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A bancada estadual do MDB na Assembleia Legislativa deve pedir o adiamento da convenção de agosto, marcada para a escolha do candidato do partido ao Governo do Estado. Os deputados se reunirão nos próximos dias para discutir a questão.
Dois parlamentares confirmaram a informação de que o pensamento na bancada, é o de pedir o adiamento para o ano que vem, porém, não deram mais detalhes. Já uma fonte ligada a executiva estadual do MDB, me disse que o objetivo é o de evitar constrangimento, uma vez que o partido tem secretários no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). “Se o partido definir o seu candidato em agosto, a bancada terá que se afastar do governo e, isso eles não querem agora”, afirmou.
Vale destacar que no MDB a força da bancada estadual é respeitada, tanto, que ninguém quer entrar em choque, pois sabem que os deputados terão um papel decisivo nas definições em relação a eleição do próximo ano. “A bancada estadual é considerada hoje como a maior instância de poder do partido, ainda mais pela união, eles estão fechados”, relatou a fonte. Mesmo assim, eles devem encontrar muita resistência para convencer o presidente estadual, deputado Celso Maldaner, a aceitar a mudança de data.
Enquanto isso, seguem as movimentações internas dos pré-candidatos a governador. Enquanto o senador Dário Berger tem se mantido mais discreto fazendo poucas agendas, o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, se movimenta e segundo lideranças emedebistas, já teria até mesmo conquistado o apoio de Maldaner, que próximo a convenção deverá declinar a seu favor. “O crescimento do Antídio é grande, começou a ganhar força”, relatou a fonte.
Já a favor de Berger, a nota que publiquei ontem sobre a defesa do ex-prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Campos, ao nome do senador, afirmando que o PSB apoiará o MDB, caso Dário seja o candidato, repercutiu entre lideranças emedebistas. Embora teve quem torceu o nariz dizendo que não filiados não devem se envolver em discussões internas do partido, um cacique levou em consideração lembrando que, tanto Campos, quanto o presidente estadual dos pessebistas, Claudio Vignatti, são muito próximos à Dário.
Independentemente se a convenção acontecerá neste ano, ou no próximo, o fato é que o maior partido do estado já está com o bloco nas ruas, carente de um grande líder desde o falecimento de Luiz Henrique da Silveira e, sedento por um nome que encante o eleitor e outros partidos, ao ponto do MDB novamente ter um candidato a governador liderando uma grande aliança.
Nova tríplice
A formação de uma nova tríplice aliança esteve em discussão há alguns meses. O processo de construção estava sendo capitaneado pelo deputado estadual, Júlio Garcia (PSD), mas acabou parando quando o pessedista começou a enfrentar problemas relacionados a Operação Alcatraz. Lideranças do PSD, DEM e MDB conversaram em várias oportunidades sobre o casamento. A princípio, nenhum dos partidos iria impor o seu nome, a construção seria feita de acordo com os números das pesquisas. Questionei um cacique do MDB se o partido aceitaria compor um mesmo projeto com o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM). A resposta foi através de uma lembrança das críticas do então senador, Raimundo Colombo, a Luiz Henrique da Silveira, que chamava o governo do emedebista de “cabide de emprego”. “Depois eles se acertaram e o Colombo foi apoiado pelo MDB com todo apoio do Luiz Henrique”, destacou.
Gean se movimenta

Mesmo afirmando categoricamente que está focado na Prefeitura de Florianópolis, o prefeito Gean Loureiro (DEM) tem conversado com outras lideranças sobre as eleições do próximo ano. Cotado para disputar o Governo do Estado, Loureiro jantou esses dias na casa de Gelson Merisio (PSDB), em encontro que também contou com a presença do ex-deputado federal, João Paulo Kleinübing (DEM). Merisio quer a cabeça de chapa, enquanto Gean prefere a cautela, pois, somente o tempo mostrará quem estará melhor no cenário.
