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 Está marcada para hoje às 15h, a sessão em plenário na Assembleia Legislativa para a votação do projeto de decreto legislativo, aprovado pela Comissão Especial do Impeachment. Se for aprovado por dois terços do parlamento, ou seja, por 27 votos, estará admitido o processo.

Devido a uma mudança no rito, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), e a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido), não podem ser afastados após a sessão, pois ainda será necessária a aprovação na Comissão Mista formada por 5 desembargadores sorteados e 5 deputados eleitos. A partir daí começa a parte do processo que equivale ao Senado, quando uma aprovação simples, por seis votos, afasta Moisés e Daniela por até 180 dias. Essa votação deve ser marcada para o início da próxima semana.

Ontem foi dia de muitas articulações com Moisés e o deputado federal, Fábio Schiochet (PSL), tentando conquistar alguns parlamentares fazendo inúmeras promessas. A situação que rendeu uma maior repercussão foi relacionada ao deputado Altair Silva (Progressistas), que intimou Moisés o questionando se ele preferia ficar ao seu lado, ou do prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que acabou sendo destituído da presidência municipal pesselista. Desse modo, a pedido de Altair, o PSL apoiará a candidatura de João Rodrigues (PSD) a prefeito, enquanto Moisés terá o voto do progressista.

Porém, Moisés ainda tinha o que ele considerou como uma grande cartada, que foi a de convidar alguns deputados para jantar no Intercity Portofino Hotel, em Florianópolis. O planejado seria tirar foto com os deputados e enviar a imagem a outros parlamentares e espalhar via imprensa, para tentar convencer possíveis indecisos a aderirem a sua causa, porém, de forma constrangedora teve que cancelar o jantar por falta de quórum. Houve até mesmo segundo fonte ligada a Casa D’Agronômica, uma tentativa de realizar o encontro tendo envolvido até mesmo o nome de Buligon como incentivador, situação que foi prontamente negada pelo prefeito. “Eu não participei de jantar algum”, disse ele.

Moisés e Daniela começaram errando e encerram as suas participações a frente do Governo do Estado de forma isolada, com poucos aliados que, por alguma questão muito particular, decidiram manter uma defesa sem sentido e com grande possibilidade de sentirem os efeitos junto a opinião pública.

 

Cobertura especial

O SCemPauta realiza hoje uma cobertura especial ao vivo direto da Assembleia Legislativa. A partir das 14h, Maria Helena, Ananias Cipriano e eu, Marcelo Lula, estaremos ao vivo direto do parlamento de onde transmitiremos a sessão. Os votos, as discussões, além dos nossos comentários e entrevistas você terá durante a transmissão que não tem hora para acabar. Adelor Lessa também participará, mas direto de Criciúma. Acompanhe a programação especial do SCemPauta da votação da admissibilidade do processo de impeachment. Acesse: www.scempauta.com.br

 

O 27º voto

Hoje na votação o deputado estadual João Amin (Progressistas) deve ser o 27º voto a favor da admissibilidade do processo de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e a vice Daniela Reinehr (sem partido). Isso acontecerá caso Nilso Berlanda (PL) e Ricardo Alba (PSL) votem favorável ao impedimento. Caso ambos votem a favor do governo, o 27º voto deve ser o de Nazareno Martins, líder da bancada do PSB.

 

Ordem dos votos

A votação será nominal e aberta, ou seja, cada deputado será chamado nominalmente para votar ao microfone. Começa da bancada maior para a menor, sempre com o líder votando primeiro e os demais seguindo a ordem alfabética. Portanto, a votação ficará assim, já destacando a tendência de voto:

 

Bancada do MDB

Luiz Fernando Vampiro (Vota a favor do impeachment)

Ada De Luca (Favorável)

Fernando Krelling (Favorável)

Jerry Comper (Favorável)

Mauro de Nadal (Favorável)

Moacir Sopelsa (Favorável)

Romildo Titon (Favorável)

Valdir Cobalchini (Favorável)

Volnei Weber (Favorável)

 

Bancada do PSL

Sargento Lima (Favorável)

Ana Campagnolo (Favorável)

Coronel Mocellin (Contrário ao impeachment)

Felipe Estevão (Favorável)

Jessé Lopes (Favorável)

Ricardo Alba (Favorável)

 

Bancada do PSD

Kennedy Nunes (Favorável)

Ismael dos Santos (Favorável)

Júlio Garcia (Favorável)

Marlene Fengler (Favorável)

Milton Hobus (Favorável)

 

Bancada do PL

Ivan Naatz (Favorável)

Marcius Machado (Contrário)

Maurício Eskudlark (Favorável)

Nilso Berlanda (Incógnita)

 

Bancada do PT

Fabiano da Luz (Favorável)

Luciane Carminatti (Favorável)

Neodi Saretta (Favorável)

Padre Pedro Baldissera (Favorável)

 

Bancada do Progressistas

João Amin (Favorável)

Altair Silva (Contrário)

José Milton Scheffer (Contrário)

 

Bancada do PSDB

Marcos Vieira (Favorável)

Dr. Vicente Caropreso (Contrário)

 

Bancada do PSB

Nazareno Martins (Favorável)

Laércio Schuster (Favorável)

 

Bancada do PDT

Paulinha (Contrário)

 

Bancada do PCdoB

Cesar Valduga (Favorável)

 

Bancada do Republicanos

Sergio Motta (Favorável)

 

Bancada do Novo

Bruno Souza (Favorável)

 

Bancada do PSC

Jair Miotto (Favorável)

 

Estranho

 Alguns sites ontem começaram a antecipar uma decisão judicial que ainda não ocorreu, ou seja, deixaram a entender que algum juiz ou desembargador teria prometido à vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), uma decisão favorável a ela no processo de impeachment para colocá-la no cargo de governadora, caso Carlos Moisés da Silva (PSL) seja afastado. A antecipação não causa alguma espécie de vício de origem à ação?

