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Alguma coisa está acontecendo no Governo do Estado, sobretudo no setor da Saúde. Além de não ter mais a facilitação do acesso aos dados, sobretudo, dos municípios, também há uma notória lentidão na distribuição de vacinas.

Em Lages, o município começará a vacinação do público idoso que precisa tomar a segunda dose, além da imunização com a 1ª dose dos profissionais da saúde dos grupos já elencados, porém, novos grupos terão que esperar o Estado enviar mais vacinas. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Claiton de Souza, somente após o recebimento de um novo lote que será possível dar continuidade a vacinação para novos grupos.

Outra situação preocupante acontece em São José. O prefeito Orvino de Ávila (PSD) me disse que estão no aguardo para receber as vacinas, que possibilitarão ao município atingir novas faixas etárias. Segundo ele, há uma previsão para hoje. Questionei se já havia faltado vacina antes e a resposta foi que dessa forma, ainda não. “Vinha num ritmo bom, estamos na faixa de idade 67, era para estarmos na faixa 64”, explicou o prefeito.

De acordo com Ávila, desde quarta-feira da semana passada reduziu o ritmo da entrega de vacina ao município. Vale lembrar que Florianópolis e Blumenau passaram pela mesma situação.

Questionei a Secretaria de Estado da Saúde, que informou que está prevista para hoje às 09h, a chegada ao estado de 75.500 doses da AstraZeneca, e mais 69.200 doses da Coronavac.

Fator João Rodrigues

Uma fonte me relatou que o senador Jorginho Mello (PL) teve uma conversa com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), quando cobrou um posicionamento sobre a eleição do próximo ano. Pré-candidato a governador, Jorginho conseguiu, de acordo com a fonte, que Bolsonaro lhe garantisse apoio, assim como a Ratinho Júnior no Paraná (PSD) e a Onyx Lorenzoni (DEM) no Rio Grande do Sul. “Esses são os três nomes do presidente na região Sul para o próximo ano”, afirmou. Já uma outra liderança me relatou que Jorginho embretou o presidente, frente ao destaque dado ao prefeito João Rodrigues (PSD), por causa da visita de Bolsonaro a Chapecó. O senador teria se incomodado e cobrou um posicionamento do presidente, já que tem sido leal no Congresso em quase todas as pautas do Governo Federal.

Mexeu com o jogo

Essa manifestação precoce conforme relatou a fonte, que teria sido feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) ao senador Jorginho Mello (PL), primeiro, coloca o presidente numa condição de não poder recuar, mesmo assim, as palavras de Bolsonaro em relação a Rodrigues e a amizade entre eles, já rendeu espaço para o prefeito que era considerado completamente fora do cenário estadual. A situação mexeu com as estruturas e o cenário político iniciou uma movimentação de reação, tanto com Jorginho cobrando um posicionamento de Bolsonaro, que ganhará força real, apenas quando se tornar público, além de nomes como o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), que demonstrou curiosidade e, até de Gelson Merisio (PSDB), hoje, o maior desafeto de Rodrigues e com quem teria que disputar voto no Oeste, região dos ex-companheiros.

Elogiados

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) ontem em Chapecó, fez dois elogios. Primeiro ao prefeito João Rodrigues (PSD), a quem disse ter sido injustiçado, assim como ele próprio, segundo as palavras do presidente. Segundo, ao senador Jorginho Mello (PL), o pai do Pronampe, a quem Bolsonaro tem uma grande gratidão devido ao resultado do programa.

Até tu?

A primeira ideia para a liderança do governo interino de Daniela Reinehr (sem partido) na Assembleia Legislativa, foi convidar um deputado evangélico, um pastor pelo tom agregador. Se pensou nos deputados estaduais, Sergio Motta (Republicanos) e em Jair Miotto (PSC), mas, como as sondagens da assessoria identificaram possíveis negativas, partiram para o plano B que é a experiência de alguém que já exerceu a liderança. Foi aí que surgiu o nome da deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT). Será que é essa a pauta que levou a parlamentar a se encontrar por pelo menos, três vezes com a governadora interina?

