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O prefeito de Jaraguá do Sul Antídio Lunelli está empenhado a conquistar os filiados do MDB, para ser o nome do partido na disputa ao Governo do Estado. Dedicado a visitar as regiões do estado, ele aposta no seu perfil de empresário que entrou na política para, segundo o próprio Antídio, fazer o melhor para a população. Um detalhe é que ele sempre faz questão de lembrar de sua origem como mesmo diz, de colono.
O fato é que os emedebistas vivem um momento de guerra silenciosa que deve durar até o dia 15 de agosto, quando acontecerão as prévias do partido. De um lado Antídio e o presidente estadual do MDB, Celso Maldaner, de outro, o senador Dário Berger. Questionado sobre o incômodo de Berger devido a sua proximidade com Maldaner, o prefeito de Jaraguá do Sul respondeu que todos os três têm todas as condições para assumir o Governo do Estado. “Se fosse olhar a questão de tempo, o senador Dário Berger e o deputado Celso Maldaner tem mais condições do que eu, devido ao tempo de partido. Mas no meu entendimento e segundo algumas pesquisas que nós aqui temos feito, o eleitor tem a preferência para votar em um gestor, alguém que vem da iniciativa privada”, disse.
Antídio se considera um inconformado com a gestão do país nas duas últimas décadas, por isso, se coloca como “um patriota” que deseja fazer algo para mudar a realidade do povo. Ele faz questão de dizer que não desmerece qualquer outro nome do partido que deseja disputar o governo, porém, acredita que a população quer votar em um perfil como o seu. “A população quer votar em alguém que vem de baixo, de uma história de trabalho, de luta, que deu a sua contribuição no nosso município, pegando ele num momento muito difícil. Conseguimos dar a volta e colocamos Jaraguá em destaque. Pelos dados que me são apresentados a população gostaria de votar num perfil desses”, afirmou.
Ainda analisando o perfil preferido da população, Antídio Lunelli acredita que em quatro anos, pode acontecer de haver uma mudança e, o eleitor pedir um político o qual definiu como de carreira mais extensa, ao contrário segundo ele, do momento atual. O prefeito de Jaraguá foi além, ao afirmar que não está contaminado, nem por partidos, como por qualquer gestão política que não deu certo. “Eu não falo mal dos políticos, mas falo uma realidade. Mas aprendi que a política é a arte da negociação, do entendimento e de somar. Também sei ouvir e posso tomar qualquer decisão pelo bem do município, ou do Estado, pois não tenho amarras”, disse Lunelli.
Quanto ao seu foco, o prefeito destaca que é nos mais pobres e, se diz com um sentimento mais social do que qualquer petista. Só que a diferença em relação ao PT, segundo Antídio, é que a sua linha é do capital e o trabalho, da formação e da inclusão através da educação. “Eu não governo para os quatro anos, eu governo para o futuro e a grande maioria que passa pela política, os caras estão preocupados com os anos de governo deles e o resto que se lasque”, criticou.
Sobre um possível apoio de Celso Maldaner, Antídio Lunelli lembra que votou no deputado para a presidência estadual do partido. Teceu elogios a ele e a Dário Berger, mas em relação ao líder emedebista foi além, a dizer que Maldaner tem “cheiro de povo”, o comparando ao também deputado Carlos Chiodini. Insisti sobre o apoio de Maldaner a ele e, a resposta foi curta: “Nós estamos bem próximos”, disse rindo e completou: “Nós somos bem próximos”, deixando mais clara ainda a parceria.
Mudança de partido
Nos bastidores também se fala sobre uma possível mudança de partido. Antídio Lunelli (MDB) admite que recebeu inúmeros convites, listando os partidos pelo Podemos, Patriota, PSL, PL e o Progressistas, deste último, tendo sido convidado diretamente pelo presidente estadual, deputado Silvio Dreveck. Lunelli também revela que houve o apoio do senador Esperidião Amin, que disse a ele que seria muito bem-vindo. “Eu não tenho problema com nenhum partido, mas não saio do MDB que tem lideranças com uma linda história. Também não saio, pelo fato de não ser oportunista”, afirmou. O que chamou a atenção é que para Lunelli, no Norte do estado o seu nome é maior do que o de seu partido, devido aos resultados de sua gestão.
