Relatos de funcionários do SAMU pode revelar futuro problema no serviço em Santa Catarina
O setor da Saúde em Santa Catarina sofre o risco de ter um novo abalo em sua estrutura. Agora seria a vez do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A OZZ Saúde de Curitiba, responsável pela gestão do serviço já começa a apresentar problemas sérios na administração do Samu no Rio de Janeiro, enquanto aqui no estado também tem sido motivo de preocupação entre seus funcionários.
Vale lembrar que no ano passado a empresa chegou a atrasar o décimo terceiro salário de sua equipe. Houve ameaça de greve também, por causa do atraso no pagamento das férias e a falta de reajuste salarial, o qual segundo os trabalhadores, não acontecia há pelo menos três anos. Para este ano chegou a ser anunciada a abertura de um processo licitatório para o serviço, a intenção do ex-secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, era encerrar o contrato com a empresa, porém, até o momento nada foi feito.
Funcionários com quem conversei relataram problemas na estrutura, o que segundo eles, afeta as condições de trabalho, porém, por temor de serem descobertos e perderem o emprego, preferiram não detalhar a situação. A questão levantada pelas fontes em Santa Catarina remete ao que está sendo denunciado no Rio de Janeiro, onde a OZZ Saúde também passou a administrar o Samu. Lá, profissionais denunciam que estão trabalhando em ambulâncias com pneus carecas, bancos rasgados, por vezes sem a presença de um médico e até mesmo com a falta de materiais necessários como álcool. No ano passado através do Governo Federal, foram adquiridas novas ambulâncias aqui para o estado.
Vale lembrar que desde o ano passado a empresa e o Governo do Estado tem estado em rota de colisão, apesar que, segundo depoimento ao Ministério Público no caso Veigamed, do ex-secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, o então chefe da Casa Civil, Douglas Borba, teria feito pressão para o pagamento de R$ 40 milhões para a OZZ Saúde, sendo este o dobro do que fora cobrado pela empresa no ano passado, que acusou o governo de não pagar cerca de R$ 20 milhões referente aos repasses mensais estabelecidos em contrato. Por sua vez, a Secretaria de Estado da Saúde sempre negou a dívida, mas não justificou o pagamento relatado por Zeferino.
Com toda essa situação, é de surpreender que mesmo assim, o serviço do Samu tenha apresentado no ano passado melhoria na resposta à população. Que o secretário de Estado da Saúde, André Motta, cobre as devidas explicações da empresa, ou então que venha a público tranquilizar a população catarinense.
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