Pouco mais de quatro minutos, foi o tempo que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) discursou durante a mensagem anual na Assembleia Legislativa. A dúvida é se o tempo, o mais curto já usado por um governador, realmente estava previsto, ou se ele se inibiu com as vaias das pessoas que estavam na galeria, tanto a ele, quanto à vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido).

Conforme já era esperado, os servidores foram com cartazes protestar contra a reforma da previdência e, além das vaias, gritaram para que seja retirado o projeto de pauta.

Moisés iniciou dizendo que não faria uma mensagem, mas, sim, uma carta de intenções com Santa Catarina. Destacou que 2019 foi o ano de arrumar a casa, destacando que o Legislativo contribuiu apresentando propostas e reconhecendo que as soluções foram encaminhadas em conjunto com os demais poderes. Moisés também falou de gestão técnica, empenho e economicidade para que o Estado recupere a credibilidade.

A verdade é que faltou. Era a grande oportunidade para que o governador pudesse trazer a luz o planejamento para este ano, inclusive com a apresentação de números e projeções, além de comprovar os avanços que houveram segundo o seu discurso. Mas, o governador sucumbiu as vaias, que mostraram a ele que a vida real fora do Palácio D’Agronômica é outra e que a visão que boa, se não, grande parte da sociedade catarinense a respeito de seu governo não é das melhores.

 

Cumprimentos

Ao sair da tribuna o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) que não citou o nome das lideranças que estavam a mesa, foi estender a mão para a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), em quem deu um beijo no rosto. A atitude pareceu forçada, mas será que pode ser um gesto de reaproximação? Por sua vez, com o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD) uma troca fria de cumprimento entre eles.

 

Recado?

Em seu discurso o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), destacou que os tempos são de reformas, mas que é no parlamento o local de debate. Destacou ainda que os deputados darão a sua contribuição para o Estado e, que a Alesc ouvirá os seguimentos da sociedade. Quando falou sobre a Reforma da Previdência, chegou a Alesc ao apagar das luzes no final do ano passado. Segundo ele, o parlamento de forma unanime decidiu que não tramitaria em prazo curto e decidiu iniciar a tarefa neste mês de fevereiro. “Quando os deputados tomaram essa decisão, foi em respeito a todos vocês que são as pessoas que devem debater e discutir. O parlamento é a caixa de ressonância da sociedade. É aqui que vamos discutir as reformas e os projetos”, afirmou.

 

Auditoria

O deputado federal Darci de Mattos (PSD), pediu ao Tribunal de Contas da União uma auditoria completa na folha de pagamento de ativos e inativos da União. Segundo ele, essa folha chega ao montante aproximado de R$ 300 bilhões. “O TCU no ano de 2015 constatou 250 mil irregularidades no pagamento da folha. Isso significa que podemos economizar até 10% da folha dos servidores da União”, afirmou o parlamentar. De acordo com Darci, a economia seria em torno de R$ 30 bilhões.

 

Republicanos

Carlos Eduardo Mamute, que assessorou o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB), assumiu a vice-presidência estadual do Republicanos. O comando do partido em Santa Catarina é do deputado estadual, Sérgio Motta.

 

Na coluna exclusiva dos assinantes

 

– MP arquiva denúncia contra o governador por improbidade administrativa;

 

– Paulo Bauer deixa o governo para disputar em Joinville;

 

– Derian reage a veto do MDB em Joinville;

 

– Buligon no PSL nos próximos dias;

 

– Gean Loureiro fortalece a sua base na Câmara;

 

– A dificuldade de Moisés de conseguir um líder na Alesc;

 

– O possível nome para assumir a liderança na Alesc

 

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