De olho na vacina italiana Moisés anuncia recursos para a compra de vacinas, mas ainda deve esperar pelo Governo Federal
Em uma reunião online com deputados, prefeitos e dirigentes da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) assegurou que há dinheiro suficiente em caixa, para a compra de 5 milhões de doses de vacina. Ao todo estariam disponíveis R$ 300 milhões.
Antes da conversa, Moisés manteve contato com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, quando falaram sobre o plano nacional de vacinação que prevê a distribuição de vacina entre o fim de janeiro e o início de fevereiro do próximo ano. “Estamos comprometidos em garantir a imunização dos catarinenses. O Governo Federal é o responsável pelo Plano Nacional de Imunização e temos que acompanhá-los nesse sentido. A parte do governo estadual está sendo feita, com a preparação da logística, das equipes de profissionais e licitação de seringas”, afirmou. O Estado já adquiriu 15 milhões de agulhas.
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, afirmou que na próxima segunda-feira será feita a apresentação do planejamento da Campanha de Vacinação para 2021, que já está pronto. “O programa brasileiro de imunização é o melhor programa de vacinação do mundo e ele precisa ser respeitado e valorizado. É obrigação do governo estadual preparar a logística, fazer o dimensionamento de insumos e equipes. Neste sentido, tudo está planejado e organizado”, destacou.
Vacina italiana
Na semana passada o deputado estadual Ismael dos Santos (PSD) conversou por cerca de duas horas com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), a respeito da vacina que está sendo desenvolvida na Itália. Após detalhar os resultados dos estudos e a possibilidade de parceria com Santa Catarina, o parlamentar disse a Moisés que o Estado pode se tornar protagonista no processo de vacinação no Brasil.
Ismael junto do conselheiro da Câmara de Comércio Brasil – Itália, Diego Mezzogiorno, tem trabalhado para construir uma aproximação com a Itália, sobretudo com o Istituto Nazionale Malattie Infettive Lazzaro Spallanzani, sediado em Roma e, que conta com um laboratório na região do Vêneto. A entidade é a responsável pela fabricação da vacina italiana em parceria com empresas privadas.
A pedido do governador, o secretário de Estado da Saúde, André Motta, ligou para o deputado solicitando uma reunião virtual na próxima segunda-feira às 16h. Participarão além de Motta, Ismael e Mezzogiorno, o professor Renato Nato, que é o responsável pela Ciência e Tecnologia da Embaixada, e Paolo Carbone que falará direto de Roma. Ele é conselheiro internacional do ministro das universidades e pesquisas da Itália.
Segundo Mezzogiorno, os italianos se interessam em uma parceria com os laboratórios da UFSC, para o desenvolvimento das atualizações das próximas vacinas como contrapartida. Já Ismael destaca a importância do subsídio dado pelo governo da Itália, o que tornará a vacina ainda mais barata em relação as demais. A eficácia apresentada até o momento é de 95%.
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