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Uma nota assinada pela presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (Adepol), Vivian Selig, e pelo 1º secretário da entidade, Vagner Papini, não pegou bem entre integrantes do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa.

No documento direcionado à categoria, Vivian destaca os esforços da Adepol para convencer o governo e a Alesc a incluírem no projeto da Reforma da Previdência, a questão da paridade e integralidade, a qual define como uma última possibilidade de manutenção da dignidade previdenciária. “Será o momento de pressionarmos os deputados estaduais para a correção de uma grave injustiça que está sendo posta.

Lembra-se, ainda, que, segundo o compromisso assumido pelo chefe da Casa Civil, Eron Giordani, se o Programa de Incentivo à Migração (PIM), cujo projeto de lei será apresentado até a próxima terça-feira (03), não atender ao pleito dos integrantes da segurança pública civil, haverá a autorização ao Parlamento para que seja concedida a ingralidade e a paridade aos servidores que ingressaram até setembro de 2016 (sic) ”, escreveu.

No mesmo documento Vivian pede para que os delegados que ocupam funções de confiança e eventuais cargos comissionados, que assinem o pedido de exoneração coletiva, com efeitos a partir do dia 4 de agosto, caso, segundo ela, na votação da reforma a Polícia Civil seja desvalorizada. “Como resultado da votação na ALESC, a Polícia Civil restar desvalorizada pelas novas regras previdenciárias, em nítida preterição aos militares estaduais”, afirmou.

Procurei o governo, mas assessores disseram que ninguém irá se manifestar. Apenas um assessor relatou na condição de anonimato, que a nota foi recebida com surpresa, já que estão abertas as conversas até o último prazo. “O que posso te dizer é que se os delegados pedirem a exoneração, o governo aceitará e ponto. Chantagem não será aceita”, afirmou.

Outro ponto relatado pela fonte é de que nunca houve qualquer promessa ou compromisso, de liberar a bancada governista para votar a favor da paridade e integralidade, caso o PIM não agrade aos policiais. “Isso não é verdade. Nunca houve qualquer promessa nesse sentido”, garante o assessor. A informação é corroborada por um parlamentar que subiu o tom e chegou a chamar de “mentirosa” a afirmação que consta na nota. “Conversei com alguns colegas e as conversas precisam ser mantidas no campo do diálogo e da verdade. A inexperiência e ansiedade da presidente da Adepol coloca em risco toda uma classe. Estamos buscando o melhor para o Estado, mas também atentos aos servidores, porém, com intransigência e desrespeito não haverá evolução”.

O deputado disse ainda que os relatores Milton Hobus (PSD) e Volnei Weber (MDB), são testemunha de que nunca foi prometida a liberação da bancada. Ele também fez questão de explicar que o Programa de Incentivo à Migração deve contemplar a todos os servidores e, não apenas a Polícia Civil, que ingressaram no serviço público de 2004 a 2016, mas que não foram contemplados com a integralidade e paridade.

Outro parlamentar que estava próximo durante a conversa, fez uma comparação entre o mal-estar com a Adepol e, o comportamento do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC), Elmar Schmitt Osório, o qual, segundo ele, tem discutido com seriedade e sem a divulgação de inverdades.

Lima e Jorginho

Uma conversa de bastidores dá conta de no caso do Partido Liberal disputar a eleição ao Governo do Estado com chapa pura, que o vice do senador Jorginho Mello deverá ser o deputado estadual, Sargento Lima.

Camilo nega

O presidente estadual do Podemos, Camilo Martins, ex-prefeito de Palhoça, garante que Paulinho Bornhausen disputará ao Senado, não a deputado federal conforme divulguei. Ele também confirmou a pré-candidatura de Jean Kuhlmann a deputado federal, com o apoio do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt. Sobre a pré-candidatura do prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, ao Governo do Estado, Camilo disse que a jovem liderança já está definida como o nome do Podemos.

Infraestrutura

Confirmada a nova data da audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, com o ministro Tarcísio de Freitas. A reunião foi proposta pelos senadores Esperidião Amin (Progressistas) e Dário Berger (MDB) e acontecerá no dia 17 de agosto.

Kassab em SC

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, se encontra hoje com lideranças de seu partido em Florianópolis. Ele participará de uma reunião e almoçará com os seus correligionários no Hotel Faial. Uma coletiva está prevista para logo depois. Kassab falará sobre os projetos do PSD visando as eleições do próximo ano.

