A competente psicóloga gaúcha Márcia Ávila que, aliás, conheci ainda criança, vem chamando a atenção por meio das redes sociais para a necessidade de emanarmos esperança. Afinal, chegamos ao final do ano amedrontados e cansados e muitos, muitos mesmos, deprimidos e ansiosos, merecendo atenção especial para que suas doenças mentais não se agravem.

A pandemia mudou rotinas e fez com que a pessoas se isolassem, sendo o isolamento e a falta de interação com o outro, uma das causas da depressão – a doença do século.

É difícil, eu sei. Mas me uno a Márcia em seu “Manifesto em defesa da alegria e pela preservação da saúde mental”. Vamos tentar propagar a esperança de que tudo vai passar.  No entanto, alerto, dar esperanças não significa sermos irresponsáveis.  Precisamos manter o foco na prevenção à Covid-19 por todos nós.

Com a chegada do Natal e do final do ano temo que tenhamos uma verdadeira avalanche de mensagens apelativas, que de nada contribuem com o combate a pandemia. Muitas destas mensagens, disfarçadas de bem intencionadas, retratam não raras vezes uma sociedade perversa.

Em Santa Catarina passamos das 4 mil mortes por Covid-19. É fato. É triste. É lastimável. É preciso cuidarmos dos que sobrevivem, em especial daqueles que perderam familiares e amigos.

Vamos dar atenção especial à saúde mental durante este período. Cada um de nós pode ajudar ouvindo o outro, aceitando seus sentimentos e angústias. Estamos todos no mesmo barco em mar de turbulências.