Sem Bolsonaro e Lula
O prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), sempre lembra que foi candidato pela primeira vez por incentivo do então deputado federal e hoje presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), com quem tem uma amizade de alguns anos. Só que chamou a atenção o descontentamento de Antídio, que num primeiro momento disse que Bolsonaro foi importante para o país, mas, por outro lado, o considera um homem teimoso e que precisa aprender a ouvir. “Ele arruma muita briguinha de varejo, que não precisa arrumar. Precisa se preocupar com as questões grandes, mandar os projetos para o Congresso, ouvir e conciliar”, disse Antídio. O pré-candidato a governador também critica o extremismo que atinge o país, dizendo que os extremos de esquerda e de direita não fazem bem.
De centro
Antídio Lunelli (MDB) foi além, ao destacar que se considera de centro com uma tendência à direita. Ele fez questão de dizer que jamais será de esquerda. O prefeito de Jaraguá do Sul se define como um liberal seguindo os padrões americanos. Ainda quanto a eleição à Presidência da República, se sentir que Santa Catarina apoiará o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não irá contra a maré, mas entende que para o futuro do Brasil, Lula (PT) e Bolsonaro não servem, devendo surgir algum nome de centro que apazigue o país. Questionado sobre nomes, Antídio confessa que tinha uma esperança no governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que o acabou decepcionando por ser, segundo ele, muito marqueteiro. Ainda apontou os nomes do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e do prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).
Polêmico
Ainda durante a longa conversa que tivemos, o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), deixou escapar um posicionamento que promete gerar polêmica. Se dizendo patriota, ele lembrou que era estudante durante o período militar, quando, segundo Antídio, tudo funcionava bem. “Muitos falam da ditadura, pode ser até que tenha sido uma ditadura, mas nós do interior não vimos ninguém apanhar, ninguém ser preso. Talvez isso aconteceu lá no Rio de Janeiro, na Bahia, ou sei lá onde. Onde a turma ficava fumando maconha, tocando violão o dia inteiro e esperando para um coco cair na cabeça. Mas nós aqui que sempre fomos gente da luta, do trabalho, da terra em baixo das unhas, de pegar no cabo da enxada, tudo funcionava bem. Não quero entrar nessa questão pelo fato de que o próprio MDB fala muito da ditadura”, concluiu.
Debate

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Jorginho confirma

O senador Jorginho Mello (PL), confirmou em rápida conversa que tivemos ontem à noite, que o seu filho, o advogado Felippi Mello, deverá presidir o Patriota em Santa Catarina. Eu divulguei na semana passada em primeira mão, que o senador Flávio Bolsonaro (Patriota) fez esse pedido a Jorginho, sob o argumento de evitar uma disputa no partido. Em no máximo quinze dias o anúncio deve ser feito e, apesar da negativa que já há uma definição, uma fonte do Patriota confirma que caberá a Felippi e a Jorginho, o comando estadual do futuro partido do presidente da República, Jair Bolsonaro. Vale explicar que o senador permanecerá no comando do PL.
Organização das nominatas
Pelo acordo com o senador, Flávio Bolsonaro (Patriota), caberá ao senador Jorginho Mello (PL) liderar a formação das nominatas no Patriota de Santa Catarina. O senador também ajudará o deputado estadual, Kennedy Nunes, a formar as chapas no PTB, além de cuidar do Partido Liberal e apoiar o PSL. Jorginho garante que todos esses partidos estarão com ele, confirmando a informação adiantada pela coluna de que ele vai liderança a Aliança Conservadora Liberal. Jorginho também aguarda uma resposta positiva dos deputados Caroline de Toni e Daniel Freitas, ambos do PSL, ao convite para se filiarem ao PL, ou ao Patriota. Quem pediu para assinar ficha no Partido Liberal foi a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), que também estuda a possibilidade de ir para o Patriota.