Apoio a Colombo

O presidente da Comissão Executiva do PSD de Quilombo, município do Extremo-Oeste, Gilmar Ferrari, divulgou nota de apoio à pré-candidatura do ex-governador Raimundo Colombo ao Governo do Estado. “Está na hora de Santa Catarina voltar ao rumo do desenvolvimento, com quem realmente conhece as necessidades do Estado e do seu povo”, destaca Ferrari.

Ipreville

O presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Maurício Peixer (PL), quer o agendamento da votação da Reforma da Previdência municipal para no máximo, na segunda semana de agosto. O prazo para a apresentação do cálculo atuarial do rombo previdenciário, já está esgotando, após ter sido dado mais 30 dias para o levantamento dos dados.

Porto de Itapoá

Um grande projeto para a construção de um novo terminal portuário em Itapoá, está sendo desenvolvido pela Coamo Agroindustrial Cooperativa. Atualmente, o empreendimento encontra-se em processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O novo terminal deverá ficar localizado no bairro Pontal, às margens da Baía da Babitonga, onde possui terrenos adquiridos há cerca de seis anos. O novo terminal será utilizado na movimentação de granéis, óleo bruto de soja e matéria-prima para fertilizantes. A perspectiva, para o início do empreendimento, é que sejam criados cerca de 80 postos de trabalho no terminal, já a COAMO estima um investimento de R$ 800 milhões, e início das operações em 2026.

Falecimento em Timbó

O empresário Ditmar Krüger, pai do prefeito de Timbó, Jorge Krüger (Progressistas), faleceu ontem vítima da Covid. Kriguinha como era conhecido tinha 67 anos e estava em tratamento na UTI do Hospital e Maternidade Oase. O velório será realizado hoje, das 9h às 15h, na Capela Mortuária Jardim da Paz, no Cemitério Municipal Jardim da Paz. Kriguinha foi vereador durante um mandato de 1993 a 1996 e, secretário executivo da Associação Comercial e Industrial do Médio Vale do Itajaí (ACIMVI) por 15 anos, no período entre 1978 e 1993, e servidor dos Correios por mais de 20 anos.

Novos Projetos Novos Negócios

A Fundação Centro de Inovação e Tecnologia de Biguaçu (CITeB) lançou o programa “Novos Projetos Novos Negócios” com inscrições até 22 de agosto. Trata-se de um edital para jovens, empreendedores e demais pessoas que tenham ideias de negócios e estejam em fase de formatação ou de pré-incubação. Essa é a primeira de uma série de ações que o CITeB está desenvolvendo para promover a cultura empreendedora na região, atrair investimentos sustentáveis e despertar oportunidades inovadoras onde há maior carência como agronegócio, economia criativa e tecnologia.  O edital completo está disponível no site: www.citeb.com.br

10 projetos

Serão contemplados pela Fundação Centro de Inovação e Tecnologia de Biguaçu (CITeB), 10 projetos que receberão mentoria, espaço físico e ambiente adequado para formatação de um plano de negócios por 3 meses, de setembro a dezembro. Ao final do período existe a possibilidade de premiar um projeto por 6 meses de incubação completa no ambiente do CITeB, a partir de janeiro de 2022.

Exposuper

A 33ª. Exposuper, inicialmente prevista para 26 a 28 de outubro deste ano, teve sua realização adiada para 21 a 23 de junho de 2022, mantendo-se nas dependências do Complexo Expoville, em Joinville. A decisão foi anunciada pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats) durante um encontro virtual da Diretoria Executiva com expositores e demais empresas parceiras.

Estreia

A partir de hoje teremos no SCemPauta a colaboração do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, que bimestralmente escreverá artigos sobre o setor. Graduado em história, Sanovicz é mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela USP e professor doutor do curso de Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP). Já atuou como consultor-sênior em programas e ações na área de marketing e turismo, foi diretor da Reed Exhibitions Alcântara Machado (2007 a 2011); vice-presidente da ICCA — International Congress & Convention Association (2001 a 2007); presidente da Embratur (2003 a 2006), sendo responsável pela implantação do Plano Aquarela e pela criação da Marca Brasil; Também presidiu a Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo (2001 a 2003); foi diretor de operações do São Paulo Convention & Visitors Bureau (1997 a 2000); e diretor de turismo da Prefeitura de Santos (1993 a 1996).

A ABEAR

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) tem a missão de estimular o hábito de voar no País. Suas estratégias de atuação compreendem planejar, implementar e apoiar ações e programas que promovam o crescimento da aviação civil de forma consistente e sustentável, tanto para o transporte de passageiros como para o de cargas. Criada em 2012 pelas principais companhias aéreas brasileiras — AVIANCA, AZUL, GOL, TAM (hoje LATAM) e TRIP —, a associação também contribui para o relacionamento da cadeia da aviação, atuando junto aos setores público e privado, entidades de classe e consumidores. Atualmente são associadas: ABAETÉ, BOEING, GOL, ITAPEMIRIM, LATAM, LATAM Cargo, RIMA e VOEPASS.

