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As medidas anunciadas ontem pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), para a intensificação do isolamento social não são novidade, aliás, muitas delas já estavam valendo, vide a questão das casas noturnas.
Além disso, cinemas, teatros, shows e demais eventos que provoquem aglomerações também seguem proibidos, portanto, Moisés assinou um decreto para dizer que está fazendo algo, quando é notório o problema de sua gestão frente a pandemia.
O fato é que temos um governo perdido, que para se livrar do desgaste jogou a bola para os prefeitos e, quando precisa tomar uma atitude de fato, mostra total fragilidade. Defender um governo que claramente não sabe o que faz, é no mínimo desrespeitoso com a população catarinense.
É importante dizer que em algumas regiões os hospitais começam a ter o estrangulamento de sua capacidade de atendimento em UTIs. Não há uma orientação sequer, do secretário de Estado da Saúde, André Motta, sobre o encaminhamento de eventuais pacientes graves por causa do Coronavírus, para hospitais de referência.
Se o governo não tivesse sido tão aloprado na questão dos hospitais de campanha, poderia com base em um planejamento, ter elaborado um projeto desses hospitais para atendimento de baixa e até média complexidade, deixando os hospitais neste momento para os pacientes mais graves, mas, não é o cenário que vemos hoje.
Eu sempre gosto de repetir, Moisés foi corajoso e tomou a atitude correta no início da pandemia, quando estabeleceu o isolamento social, mas não pode seguir querendo surfar numa medida que deu resultado num primeiro momento, mas que não é tudo. Santa Catarina tem apresentado aumento de casos e, o mais grave, sem mostrar que tem um plano real de enfrentamento da doença com um aparelhamento mais eficaz dos hospitais e, com a criação de mecanismos que suprem eventuais colapsos.
Ada volta a criticar
A deputada estadual Ada de Luca (MDB) deixou claro mais uma vez o sentimento dentro de seu partido, em relação a gestão do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) frente ao Coronavírus. Durante reunião virtual com prefeitos da Associação dos Municípios da Região Lagunar (Amurel), a parlamentar se disse indignada. “Sinto que nós estamos navegando em um mar revolto, em um navio sem comandante”, disse, se referindo a Moisés. A deputada afirmou que não é contra o governador, mas que não deixará de cobrar as ações. “Eu não sou é cega. O que nós queremos é resultado. Essa inércia está irritando a todos. Parece que é brincadeira. Já era para estar tudo pronto há dois meses e meio atrás. Todo mundo sabia que a situação iria piorar no inverno”, lamentou.
Cobrança de leitos
Uma nova reunião virtual, desta vez com o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, foi agendada para amanhã. Um dos assuntos que será apresentado é que o Sul é a região que tem menos leitos de UTI à disposição no Estado, para o tratamento de pacientes com o Coronavírus.
Grande Florianópolis
Conversei ontem a noite com o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM). Ele se mostrou preocupado, ao mesmo tempo em que comemora o aumento do número de leitos de UTI. Loureiro criticou o fato de o Governo do Estado ter divulgado números divergentes aos do município, de que haveria mais leitos habilitados, o que segundo o prefeito, não é verdade. Loureiro me disse que esses leitos estavam indisponíveis devido a alguns fatores, incluindo a falta de profissionais e de monitores. Ele também atuou junto ao setor da Saúde do Estado, para a ampliação de leitos nos hospitais estaduais na capital, sendo que é possível criar pelo menos mais 30 leitos de UTI.
Parcerias
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), relatou ainda que acertou com os hospitais filantrópicos uma parceria. No Hospital da Caridade o município fará a recuperação da parte elétrica e até mesmo a colocação de gerador, o que permitirá o aumento de 10 para 20 leitos de UTI para pacientes com o novo Coronavírus. Hoje às 09h, a pedido de Loureiro haverá uma reunião com a participação dos prefeitos de São José, Adeliana Dal Pont (PSD); de Palhoça, Camilo Martins (PSD); e de Biguaçu, Ramon Wollinger (PSD), quando discutirão com o secretário de Estado da Saúde, André Motta, o aparelhamento de hospitais da região. Representantes do Ministério Público também participarão.
