Ontem à noite o conselho de ética do PSL de Santa Catarina, resolveu por unanimidade suspender os deputados estaduais, Ana Caroline Campagnolo, Felipe Estevão, Sargento Lima e Jessé Lopes. O partido acusa os parlamentares de criticarem o governador Carlos Moisés da Silva (PSL).

Na verdade, conforme adiantou em primeira mão o SCemPauta, a decisão de suspender os quatro deputados desalinhados com o Governo do Estado, não passa de uma estratégia criada a pedido de Moisés, para tentar tirá-los das comissões permanentes da Assembleia Legislativa, já que os quatro geralmente tem votado contra o governo.

A questão é que não há uma previsão no regimento interno da Alesc para esse tipo de caso, ou seja, mesmo suspensos, a decisão do PSL não deve influenciar na situação de Campagnolo, Estevão, Jessé e Lima, que devem seguir nas comissões.

No próximo dia 19, a executiva decidirá a pena que deve ser de um a 12 meses de suspensão, aos parlamentares que se afastaram do governador após ele tornar público o seu desalinhamento ideológico com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Os deputados acusam Moisés de ter se aproveitado da “Onda Bolsonaro” para se eleger, virando as costas no pós-eleição às pautas defendidas durante a campanha.

A situação mexeu com a ala ideológica do PSL catarinense, tanto, que manifestantes Bolsonaristas protestaram ontem em frente à sede do partido contra Moisés, enquanto os deputados eram julgados pelo Conselho de Ética. As pessoas levaram cartazes contra o governador e várias melancias usadas como um símbolo de crítica a Moisés pelos defensores dos deputados, que o chamam de melancia ao dizer que ele verde por fora, mas vermelho por dentro, já que o acusam de defender pautas mais ligadas a esquerda.

Conversa com Moisés

O líder da bancada do MDB na Assembleia Legislativa, Luiz Fernando Vampiro, deve conversar hoje com o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba. Uma fonte me disse que uma conversa deve ser agendada com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) para a próxima semana. Borba procurou os deputados para saber de que forma poderia ser reconstruída uma reaproximação, após os emedebistas terem se recusado a participar de um jantar na Casa D’Agronômica. No mesmo dia conforme divulgado pelo SCemPauta, deixaram vazar a insatisfação da bancada com Moisés.

Batista tem a preferência

O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (DEM) ainda vai esperar para definir com os partidos que o apoiam, quem será o vice na sua chapa, porém, acredita que o atual vice-prefeito, João Batista (PSDB), é o nome legítimo para seguir no cargo. Algumas lideranças tucanas chegaram a relatar em off que o PSDB somente aceita apoiar Loureiro, se Batista for novamente o vice, enquanto que outra parcela do partido não vê outra alternativa a não ser, manter a aliança atual sem imposição.

Reaproximação na capital

Cada vez ganha mais força a informação de que o MDB em Florianópolis poderia se reaproximar do prefeito Gean Loureiro (DEM). De fato, até o momento nada foi dito publicamente, mas alguns movimentos, além da renúncia do vereador Rafael Daux do comando do partido na capital, mostram que conversas estariam sendo realizadas.

Alinhamento em Blumenau

Ontem o deputado estadual Ivan Naatz (PL) se encontrou no centro de Florianópolis, com o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos). A pauta do encontro foi a eleição municipal, para a qual o atual prefeito é pré-candidato à reeleição. Naatz não deve participar como candidato, mas como a aproximação com Hildebrandt é grande, a possibilidade de que indique o vice é praticamente certa. Naatz tem conversado com algumas pessoas, mas quer filiar ao PL alguém do meio empresarial para compor de vice de Mário.

Merss não vai

Ex-deputado e ex-prefeito de Joinville, Carlito Merss era a aposta do Partido dos Trabalhadores para voltar a ter uma vaga na Câmara de Vereadores de Joinville. Acontece que ontem ele me disse que não irá disputar o pleito, mas que atua para formar uma chapa que leve o partido a obter pelo menos uma cadeira na Câmara. Merss que está no mandato de deputado estadual pelo período de 30 dias no lugar de Padre Pedro Baldissera (PT), disse que a sua saúde não permite mais que dispute uma nova eleição. Ele sofreu um infarto em 2018. O ex-deputado Francisco de Assis é o pré-candidato a prefeito do PT que deve disputar com chapa pura.

PSL e PRTB

Reunidos na manhã de ontem, os membros da executiva do PRTB de Florianópolis, Ronei Costa, João Veiga e Álvaro Casagrande, e o presidente do PSL local, Jefferson Fonseca, firmaram o compromisso que passa pela construção conjunta das bandeiras a serem apresentadas na eleição municipal. Acompanhou a reunião o advogado Gerson Basso, ex-presidente da Junta Comercial. Ele recentemente foi convidado pelo secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, para ingressar na legenda Social Liberal.

Apoio a Minotto?

Em Criciúma tem quem acredite que o deputado estadual, Rodrigo Minotto (PDT), ainda conseguirá o apoio do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), na eleição à Prefeitura. Acontece que hoje, o nome dos pesselistas é o do vereador, Júlio Kaminski, mas nada está definido.

Dificuldade de Buligon

A ida do prefeito de Chapecó Luciano Buligon para o PSL, o deixou em uma situação difícil para a construção de seu sucessor. Buligon já não tem uma boa relação com o pré-candidato, João Rodrigues (PSD), e nem com o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB), que aposta as fichas no vereador Márcio Sander, que disputará a majoritária pelo PSDB. Por hora, Buligon tenta se aproximar do projeto do empresário Clóvis Spohr, sendo que o mesmo não se interessa em ingressar no partido do prefeito. Acontece que a deputada federal, Caroline De Toni, que fez o convite para que Spohr se anunciasse como pré-candidato, está em litígio com o PSL.

Nova troca em Joinville

Até o momento três vereadores já trocaram de partido em Joinville. O primeiro foi Rodrigo Fachini que deixou o MDB e irá para o Partido Liberal, enquanto que no caminho inverso, José Henkel, o Pelé, deixou o PL para se filiar ao MDB, que poderá ganhar também o ex-tucano, Natanael Jordão, que está entre o partido e o PSC. Dizem que o próximo é Ninfo König que somente aguarda a situação do deputado federal, Rodrigo Coelho, que se conseguir deixar o PSB, irá para o PL, neste caso, Ninfo também se filiará. Pelo menos mais três vereadores estudam a possibilidade de troca de partido.