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O Governo do Estado decidiu por decretar o toque de recolher entre, às 23h e às 05h, para tentar baixar o contágio pelo Coronavírus que aumentou de forma exponencial em Santa Catarina. Provocado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam), o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) tomou a decisão junto a seu colegiado.
Sugiro ao governo e principalmente a Secretaria de Estado da Saúde, que comece junto a esses anúncios, explicar de forma didática para a população o que levou a tomada de determinada medida. E aqui não é uma crítica, mas é preciso esclarecer para as pessoas, em que foi baseado um determinado ato e, qual a meta a ser alcançada. Qual o motivo de se escolher esse horário, já que a maioria das pessoas estão em suas residências? Esse é o horário em que tem ocorrido um maior número de contaminação? Essas e outras perguntas merecem resposta.
Outra questão importante é que acertadamente o governo mantém o comércio funcionando. Fechar o setor produtivo seria catastrófico para a economia do estado. Claro que alguns setores sofrerão o impacto da limitação de horário, mas a maior parte seguirá operando garantindo os empregos e a manutenção das empresas.
Um outro ponto que o governador precisa tocar é quanto a vacina. Está mais do que na hora do governo catarinense se movimentar em relação a isso, sobretudo através de contato com o Instituto Butantã e laboratórios. A população precisa saber que o Estado se movimenta para garantir o acesso a vacina que nos levará à retomada da vida normal.
HC contra a medida
O defensor público Ralf Zimmer Júnior deu entrada a um habeas corpus contra a medida anunciada ontem pelo Governo do Estado, que estabelece o toque de recolher em 21 municípios. Também solicita que as pessoas abordadas nas ruas no período entre 23h e 05h, não sejam obrigadas a se identificar se o motivo for o decreto.
Rio Chapecozinho
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) assina hoje às 17h no Centro de Eventos de Chapecó, a ordem de serviço para o início das obras da macroadutora do Rio Chapecozinho. Vale lembrar que o projeto começou no então governo de Raimundo Colombo (PSD), quando na gestão de Valter Galina, a Casan deu início ao projeto. Demoras à parte por causa de recursos na justiça contestando o processo licitatório, a Casan conseguiu perder R$ 180 milhões a fundo perdido, pelo simples fato de que a presidente Roberta Maas dos Anjos não assinou o Termo de Compromisso com o Governo Federal. Essa informação eu divulguei com exclusividade no dia 28 de maio passado. Perdido o convênio, é necessário começar um outro projeto desde o início, sem a garantia de que haverá recursos, já que o valor perdido já foi destinado para outro projeto. Portanto, o que será feito hoje por Moisés é assinar a liberação de uma obra a qual será feita com dinheiro do Estado, num total de R$ 250 milhões. Ao mesmo tempo em que é louvável a liberação desse valor, por outro, é de se lamentar que por um erro da Casan, esse dinheiro não venha da União.
Querendo se apropriar
No mínimo lamentável a atitude da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) em relação ao projeto da Macroadutora do Rio Chapecozinho. Primeiro que ela envia uma nota à imprensa se colocando praticamente como a responsável pela busca de recursos para a obra, o que não é verdade. Conforme já escrevi, o projeto começou ainda no governo de Raimundo Colombo (PSD). Quando a Casan através de sua presidente, Roberta Maas dos Anjos, perdeu o convênio com o Governo Federal, Daniela chegou a ir a Brasília, de onde voltou dizendo ter resolvido a questão e que o projeto seria retomado. Acontece que uma vez perdido o recurso, o projeto expira e é preciso começar tudo de novo, portanto, Daniela faltou com a verdade, pois, se fosse tão fácil assim, os recursos já teriam sido liberados. Para piorar, demonstra um total desconhecimento ao tentar através de uma nota assumir a maternidade do projeto apontando viagens que fez a Brasília, sem saber que os recursos que serão liberados, sairão do caixa do Estado, não da União. Definitivamente, Daniela não aprende.
Chapecozinho e Uruguai
O prefeito eleito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), me disse que está feliz com a liberação dos R$ 250 milhões que será feita pelo Governo do Estado para as obras do Rio Chapecozinho, porém, ainda não satisfeito. Ele segue com a ideia de resolver a questão da água em um ano e meio buscando diretamente do Rio Uruguai. Rodrigues pretende apresentar um projeto no próximo ano ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL). “Chapecó nunca mais passará pela humilhação de faltar água. Vou liderar esse movimento para resolver uma questão que já poderia ter sido resolvida”, afirmou.
Aproximação
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) participa hoje a noite de um jantar com lideranças políticas em Chapecó. Segundo uma fonte, o encontro iniciará logo cedo da noite em respeito ao decreto do toque de recolher.
Amin é contra
O senador Esperidião Amin (Progressistas) se manifestou sobre a tentativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), de tentar a reeleição para o comando da Casa. De acordo com Amin, não há espaço para reeleição dos presidentes das casas do Congresso Nacional na mesma legislatura. O senador catarinense encaminhou uma nota juntamente com outros 13 senadores, afirmando o posicionamento referente ao pleito de 2021. Liguei para Amin e o questionei se pensa em ser candidato à Presidência do Senado. Ele se negou a responder sobre uma possível candidatura, preferiu falar que é contra o que chamou de drible na Constituição. “Nós sabemos que essa bola vai parar lá na Venezuela. Isso é uma venezualização do Brasil, lá começou assim. Se querem a reeleição, então que mudem a Constituição”, afirmou.