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O Estado conseguiu em março através de uma decisão liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a suspensão pelo prazo de seis meses do depósito mensal de R$ 48,6 milhões, referente ao pagamento da dívida com a União.
Acontece que mais uma lambança do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), pode fazer com que a decisão seja derrubada, pois Moraes determinou que ao invés de pagar a dívida, que os valores mensais sejam aplicados no setor da Saúde para o combate ao Coronavírus. Ao todo, são R$ 291,6 milhões.
Após os escândalos em Santa Catarina envolvendo aquisições para o combate a pandemia, a União pediu explicações ao STF sobre o uso do dinheiro, que por sua vez, repassou o questionamento ao Governo do Estado que teve 72 horas para responder. O fato é que o Supremo foi olimpicamente ignorado e, apresentou uma nova cobrança por resposta dando mais 24 horas com determinação expressa de esclarecimento.
O Estado informou que os valores estão sendo depositados no Fundo da Saúde e, pasmem, entre os gastos justificados, foi colocado os R$ 76 milhões do Hospital de Campanha de Itajaí, valor que não pode ter sido investido, uma vez que o Tribunal de Contas do Estado determinou a suspensão do contrato, ou seja, em resposta ao STF foi incluído um gasto que na realidade não existiu.
O fato é que o Governo pede uma audiência de conciliação com a União, com a mediação de Alexandre de Moraes, enquanto a Advocacia Geral da União argumenta que Santa Catarina tem dinheiro em caixa e que não precisa da suspensão do pagamento. É inacreditável.
Buscando apoio
No sábado ao meio-dia um almoço na Casa D’Agronômica provocou um encontro, digamos, inusitado. Sentados a mesma mesa, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), a primeira-dama, Késia da Silva, o ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) e a ex-primeira-dama, Nicole Torret Moreira. Os assuntos foram variados, entre os quais, o Coronavírus e a relação de Moisés com o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo uma fonte, Pinho Moreira teria saído do encontro com o compromisso de atender a um pedido do governador, de ajudá-lo a se reaproximar da bancada emedebista na Assembleia Legislativa. Crítico de Moisés, o ex-governador entenderia que até seria possível um apoio sem a ocupação de cargo.
Moreira nega
O ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) confirmou o encontro, dizendo que as primeiras-damas estiveram o tempo todo junto. Sobre o pedido de apoio, Pinho Moreira negou que o tema impeachment tenha entrado em pauta e não quis dar mais detalhes. Ao perceber que a bancada do MDB na Assembleia Legislativa não quer mais conversa, Moisés apelou ao ex-governador, o qual tanto desdenhou ao exemplo dos demais.
Esmeraldino fora do PSL
Conversei ontem à noite com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Lucas Esmeraldino, sobre a sua desfiliação do PSL. Ele me disse que não fazia mais parte da executiva e que era hora de tomar um novo caminho partidário, sem revelar para qual. Afirmou que continuará a seguir o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), devendo se filiar apenas no próximo ano. Sobre a permanência na Secretaria, argumentou que a decisão não afeta a sua permanência, mas que cabe a Moisés qualquer decisão. Quanto a relação com o governador, Esmeraldino disse que é 200%, tanto, que acredita que seguirá no governo.
Motivação
Durante a conversa, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino, relatou que fatos durante a semana o fizeram tomar a decisão, que já estava sendo pensada. Quanto ao seu futuro político, disse que está aberto a disputar qualquer cargo na próxima eleição. Informações de bastidores dão conta de que a renúncia da equipe que administrava o SCPar Porto de São Francisco do Sul, após as denúncias de dispensas de licitação milionárias, gerou um grande desgaste a Esmeraldino.