A situação do governo interino de Daniela; Movimentos de Zanotto incomoda servidores da Saúde; Grupo de Daniela acredita ter os votos dos desembargadores entre outros destaques
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A governadora interina Daniela Reinehr (sem partido) cumpre agenda em Brasília no dia de hoje. As 9h30 está marcada uma audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, quando estará na pauta a liberação de recursos para as BRs-470, 153 e 280. Além disso, Daniela também irá às 14h na Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca, ligada ao Ministério da Agricultura, seguida de visita ao Ministério da Saúde onde se encontrará com o ministro Marcelo Queiroga, às 17h, quando o assunto será as vacinas.
Enquanto Daniela anda por Brasília, a situação dentro do governo interino é de pagamento de conta e de disputa por espaço. Mesmo com a sinalização da Procuradoria Geral da República, ontem a governadora interina pagou mais uma de sua conta com dinheiro público, ao nomear como adjunto da Infraestrutura o ex-secretário de Comunicação de Blumenau, André Espezin.
A nomeação que teve a anuência do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), foi por indicação do deputado estadual, Laércio Schuster (PSB), que está com um pé no Podemos, situação que levantou críticas. “Está mais do que provado que o Laércio negociou o seu voto. Ele não votou pensando na legalidade e na população, votou pensando nele”, afirmou uma fonte ligada a Assembleia Legislativa.
Uma constatação que já é possível fazer, é que a decisão da PGR pedindo o arquivamento do processo contra Moisés, começa a surtir os seus efeitos, já que a expectativa é de um retorno em breve do agora governador afastado. O ex-procurador de Justiça do Estado, José Galvani Alberton, foi convidado para assumir a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social, no lugar de Luciano Buligon. A resposta dele foi a de se ter cautela com o dinheiro público, ao declinar do convite. Alberton teme o desgaste de ficar muito pouco tempo no cargo.
Outro ponto que deve mais uma vez preocupar Daniela, é a desconfiança entre os dois grupos dominantes em seu governo, já que houve praticamente, uma divisão dos espaços entre Gelson Merisio (PSDB) e o senador Jorginho Mello (PL), dois pré-candidatos a governador.
Jogando o mandato fora
Logo em seu primeiro mandato o deputado estadual, Laércio Schuster (PSB), tem cada vez mais complicado as suas chances de reeleição. A nomeação de ontem, de André Espezin como ajunto da Secretaria de Estado da Infraestrutura, com direito a agradecimento do novo nomeado a Schuster, expõe o que há de pior na política, que é o toma lá dá cá, que nunca ficou tão claro, tão evidente. Schuster perde qualquer argumento para negar a mercantilização de seu voto no processo de impeachment.
Jorginho na CPI
O senador Jorginho Mello (PL) fará parte da CPI da Pandemia, indicação do Bloco Vanguarda, composta por DEM, PL e PSC. Será o único catarinense a participar de um processo tão importante. A presença do senador catarinense atende a um desejo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Movimentos errados
O clima na Secretaria de Estado da Saúde é de observação e preocupação. Acontece que os movimentos políticos do grupo da atual secretária Carmen Zanotto, está causando grande insatisfação nos servidores.
Impeachment: votos garantidos
Uma fonte com livre circulação no Centro Administrativo relatou na condição de anonimato, que o ex-deputado estadual Gelson Merisio (PSDB), garantiu em conversa com o núcleo duro do governo interino que ele garante os cinco votos dos desembargadores a favor do impeachment. “Ele (Merisio) disse que tem seis votos, os votos dos desembargadores e mais o do Laércio (Schuster). Nem que chova pra cima isso não irá mudar, é o que foi dito”, relatou a fonte.
Naatz discorda
O deputado estadual, Ivan Naatz (PL), proponente e relator da CPI dos Respiradores na Alesc, se manifestou sobre a decisão da Procuradoria Geral da República de arquivar o inquérito de investigação e pedir o arquivamento do processo que investiga eventual participação criminal do governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL). Segundo ele, a decisão não tem relação com o objeto deste segundo processo de impeachment, por se tratar de matéria na esfera penal, enquanto que o processo em julgamento do chefe do executivo é com relação a responsabilidade.