Fortalecimento do DEM
O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro sabe que hoje, ele é maior do que o seu partido, o Democratas, que ainda está no processo de fortalecimento. Loureiro estaria acertado com os deputados estaduais, Ricardo Alba (PSL) e Felipe Estevão (PSL), para se filiar ao partido. Já em relação a Kennedy Nunes (PSD), o parlamentar que havia dado um sim a Gean, deve mesmo parar no PTB. Nunes já estaria praticamente acertado com o presidente nacional do partido, Roberto Jefferson. Além de Alba e Estevão, Gean acredita que o partido terá nomes para eleger pelo menos, mais dois deputados estaduais. “Eu acho que nós vamos eleger quatro deputados estaduais e um federal. Também vamos buscar uma segunda vaga a federal”, disse. Ele planeja cerca de 40 candidatos a deputado estadual e 16 a federal. Gean já tem inclusive, praticamente fechado um bom número de mulheres para a disputa.
Nomes da capital
O Democratas de Florianópolis já está mapeando alguns nomes da capital, para disputar vaga na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. O prefeito Gean Loureiro me disse que o momento é de pensar na gestão municipal, mas que no aproximar da eleição vereadores serão chamados para a disputa. Ele não quis adiantar nomes, porém, uma fonte revelou que o vereador Ed Pereira (PSDB) deve ir para o DEM para disputar uma vaga à Alesc. Outros dois nomes são o de Gui Pereira (PSC) e, a suplente Roseli Pereira que já está filiada ao Democratas.
Discussão entre deputados
O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB), acabou com o grupo dos deputados estaduais no WhatsApp, após uma forte discussão entre alguns parlamentares. Tudo começou com a desaprovação de Ana Caroline Campagnolo (PSL) a um gesto do deputado Sargento Lima (PL), que teria compartilhado nas redes sociais fotos dos deputados que votaram contra o impeachment do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) com críticas a eles. “Mas aí é fácil, Deputado. Na minha opinião, o Moisés só se safou após o sr. ter salvado a Daniela. Mas eu não público isso, pois tento respeitar a sua boa fama (sic) ”, escreveu Campagnolo. Depois ela respondeu ao deputado Ivan Naatz (PL), que escreveu: Vcs fazem as merdas e nós todos pagamos! (sic) ”. Na resposta, Caroline afirmou: E quanto ao deputado Ivan, gostaria de lembrá-lo que quem fez a merda foi o Moisés e depois a Daniela (que teve duas chances de fazer algo que preste é se prestou a não fazer nada de útil) (sic) ”.
Seguiu a discussão
O deputado estadual Sargento Lima (PL), escreveu que Ana Caroline Campagnolo (PSL) pode publicar a sua foto a vontade e, a desafiou a explicar qual seria a sua opção. “Não dá para ficar isento em tudo, agora todo mundo dizendo que “os deputados” safaram o Moita (Moisés), isso não, estou ali para votar, e não tenho vergonha dos meus votos (sic) ”, escreveu Lima. Em resposta, Ana Campagnolo disse que foi o voto de Lima, em referência ao primeiro processo de impeachment, que salvou Moisés. “O sr. informou ao seu eleitor que o seu voto para manter a Daniela no poder por uma brincadeira de 40 dias seria, CONSEQUENTEMENTE, a salvação do Moisés? Essa é a história (sic) ”, concluiu Campagnolo. Ela lembrou ainda que Daniela é alheia ao cargo de governadora e deixou claro que o parlamento não confia na vice. Caroline também afirmou que diante da hipótese de Júlio Garcia (PSD) poder assumir o Governo do Estado durante o primeiro processo de impeachment, que os inimigos do pessedista se movimentariam para impedi-lo.
Outras críticas
O deputado estadual Sargento Lima (PL) lamentou que escreveram em um grupo de WhatsApp, que todos os parlamentares “são farinha do mesmo saco”. O deputado Maurício Eskudlark (PL) respondeu alfinetando o colega. “Talvez pensem assim por ter debatido um voto com seus colegas, aparentemente ter posição firme, e chegando na hora estranhamente mudando o voto (sic) ”, escreveu. O fato é que Eskudlark criticou o seu colega de partido pelo fato de ter mudado de última hora o seu voto no primeiro processo de impeachment, livrando Daniela Reinehr (sem partido) e a colocando a frente do governo interinamente.