 

Traição de Moisés

O prefeito de Chapecó Luciano Buligon foi chamado pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e orientado a retirar a candidatura de Léo Granzotto (Patriota) à sua sucessão, dando o apoio a João Rodrigues (PSD). Buligon não gostou, deixou Moisés falando sozinho e deu as costas. Ele promete no horário do almoço em uma coletiva contar os bastidores. O fato é que Buligon foi surpreendido com a destituição ao receber o documento ontem no Hotel Majestic em Florianópolis. Ele não escondeu a irritação e chegou a chamar o governador e demais integrantes do comando do PSL de “gente sem vergonha”. Parece que Buligon viu como age Moisés, que para se salvar, vale até mesmo a traição a quem o apoia.

 

Voltolini na campanha

Eni Voltolini que é filiado ao Progressistas, assumiu a coordenação do Plano de Governo da coligação que tem Darci de Matos (PSD) como candidato a prefeito de Joinville, e Rodrigo Fachini (PSDB) como vice. O objetivo é ouvir e organizar as sugestões que já estavam em estudos ou em planos de governo dos partidos coligados. Estão juntos neste time, em prol da reconstrução da cidade, o PP, PSD, PSDB e PL. Ex-deputado estadual e federal, Voltolini estará à frente dos trabalhos, e contará com representantes dos demais partidos. A coligação tem como coordenador de campanha o deputado federal Rodrigo Coelho (PSB).

 

MDB de chapa pura

O MDB confirmou ontem o nome de Rosane Bonessi como vice na chapa que tem Fernando Krelling como candidato a prefeito em Joinville. Rosane é professora de ensino superior há mais de 20 anos, atualmente dá aulas no programa de pós-graduação da Univille e da Católica de Santa Catarina. Entre 2013 e 2018, foi secretária de Gestão de Pessoas na Prefeitura de Joinville, tendo se destacado pela digitalização do serviço público e qualificação dos servidores.

 

Dalmo não gostou

Por orientação da Executiva Estadual do PSL, a Comissão Provisória do PSL de Joinville decidiu coligar com o MDB para as eleições deste ano. Assim, por conta desta determinação estadual, Dalmo Claro de Oliveira decidiu acatar a decisão, mas avisa que não tomará parte na eleição. “Aceito a decisão feita pela Executiva, mas aviso que não estarei nesta aliança. Sinto que esta era a oportunidade do partido e minha de chegar à Prefeitura, mas as atuais circunstâncias políticas impuseram esta decisão de cima. Meus agradecimentos a todos que acreditaram e se engajaram ao nosso propósito”, finalizou Dalmo. Após esse apoio, todos os olhos estarão voltados ao voto de Fernando Krelling (MDB) hoje na Assembleia Legislativa.

 

Cenário de Chapecó

 João Rodrigues (PSD) fechou uma grande aliança tendo Itamar Agnoletto (Progressistas) como o seu vice. Cleiton Fossá e Giovanni Balen são os candidatos do MDB que vai de chapa pura, enquanto Claudio Vignatti (PSB) com Pedro Uczai (PT) de vice, vão liderar um frentão de esquerda. Até o início da madrugada, Márcio Sander (PSDB) ainda conversava com alguns partidos, mas deve ir de chapa pura tendo João Patussi (PSDB) como seu vice.

 

Cenário de Florianópolis

O prefeito Gean Loureiro (DEM) conforme já divulgado, terá no empresário Topázio Silveira Neto (Republicanos) o seu vice. Ângela Amin (Progressistas) volta a rivalizar com Loureiro, tendo o atual vice-prefeito, João Batista (PSDB), como seu vice na chapa. Batista me disse ontem que apesar das especulações, que cumprirá com o seu mandato até o final. O professor Elson Pereira é o candidato do PSOL, tendo como vice Lino Peres (PT). Orlando Silva Neto (Novo) é o candidato a prefeito com Luiz Barbosa Neto (Novo) de vice. Gabriela Santetti para prefeita e Diogo Leal de vice são os nomes do PSTU, enquanto o Patriota terá Helio Bairros, com Edgar Lopes de vice. O Solidariedade lançou Ricardo Camargo Vieira, tendo Guaraci Fagundes (PV) como vice. O vereador Pedro Silvestre, o Pedrão, foi definido como candidato do Partido Liberal à Prefeitura de Florianópolis. Como vice, Pedrão terá na sua chapa o empresário e engenheiro Eduardo Usuy, também do PL.

 

Outros cenários

Nos próximos dias outros cenários serão divulgados.