Desde fevereiro do ano passado quando foi detectado o primeiro caso de covid-19 no Brasil, e mais fortemente a partir de março quando fomos impactados com o aumento dos casos e medidas restritivas, passamos a pronunciar e conviver com possibilidades de lockdown que no português significa confinamento ou bloqueio total.
Como tudo atualmente no Brasil, a adoção deste protocolo politizou. Sobram manifestações a favor e contrárias ao lockdown, mas faltam dados oficiais sobre os resultados no combate a pandemia da adoção desta medida que, principalmente para especialistas, é apontada como a única forma de evitarmos a propagação do vírus. As notícias sobre a experiência da adoção do confinamento em outros países e em cidades brasileiras deveriam ser mais frequentes e disseminadas. As informações ficam, na maioria, restritas a academia. Já com relação à economia, os prejuízos são amplamente debatidos, divulgados e perceptíveis. Entidades representativas do setor produtivo abriram campanhas contrárias a sua adoção. O Ministério Público e a Defensoria Pública entraram com ação para a paralização das atividades.
Pesquisei sobre Portugal que depois de perder o controle da covid editou medidas restritivas por dois meses e, agora, começa a flexibilizá-las em etapas até maio. A informação dá conta que o país respira mais aliviado mas retoma aos pouco temendo nova onda da doença.
E em Santa Catarina? O lockdown aos finais de semana tem surtido efeito? Os números divulgados ainda não demonstram. Pode ser que mais pra frente apresente resultados positivos na redução de casos e internações.
Eu acredito na ciência e mesmo sem a necessidade de decretos evito a circulação desnecessária. Mas, infelizmente, nem todos agem desta forma. Basta vermos a quantidade de aglomerações e festas detectadas pela força de segurança neste final de semana, bem como dados de barreiras sanitárias sobre a grande circulação de pessoas. Defender o isolamento e não fazer sua parte é uma incoerência.
Termina nesta segunda o lockdown em Lages