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As agências parceiras do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), enviaram uma nota para manifestar a contrariedade e prestar alguns esclarecimentos sobre as medidas de flexibilização de atividades consideradas não essenciais. Assinaram a carta, o Centro de Apoio dos Direitos Humanos e Terceiro Setor do Ministério Público de Santa Catarina, Federação de Consórcio, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/SC) e Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (Ahesc).
As entidades começam lembrando que 91% dos leitos de UTI voltados à Covid estão ocupados e, que o Estado vive o pico mais alto da pandemia desde o início das medidas de contenção da doença, que começaram no mês de março. O grupo entende que é preciso observar com rigor as recomendações técnicas das equipes de Vigilância Epidemiológica no sentido de que qualquer medida dos gestores, municipais e estadual, devem induzir a diminuição da circulação de pessoas, jamais o contrário. “Não é momento para que as medidas sanitárias sejam relaxadas, possibilitando mais aglomeração do que até então era permitido, em uma decisão sem embasamento científico, em especial considerando que o período de festas e férias de verão que se avizinha já traz, por si, maior gravidade a este cenário”, diz um trecho da nota.
As entidades ainda cobram dos municípios a responsabilidade pela decisão de flexibilizar, destacando que mesmo com a liberação do Estado, os municípios também precisam estar imbuídos do propósito de implementar as medidas necessárias. As agências entendem que no momento em que, 15 das 16 regiões do estado, enquadram-se no risco potencial gravíssimo para a pandemia, é necessário ficar em alerta e reforçar a vigilância sobre os regramentos já descritos e disponibilizados, sem flexibilizar atividades quando a indicação técnica da área da saúde sugere o contrário.
Em nota também é feito um pedido ao Governo do Estado para que pense na população se responsabilizando sobre as vidas que chegam a Santa Catarina neste final de ano e, que encontrarão um sistema de saúde sobrecarregado, operando no limite e sem condições de atendimento, tanto aos pacientes com o Coronavírus, quanto aos que necessitarem de atendimento por causa de outros problemas de saúde.
Sem poder
As entidades reclamam que não lhes foi dado qualquer poder decisório ou deliberativo nas discussões realizadas no Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES). O papel seria apenas de convidado. “A decisão sobre a edição e conteúdo de Portarias e Decretos é e sempre foi do Governo do Estado. Nesse sentido, destacam que os Decretos 970/2020, 1.003/2020 e 1.027/2020 sequer foram levados ao conhecimento nas reuniões semanais ampliadas do COES, tendo seus conteúdos sido conhecidos após a publicação. As agências compreendem que o Dialogo Social é fundamental para o enfrentamento da pandemia, por isso reforçam sua parceria e disposição em continuar contribuindo no espaço do COES, cada qual conforme suas atribuições e possibilidades, em prol da saúde e da vida dos catarinenses, e ressaltam a necessidade de fortalecimento desse grupo, mas reforçam o desacordo e descontentamento diante do rumo das decisões do Estado pela falta de afinidade com as orientações técnicas”, destaca as entidades através da nota.
Tragédia no Vale
Uma discussão que deve ser levada a sério após mais uma tragédia no Vale do Itajaí, é a necessidade de adequação aos planos diretores dos municípios sobre o uso do solo em seus territórios, para evitar novas tragédias. Infelizmente, a lei vigente atualmente não garante a aplicação ao dizer: “Respeitada a autonomia municipal, deverão incorporar nos seus planos diretores e demais instrumentos reguladores da ocupação e uso do solo em suas bases territoriais, os documentos oficiais do Estado de Santa Catarina sobre estudos e mapeamentos de áreas de risco”. A lei não impõe algo que seria elementar, ela determina respeitando a autonomia dos municípios, ou seja, muitas pressões podem impedir que seja feito o certo e os municípios têm autonomia para decidir. Fica para a Assembleia Legislativa o desafio de consertar esse erro.
Vacina italiana
Na manhã de hoje aconteceu mais uma teleconferência para discutir uma parceria de Santa Catarina com a Itália. O país europeu está desenvolvendo a sua própria vacina através do Instituto Lazzaro Spallanzani, de Roma, e a empresa de biotecnologia Reithera. Conforme já escrevi, a Grad-CoV2 utiliza um adenovírus de chimpanzés para apresentar ao organismo a proteína Spike, que o Coronavírus usa para invadir as células. Ontem o laboratório Lacen e a UFSC anunciaram que se interessam em participar. A terceira fase de testes poderá ser concluída em Santa Catarina. Os italianos aguardam uma proposta do Governo do Estado. O grupo de trabalho foi convidado para viajar à Itália para conhecer o laboratório.
Mudança na mesa
O líder do Partido Liberal de Santa Catarina na Assembleia Legislativa, Ivan Naatz, enviou nota para informar que, em relação aos encaminhamentos partidários para eleição da nova mesa diretora do parlamento, que o cargo de primeiro vice-presidente, já assegurado por acordo ao PL, será exercido no primeiro ano pelo deputado Marcius Machado. Com relação ao segundo ano de mandato, o nome indicado para o exercício do cargo é o do deputado Maurício Eskudlark. O que chama a atenção é que anteriormente ficou definido que o nome que ocuparia o cargo de vice no primeiro ano, seria Nilso Berlanda. O motivo da mudança não foi informado.
Lucas nega
O secretário executivo da Articulação Nacional, Lucas Esmeraldino, entrou em contato após eu ter divulgado a sua filiação ao Pros. Esmeraldino confirmou a informação, inclusive de que presidirá o partido em Santa Catarina, porém, negou que tenha prometido levar o governador Carlos Moisés da Silva que é filiado ao PSL. Felipe Antônio do Espírito Santo, integrante da executiva nacional do partido, chegou a entrar em contato para confirmar a versão de Esmeraldino. Ele disse que o partido acredita no potencial do novo comandante do Pros no estado, já que obteve mais de um milhão de votos na eleição ao Senado.
Faixa de areia
Estive na sexta-feira em Balneário Camboriú para acompanhar a entrega feita pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), ao prefeito Fabrício de Oliveira (Podemos), da licença ambiental que permitirá a ampliação da faixa de areia. Uma das vantagens será a ampliação do tempo de sol, já que a sombra toma conta da praia logo nas primeiras horas da tarde. As obras devem começar em março. O fato é que BC não para de crescer, seja através dos investimentos milionários, ou devido a sua beleza natural, o que é comum aos municípios litorâneos catarinenses. Balneário Camboriú que também pode ser chamada de Dubai ou de Mônaco catarinense, tem se consagrado como um ponto fora da curva e, a tendência é que investimentos internacionais se ampliem nos próximos anos.
Adircélio é reeleito