Contratação de leitos
O Governo do Estado tem dúvida de como fazer a contratação de novos leitos, por isso, o prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (DEM), e os prefeitos de São José, Palhoça e Biguaçu devem propor uma parceria. Caberá ao Estado a contratação de leitos ao valor estabelecido pelo Governo Federal, de R$ 1.600 o leito ao dia, enquanto os municípios devem contribuir com valores entre R$ 400 e R$ 900 a mais para complementar. Se ficar somente no valor referência do SUS, Gean afirma que não haverá empresas que aceitem prestar o serviço.
Medidas em Blumenau
Ontem o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), confirmou as medidas restritivas no município para a contenção de circulação das pessoas. A cidade apresentou aumento do número de casos de Coronavírus. Idosos e pessoas de grupo de risco somente poderão circular para atividades essenciais, como ir para o trabalho, buscar atendimento na Saúde ou comprar alimento e medicamentos. Serão multados os donos de domicílios que forem flagrados realizando reuniões e festas. Lanchonetes, food parks, cafeterias, padarias, bares e similares devem fechar no máximo às 20h, enquanto restaurantes e pizzarias pelo período de 14 dias, poderão atender até às 22h. Blitz serão intensificadas nas ruas que ligam os bairros entre às 22h e às 3h. Os shoppings terão que suspender os atendimentos nos finais de semana após às 15h. As aulas seguem suspensas até 7 de setembro, enquanto qualquer atividade religiosa está suspensa por 14 dias. A partir de hoje o transporte coletivo também está suspenso.
Coelho está fora
O deputado federal Rodrigo Coelho aguarda até o final do mês, por uma sinalização da executiva nacional do PSB, para saber se haverá, ou não a autorização para ser o candidato do partido à Prefeitura de Joinville. Desde o ano passado o parlamentar está em litígio com o partido, após ter se posicionado na Câmara dos Deputados a favor de algumas pautas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), incluindo a Reforma da Previdência. Conversei com o presidente estadual, Claudio Vignatti, que ao assumir o comando dos socialistas tentou ajudar a pacificar a questão. Foi chamado pela direção nacional que o informou que o caso de Coelho é para ser decidido em Brasília.
Sem conversa
Ontem entrei em contato com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Conhecido por sua personalidade forte, ele se limitou a seguinte manifestação: “Não tenho nada a dizer a respeito do deputado Rodrigo Coelho. Boa noite e bom trabalho”, respondeu. De acordo com uma fonte ligada a Siqueira, o partido não vai liberar o parlamentar para disputar a eleição, ou seja, Coelho fica fora do páreo ao mesmo tempo em que é mantido num limbo, já que está num partido onde não tem poder para nada, nem mesmo para sair.
Conservador em Chapecó
O jovem Leonardo Granzotto é o pré-candidato dos conservadores para a Prefeitura de Chapecó. Filiado ao Patriota, ele é desconhecido na cidade, mas tem no pai, o médico Luiz Fernando Granzotto, uma figura respeitada na capital do Oeste. Leonardo tem o total apoio da deputada federal, Caroline de Toni (PSL), que o considera como o nome do seu projeto para Chapecó. Acontece que o neófito na política demonstrou em algumas entrevistas, um certo desconhecimento da gestão pública, mas promete muito discurso em prol do conservadorismo.
Guasti é solto
A soltura de mais um investigado no caso Veigamed, gerou indignação entre deputados integrantes da CPI dos Respiradores. O médico e empresário, Fábio Guasti, foi libertado por ordem do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio Noronha. Guasti terá que usar uma tornozeleira eletrônica, só não foi informado se ele será autorizado a voltar a São Paulo, ou se terá que ficar em Santa Catarina.
Custo da tornozeleira
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) sancionou um projeto de autoria do deputado estadual, Felipe Estevão (PSL), que estabelece a cobrança pelo uso das tornozeleiras eletrônicas em Santa Catarina, ou seja, o próprio usuário é quem terá que pagar. O valor ainda será definido. O curioso é que o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, entre outros investigados no âmbito da Operação Oxigênio que foram libertados, mas com a imposição do uso das tornozeleiras, devem ser os primeiros a ter que pagar. Ontem Estevão cumpriu agenda em Brasília e chegou a receber os parabéns da ministra Damares Alves e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), via online, pela iniciativa.
Presidente do PROS