Contundência
Algumas pessoas me têm questionado o motivo da contundência das informações sobre o governo da interina Daniela Reinehr (sem partido). A minha resposta vai em formato de pergunta: e quando foi que o SCemPauta não foi contundente? Quando foi que não usamos de firmeza para apontar o que acontece em nosso estado? Foi assim em relação ao governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), assim está sendo em relação a Daniela e seguirá sendo independentemente da figura política que for. Nunca deixamos de abordar na devida forma, os assuntos que interessam aos catarinenses. Fomos nós que demos informações exclusivas de operações como a Chabu, Alcatraz e até do caso Veigamed, revelado pelo Intercept. Seguiremos o nosso caminho, mesmo que isso fira alguns interesses.
O fanatismo hipócrita
Um grupelho começou a atacar o SCemPauta nas redes sociais por causa das informações divulgadas sobre o caso Veigamed. Críticas, sempre serão bem-vindas, mas o que ocorre é que o nosso trabalho está sendo alvo da leviandade e do fanatismo cego. São pessoas que não querem o bem do Estado, apenas o bem e a presença dos que eles defendem a frente do poder, sob o discurso fajuto do que é certo. Hipócritas, que bradam contra as verdades publicadas pelo fato de não agradar aos seus interesses e, se calam se escondendo para não serem vistos, frente as negociatas que ocorrem nos bastidores do governo interino de Daniela Reinehr (sem partido). Se calam até mesmo para o fato de ter sido nomeado filho de mensaleiro, investigado na Operação Chabu e alvo da CPI do Rio Mathias em Joinville. Cadê as manifestações nas redes sociais pelo certo? Até mesmo a patética Carla Zambelli (PSL), caçadora de notoriedade, entrou na onda. Sinal de que o nosso trabalho está no caminho certo.
Paulinha no MDB?
O deputado federal Carlos Chiodini (MDB), recebeu mais uma vez, ontem em Brasília, a deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), que viajou acompanhada do prefeito de Bombinhas, Paulo Müller, o Paulinho (DEM). Eles tiveram uma agenda com o presidente do MDB Nacional, Baleia Rossi e o líder do partido Isnaldo Bulhões. “Conversa muito produtiva e de progresso sobre a possível chegada da deputada ao nosso partido. Diria que foi um passo muito importante para a mudança. Mudança que certamente viria a somar para Santa Catarina, já que ambos são políticos muito atuantes”, comentou o deputado Chiodini. Paulinho deve acompanhar a deputada.
Dirce nega
Em resposta a nota que escrevi na coluna de ontem, a deputada estadual Dirce Heiderscheidt (MDB) entrou em contato para negar que está ensaiando qualquer aproximação com a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido). A parlamentar me disse que esteve com a interina, somente acompanhando duas prefeitas com o objetivo de ajudá-las. “É o nosso papel de parlamentar. Fazer esse contato entre os municípios e o governo”, destacou. A deputada Ada de Luca foi outra emedebista a visitar Daniela.
Teste
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou ontem, que o exame PCR, que identifica se a pessoa está com coronavírus, deve ter autorização imediata das operadoras. Para que a decisão seja cumprida o mais rápido possível pelos planos que atendem em Santa Catarina, o Procon notificou laboratórios e empresas para que se adequem às medidas estabelecidas. “Cabe também alertar o consumidor que se houver demora na autorização por parte do plano de saúde, ele deve acionar o Procon para que possamos fazer valer os seus direitos”, reforça o diretor do órgão, Tiago Silva.
Controle dos atos
Após a turbulência causada no estado pelo processo de impeachment, algumas pautas que ficaram pendentes voltarão à discussão. Uma delas é a ideia de criar um ambiente mais seguro na Assembleia Legislativa para o uso de computadores nos gabinetes. A ideia é evitar atos irresponsáveis como o do ex-assessor, Frutuoso de Oliveira, que atacou gratuitamente um deputado criando um projeto falso e espalhando criminosamente via internet. O problema é que o então cliente de Frutuoso, foi quem teve o maior prejuízo, mesmo sem ter culpa do fato.
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