
Um dos principais conceitos de auditoria é: A análise de todas as atividades desenvolvidas por uma empresa de pequeno, médio ou grande porte, que tem como objetivo verificar se as ações dessas organizações estão conforme planejadas por elas, ou se estão de acordo com as normas estabelecidas pelo Governo e pela Lei que regem as empresas.
Historicamente a primeira manifestação da auditoria que temos conhecimento, surgiu no século XIV, na Inglaterra, onde o governo utilizava o exame periódico e sistemático das contas públicas. Obviamente que naquela época não havia nada sistematizado, não existiam nada de técnicas de seleção e teste.
Mas em 1840, com a revolução industrial se estabeleceu uma nova era econômica na Inglaterra, com o surgimento de um grande mercado industrial e comercial, com isso consequentemente veio a falta de controle e inúmeros investimentos fracassados. Devido a esses pontos negativos, e com fracassos sendo demonstrados, surgiu a necessidade de se efetuar auditorias, com o propósito de alinhamento de um processo mais controlado, se focando em detecções de fraudes, erros técnicos, bem como erros de princípios contábeis.
Já no Brasil, entre 1899 e 1902 houve o primeiro advento da auditoria externa, onde a companhia São Paulo Tramway Light & Power Co teve suas demonstrações financeiras certificadas pela empresa Clarkson & Cross, atual Ernst & Young. A primeira empresa de auditoria independente a se instalar no país foi a Delloite Touche Tohmatsu, no Rio de Janeiro, em 1911.
Portanto, todas as empresas brasileiras, sendo de capital aberto ou fechado, sob o regime jurídico de Sociedades Anônimas, obrigatoriamente, seus balanços e áreas financeiras e contábeis, passam por auditorias externas. E ainda há a recomendação, por questões de compliance, que a cada período de cinco anos, sejam alternadas as empresas de auditorias externas. As empresas, que tem em seu bojo a seriedade de suas contas e trabalham de forma transparente, tanto para o governo, mercado e seus acionistas, fazem questão de ter as suas contas auditadas, de maneira independente, para mostrar ao mercado a lisura da exploração de suas atividades.
Portanto, auditoria para quem faz as “coisas” certas, não há o menor receio de faze-las, a cada período de um ano. Transportando isso para a área política, o mesmo conceito deve ser tomado, ou seja, para quem faz as “coisas” certas, não há o menor receio em ter um processo eleitoral auditável. É incompreensível a atitude que alguns Ministros da nossa Suprema Corte, alguns Partidos Políticos, alguns políticos, negarem auditoria ao processo da eleição nas urnas eletrônicas, e a todo custo, querem fugir do voto auditável, como sendo uma coisa repugnante. Qual a razão dessas atitudes? Temem por algo que desconhecemos? Não estamos defendendo o retrocesso das eleições passadas, que eram em votos em cédulas, processo extremamente moroso para se apurar os votos, levando os cartórios eleitorais a proclamarem os eleitos em até três ou quatro dias, além, é claro da vulnerabilidade de possíveis fraudes.