiveram no encontro.

Projetos próprios

Com a provável candidatura do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o PT de Santa Catarina vai querer lançar o seu candidato. A ideia não é somente a de dar palanque a Lula, mas de estampar o número do partido na propaganda eleitoral. Neste momento, Décio Lima é o nome dos petistas para a majoritária. Acontece que o PT terá dificuldade de unir todos os partidos em torno de seu projeto. Primeiro, pelo fato de que o PDT que tem em Fernando Coruja, o seu pré-candidato a governador, não deixará o projeto nacional de Ciro Gomes (PDT) de lado. Outro partido que poderá ter candidato à Presidência é o PSB, através do governador do Maranhão, Flávio Dino. Outro detalhe importante, é que se Dário Berger vencer as prévias do MDB, os pessebistas de Santa Catarina estarão com ele.

Trabalhando a proporcional

O Progressistas planeja para as próximas semanas, o início de reuniões regionais presenciais com os seus filiados. Os encontros terão a presença de seus dois pré-candidatos ao Governo do Estado. O senador Esperidião Amin, e o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, se encontrarão com as lideranças regionais para apresentar as suas ideias. De acordo com o presidente estadual do partido, Silvio Dreveck, o Progressistas terá candidato a governador. Enquanto não começam as reuniões o partido foca na formação de uma chapa proporcional. O próprio Dreveck disputará à Câmara Federal, assim, como a deputada Ângela Amin que vai à reeleição, a ex-secretária nacional da Juventude, Jayana da Silva, e Nilson Stainsack, ex-prefeito de Presidente Getúlio e, atual primeiro suplente do partido na Câmara dos Deputados.

Convênio para a Cultura

O vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré (PSOL), me procurou para relatar que a capital perdeu um convênio com o Governo Federal de R$ 183 mil, que somado a contrapartida do município, daria para adquirir equipamentos para o setor da Cultura. Boppré deve apresentar nesta semana um pedido de explicações. Liguei para o prefeito Gean Loureiro (DEM), que nega a perda do convênio. Ele explica que as liberações de recursos federais são demoradas, tanto, que decidiram fazer a licitação com a opção da rubrica ser através de recursos próprios, ou de convênio. Gean já pediu a prorrogação do prazo junto à Caixa. “A licitação já está em andamento e a obra vai acontecer. Se está preocupado com a obra o vereador pode ficar tranquilo que vai acontecer e, que nos próximos dias vamos lançar mais algumas centenas num grande pacote de obras para ele acompanhar”, provocou.

Mais recursos

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), também informou que o município conseguiu junto a Fundação Nacional de Artes (Funarte), mais R$ 1,3 milhões para investimentos no setor cultural da capital.

Mais um HC pró-Jefferson

Mais um pedido de habeas corpus foi apresentado em favor do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Assinam, o advogado Leandro Ribeiro Maciel, o defensor público Ralf Zimmer Júnior, e o deputado estadual, Kennedy Nunes, que preside o PTB em Santa Catarina. No documento eles questionam o papel do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o qual, segundo eles, não pode assumir o papel de quem acusa, processa e julga. Além disso, eles também pedem que Moraes seja impedido de julgar o caso por já exercer as funções investigativas.

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