Artigo

Aviação e Turismo só terão retomada com vacinação em massa

A aviação comercial brasileira e, consequentemente, todas as atividades correlatas à cadeia do Turismo só terão chances reais de experimentar uma retomada consistente quando a vacinação em massa contra a Covi-19 se tornar um fato. Apesar de estarmos registrando nos últimos meses sinais de reaquecimento da demanda por voos domésticos, o desempenho operacional das empresas aéreas em 2020, mostra como os severos impactos da pandemia ainda refletem no dia a dia do setor.

A aviação teve em 2020 seu pior resultado em 20 anos, transportamos no ano passado menos do que a metade dos passageiros de 2019, ou 45,2 milhões, uma diminuição de 52,5%. No mercado internacional a situação foi ainda pior. O transporte aéreo de passageiros recuou 71% em 2020, em relação a 2019. A oferta teve diminuição de 62,6% na mesma comparação. No total, foram transportados 6,8 milhões de passageiros, menos de um terço do fluxo de 2019.

Logo no início da pandemia, a ABEAR elaborou três grupos de ações para manter o país conectado. O primeiro bloco foi interno, ligado à redução de custos e revisão de contratos. A segunda frente foi marcada pelo diálogo com o governo federal por meio dos Ministério da Infraestrutura, do Turismo e da Defesa, além da Secretaria de Aviação Civil (SAC), ANAC, Infraero, Força Aérea Brasileira (FAB), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e Anvisa para uma série de ajustes de regulamentação e normas que nos permitiram continuar operando em meio a este cenário duríssimo. A medida mais visível deste bloco foi a que permitiu que todos os consumidores que tinham um bilhete pudessem remarcá-lo por até um ano sem qualquer custo.

O terceiro bloco foi de demandas de caráter econômico. Pedimos uma linha de crédito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a liberação do FGTS para colaboradores do setor em licença não remunerada, e a volta do Imposto de Renda sobre o leasing das aeronaves a sua condição histórica de alinhamento ao mercado intencional. Até agora, não obtivemos sucesso em nenhuma destas demandas finais. Por conta disso, cada empresa buscou suas alternativas para aliviar o caixa no momento em que a demanda e a receita despencaram.

Além disso, elaboramos na ABEAR um programa com oito áreas prioritárias focadas na recuperação da aviação daqui para a frente:

– Enfrentar o alto custo do querosene de aviação (QAV), que no Brasil é um dos mais caros do mundo;

– Atuar para alinhar o Brasil às melhores práticas mundiais em ambiente legal e reduzir a forte judicialização do setor;

– Ampliar Infraestrutura e movimento de carga aérea, cujo potencial de ampliar receitas e estimular a economia é fortíssimo; 

– Atuar para que o ambiente regulatório seja alinhado com o mercado internacional a fim de ampliar a eficiência do setor;

– Apoiar as Concessões aeroportuárias;

– Reforma tributária para a retomada do desenvolvimento;

– Aviação regional para aumentar a conectividade do país;

– Programa de estímulo às viagens aéreas, após a vacinação em massa se tornar uma realidade;

A boa notícia recente é que os dados mostram que, em julho, registramos uma malha doméstica com 1.624 voos por dia, em média, o que significa 67,7% do cenário pré-crise. Nesta retomada ainda tímida, observamos a predominância dos passageiros a lazer, a diminuição brutal do tráfego corporativo e o surgimento de um novo consumidor, que soma trabalho em home office com lazer, e viaja com a família. Nos falta ainda o segmento vital para fechar a equação, a retomada dos eventos. Acredito que com o avanço da vacinação, com adesão em massa e a manutenção de cuidados e regras sanitárias, podemos pensar em perspectivas melhores para o fim do ano neste último setor também.

É fundamental, portanto, avançarmos em diversos temas para voltarmos a crescer com consistência: o debate sobre o alto custo do combustível de aviação (QAV) no país, sobre uma Reforma Tributária que dê competitividade para a aviação e o Turismo, além do combate ao excesso de judicialização no setor aéreo. A massificação da quantidade de pessoas imunizadas é igualmente determinante. Só assim, a aviação comercial, como principal catalisadora da cadeia do Turismo, poderá voltar a transportar mais passageiros, oferecendo mais voos e mais destinos, promovendo o desenvolvimento econômico e social do país. Eduardo Sanovicz – Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR)

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