A Grande Florianópolis apresenta real possibilidade de viver o colapso ocorrido no Oeste. Os hospitais privados estão fechados para atendimentos de emergência, aumentando a carga nas unidades de pronto atendimento municipais. O alerta foi feito pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), na reunião realizada nesta quarta-feira (10), entre prefeitos das maiores cidades, presidentes de associações de municípios, representantes de instituições, secretários de estado e o governador Carlos Moisés da Silva (PSL).

A  noite o Governo do Estado anunciou  que irá instalar um Centro Integrado de Ações contra a Covid-19. A ação será nos mesmos moldes da operação feita para atender a região Oeste, em Chapecó. Uma reunião marcada para esta quinta-feira (11), às 16h, na Defesa Civil em Florianópolis vai deflagrar a operação com a participação do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, do chefe da Casa Civil, Eron Giordani, da Defesa Civil, David Christian Busarello, e os prefeitos de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. Em conjunto, eles terão a tarefa de analisar os cenários e estabelecer ações para o combate da pandemia na região.

Novo Decreto

O novo decreto do Governo do Estado 1200/2021, já publicado no Diário Oficial, prorroga medidas sanitárias e de fiscalização em Santa Catarina. As regras passam a valer a partir desta sexta-feira, 12. Além de suspender o funcionamento dos serviços não essenciais no próximo fim de semana, a proposta também estabelece medidas mais restritivas nos dias de semana entre 12 e 19 de março para conter o agravamento da pandemia de Covid-19. O

O efetivo de 500 policiais permanecerá atuando na fiscalização das medidas sanitárias previstas pelo decreto em todo estado e a venda de bebidas alcoólicas para consumo no local estará proibida das 21h às 6h.

Ação na Justiça para lockdown

E como já havia sido aventado pelo próprio Ministério Público, a Promotoria de Justiça da área da saúde e a Defensoria Pública do Estado ajuizaram ação para o Estado estender as restrições adotadas nos finais de semana por pelo menos 14 dias contínuos como forma de conter o avanço da covid-19.

Dentre outras medidas, a ação busca que o Estado apresente em 48 horas um plano econômico de socorro emergencial e compensatório aos segmentos e pessoas físicas diretamente afetados pelas restrições de funcionamento.

A ação busca, ainda, que o Estado  recomponha o Centro de Operações de Emergência (COES), com equipe técnica de médicos e demais profissionais da saúde para análise dos cenários epidemiológicos relacionados à pandemia e recomendação de ações necessárias.