Influência

Talvez essa possibilidade de liderança no governo provisório de Daniela Reinehr (sem partido), também seja uma influência do convite que o pré-candidato tucano ao Governo do Estado, Gelson Merisio (PSDB), teria feito a Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), para ser a vice na sua chapa. Resta saber, se nesse jogo ela entrará vestida de vermelho ou de azul e, para qual partido vai.

Paulinha nega

Procurada a deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), me disse que não será a líder por não ter esse grau de afinidade com a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), mas deixou claro que valoriza a permanência de Daniela nesse momento a frente do governo, pela condição de ser mulher. Sobre Gelson Merisio (PSD), naturalmente, se houve o convite, a parlamentar não iria admitir. Apenas respondeu que considera Merisio um homem preparado e inteligente. “Tem meu respeito. Mas eu serei candidata a deputada estadual”, afirmou.

Tem que explicar

A governadora interina Daniela Reinehr (sem partido) se limitou a um discurso não muito claro, ontem durante a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) a Chapecó. Ao final, ela seguiu com o presidente e não falou com os colegas de imprensa. Daniela poderia explicar a nomeação de João Alberto Pizzolatti Neto, filho do ex-deputado federal, João Pizzolatti, preso no mensalão do PT. A militância mais à direita deve ficar confusa vendo no governo de uma dita bolsonarista, o filho de um mensaleiro no governo do PT, além de Gerson Schwerdt, investigado na Operação Chabu, e Miguel Bertolini, que é um dos alvos da CPI do Rio Mathias em Joinville. Daniela saiu a francesa e embarcou para Florianópolis.

Quem indicou

João Alberto Pizzolatti Neto, é uma indicação do deputado estadual, Laércio Schuster (PSB). Ele é amigo do ex-deputado João Pizzolatti desde que era filiado ao Progressistas.

Recursos para obras federais

Os deputados estaduais aprovaram por maioria de votos, na sessão de ontem, os dois projetos de lei que autorizam o Governo do Estado a repassar recursos próprios para obras viárias de responsabilidade do Governo Federal. Pelo texto original, o governo criaria uma subação, no valor de R$ 750 milhões, no Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, destinando recursos para obras federais no estado. No outro projeto, o Executivo abriria crédito suplementar de R$ 250 milhões, que seriam repassados para a duplicação da BR-470 e a recuperação da BR-163.

Auxílio a empreendedores

Por unanimidade, foi admitida pela Assembleia Legislativa a tramitação da Medida Provisória, que concede auxílio financeiro, na forma de empréstimos com juros subsidiados pelo Estado, para pequenos e microempreendedores que foram prejudicados pela pandemia da Covid-19. Com a aprovação, a MP segue para a análise nas comissões da Assembleia e sua conversão em projeto de lei.

Pressão em Blumenau

Segue em Blumenau as discussões entre a empresa de ônibus que atende a cidade, e uma comissão formada pelo prefeito Mário Hildebrandt (Podemos). A empresa alega que houve uma redução de 45% no número de passageiros e, pede que sejam repassados R$ 3,5 milhões mensais para custear a manutenção da frota nas ruas. Já Hildebrandt pediu um novo cálculo dos custos, mas já disse que os R$ 2 milhões mensais que estão sendo repassados, já estão no limite de caixa do município.

Escola demolida

O deputado estadual Fabiano da Luz (PT) pediu formalmente explicações à Secretaria de Estado da Educação, sobre a demolição de uma escola de ensino médio, localizada no Distrito de Ibicuí, no município de Campos Novos. De acordo com Fabiano, 227 alunos estudavam no local, entre moradores da comunidade e os remanescentes do Quilombo Invernada dos Negros.

Doses de bondade

Os cidadãos de Joinville que forem se vacinar contra a Covid-19, podem também exercer a solidariedade. O projeto Doses de Bondade disponibiliza espaços para a doação de alimentos não perecíveis nos locais onde estão sendo aplicadas as vacinas: a Central de Imunização, montada no Centreventos Cau Hansen, e as nove Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs). As doações não são obrigatórias. Os alimentos não perecíveis serão destinados às entidades cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social, uma ação que é coordenada pela Secretaria do setor.

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