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O clã Amin se recupera em casa do fraco resultado da deputada Ângela Amin (Progressistas) na eleição à Prefeitura de Florianópolis. Enquanto não há uma manifestação sobre o que levou Ângela a ter um desempenho tão fraco, lideranças próximas a ela fazem uma leitura pragmática e pouco apaixonada para entender o cenário que levou os Amin, à sua maior derrota eleitoral.
Segundo uma fonte, a leitura que deve ser feita é que o prefeito Gean Loureiro (DEM) se organizou e preparou o projeto eleitoral durante o seu mandato, situação não repetida pelas lideranças do Progressistas que definiram a candidatura de Ângela no último momento. Outra situação que deve ser avaliada, é a aproximação com o MDB, se realmente agregou força, ou tirou voto devido ao não entendimento do eleitor de uma aproximação que pareceu pragmática, nada mais do que isso.
Outro apontamento é quanto as limitações de Ângela durante a pandemia, situação que a impediu de sair mais para encarar o eleitor. Uma comparação feita pela fonte foi com o vereador, Pedro Silvestre, o Pedrão (PL), que ficou em terceiro no pleito e que ficava até altas horas fazendo campanha nas ruas.
Quanto ao futuro, a liderança entende que após o resultado em Florianópolis, Ângela Amin não deverá disputar a reeleição a deputada federal, situação que poderá colocar na obrigação o deputado estadual João Amin, de tentar uma vaga na Câmara Federal. Já quanto a majoritária estadual, não se pode desconsiderar a força de Esperidião fora da capital, mesmo assim, o abalo ainda terá que ser avaliado.
Enquanto isso, Joares Ponticelli que foi reeleito à Prefeitura de Tubarão com 67,29% dos votos, além de ter rodado o estado quando presidiu a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), aparece de acordo com a fonte, como uma grande possibilidade para a disputa ao Governo do Estado. Vale lembrar que mesmo com os problemas na capital, que o partido se tornou o segundo em número de prefeituras.
Lunelli: revoltado com o sistema
Ontem a noite conversei com o prefeito reeleito em Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB). Conforme já escrevi, o emedebista ao vencer uma eleição praticamente plebiscitária com expressivos 70,66% dos votos adquire uma musculatura considerável. Uma reeleição serve como uma avaliação da população sobre o mandato e, para Lunelli, o resultado expressa a satisfação com os resultados de sua gestão, os quais, segundo ele, se deve a sua experiência como empresário que foi levada ao setor público. Defensor da redução do número de impostos pagos, o prefeito se diz um insatisfeito, sobretudo pelo baixo retorno dado à população frente a burocracia e o número de impostos. “Eu sou um revoltado com isso. É isso que eu tento fazer todos os dias em nossa gestão para que seja diferente”, afirmou.
Já admite 2022
Frente ao que foi dito pelo prefeito reeleito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), o questionei se a revolta externada o faz pensar no Governo do Estado para 2022. Ele disse que se houver a possibilidade e dependendo de como andar a política catarinense, que não terá medo de enfrentar o desafio. Mesmo assim, admite as dificuldades que podem ser ocasionadas por algumas lideranças que talvez não aceitem a mudança e a oportunidade para nomes novos, mas afirmou que “se o cavalo passar encilhado, que não terá medo da raia”. Lunelli pensa sim em disputar a Casa D’Agronômica e não esconde isso de ninguém, tanto, que deve entrar forte na disputa por uma vaga.
Dívida previdenciária
Basta perder a eleição para começar a aparecer esqueletos que tem no armário. Em Chapecó, de maneira imprudente e irresponsável, a administração municipal suspendeu o pagamento da contribuição previdenciária patronal em março deste ano. O valor não recolhido gira em torno de, pasmem, R$ 60 milhões. Em agosto, o prefeito Luciano Buligon (PSL) enviou um projeto de lei à Câmara Municipal objetivando a autorização legislativa para parcelar os débitos do período de março a dezembro deste ano, com base na lei federal 173/2020, que permite a suspensão do pagamento e respectivo parcelamento, desde que autorizada em lei específica, ou seja, esse projeto deveria ter sido aprovado antes da suspensão do pagamento. Tem mais um detalhe, a lei federal que autoriza essa operação foi sancionada em 20 de maio, e o período que se pretende regularizar é retroativo ao mês de março, portanto, anterior a própria lei federal. Isso por si só caracteriza improbidade administrativa. Vale destacar o fato do Tribunal de Contas do Estado ter notificado recentemente o prefeito para não mais realizar as pedaladas anuais na previdência e consecutivos parcelamentos, que tem sido comum na atual administração. A consequência disso é a possibilidade real de rejeição das contas e a perda dos direitos políticos
Situação será denunciada
Vereadores de oposição e outras lideranças de Chapecó prometem procurar hoje mesmo o Ministério Público para denunciar a situação do não pagamento da contribuição previdenciária patronal e pedir a individualização das responsabilidades, inclusive dos vereadores que aprovarem esse calote aos servidores públicos municipais. Por enquanto, a Câmara Municipal aguarda a resposta a um requerimento que solicita várias informações que servirão de subsídio para a deliberação do projeto. Uma coisa é certa: o caldeirão vai ferver na sessão de hoje, pois a maior desconfiança é que o governo de Luciano Buligon (PSL) esteja tentando, nesse momento, obter a renovação da certidão de regularidade previdenciária CRP, para poder pagar alguns fornecedores, especialmente os contratos que contam com recursos federais. Uma das maiores credoras do município nesse aspecto é a empresa que realiza diversas obras de pavimentação asfáltica na cidade. Esse é o primeiro presente para o prefeito eleito, João Rodrigues (PSD). Dessa conta ele não escapa.