Hoje às 14h o Governo do Estado recebe os representantes das categorias que atuam na segurança pública de Santa Catarina. Há uma promessa de que uma proposta salarial será apresentada. Muito embora o estudo já estivesse sendo feito, segundo o que uma fonte governista me passou, mas o fato é que a grande mobilização dos praças ontem organizada pela Aprasc preocupou o núcleo ligado ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL).

O que chama a atenção é que no evento organizado pelos policiais e bombeiros militares, teve a presença do deputado estadual, Coronel Mocellin (PSL), fiel a Moisés. Ele disse em sua fala que considera justa a reinvindicação da categoria, que foi importante a movimentação dos praças e que o Governo mesmo enfrentando dificuldade, tentará apresentar um cronograma de pagamento. “O Governo pegou uma folha de pagamento muito alta. É difícil atender toda expectativa”, afirmou.

Mas a ida de Mocellin gerou um comentário do presidente da Aprasc, João Carlos Pawlick. Segundo ele, o Governo não está bem como tenta transparecer, já que Mocellin, um aliado do governador esteve no protesto apoiando a categoria. “Se o próprio Mocellin estava lá reivindicando a comunicação do Moisés com os praças. Quer dizer que a comunicação com os oficiais também é pífia, ele (Moisés) tem que sair do castelo dele”, criticou Pawlick. Sargento Lima e Felipe Estevão, ambos do PSL, mas não alinhados com Moisés, também estiveram na mobilização. Defenderam uma solução urgente para a questão dos praças e fizeram críticas a postura do Governo.

Quanto as reivindicações, Pawlick disse que o governador terá que colocar no papel a proposta, para que realmente seja cumprido com o compromisso, caso seja firmado. “Eles sempre colocam um obstáculo”, disse.

Pawlick destaca ainda que não está sendo pedido aumento salarial, apenas a reposição baseado na inflação, já que há cerca de 6 anos o salário é o mesmo. Já o Iresa o qual o presidente da Aprasc chamou de penduricalho, os praças cobram que seja incorporado ao salário. Ele fez um relato preocupante a respeito do benefício que é dado para quem não tem falta, inclusive de casos de suicídio, muitas vezes motivado pelo estresse ocasionado pela falta de cuidado com a saúde. “Têm policiais com depressão que se forçam a vir trabalhar para não perder o Iresa. Somente neste ano foram 6 suicídios motivados por essa situação”, afirmou Pawlick

Já quanto a expectativa em relação a reunião, o dirigente disse que não tem mais poder de barganha com a categoria e criticou o aumento dos procuradores, que conseguiram reajustar os seus salários. “Ou ele ajeita a casa, ou vai ser pior, tipo os caminhoneiros quando paralisaram. Ninguém mais quer uma ‘novembrada’ aqui no estado”, disse.

O dirigente ainda reclamou da forma que o governador age, destacando que tinha esperança por ele ser militar, porém, disse que é grande a decepção. “A primeira surpresa dele foi atacar o agronegócio e arrebentou com a Daniela (Reinehr). Depois conosco”, afirmou Pawlick.

 

Desmonte da Fazenda estadual

Responsável pela fiscalização de uma área que abrange 83 municípios, a 8ª Gerência Estadual da Fazenda em Chapecó enfrenta tempos difíceis. A gerência atende também a região de São Miguel do Oeste cuja gerência foi extinta no ano passado, junto com outras quatro, em decisão unilateral do Governo do Estado. Há dez anos, eram 35 auditores fiscais, dos quais 18 atuavam na fiscalização de mercadorias em trânsito, trabalho que foi completamente encerrado por falta de pessoal. Hoje, dos 15 fiscais que trabalham na 8ª, contando o gerente, um está à disposição do Gaeco e seis estão aptos a se aposentar a qualquer momento. Na parte administrativa hoje são somente três servidores. Em São Miguel do Oeste, há duas funcionárias administrativas, ambas com tempo para aposentadoria.

 

Colapso

De acordo com o gerente regional da Fazenda estadual, Luciano Trevisan, há muitas reclamações de contribuintes pela demora no andamento de processos e falta de gente para atender. “Em fevereiro não teremos ninguém no administrativo, portanto, sem condições para atender o público, recepcionar processos, fazer parcelamentos. É o colapso da repartição”, desabafa.

 

Servidores

Concursados aguardam convocação pelo Governo do Estado. A abrangência da Regional da Chapecó inicia em Ponte Serrada e vai até Dionísio Cerqueira, na fronteira com a Argentina e divisa com o Estado do Paraná, e segue do outro lado os municípios de Itapiranga e Mondaí, divisa com o Estado do Rio Grande do Sul. “É uma unidade que cobre um corredor muito significativo da economia catarinense. Deixar a região sem condições de fiscalização é altamente temerário para o estado”, alerta o presidente do Sindicato dos Fiscais da Fazenda de SC(Sindifisco), José Antônio Farenzena. Segundo ele, com a retirada da indenização aos fiscais para disponibilização e uso do carro próprio e a consequente falta de pessoal em campo, há muita margem para atuação de sonegadores.

 

CPI da Balada

O deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) se prepara para dar entrada ao pedido de abertura da “CPI da Balada” na Casa D’Agronômica. O SCemPauta divulgou imagens e informações a respeito de um evento realizado pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Uma servidora em uma postagem nas redes sociais chegou a escrever “Balada na Agronômica”, nome que dá origem ao pedido de Nunes, enquanto que uma dentista amiga de Moisés, postou um vídeo. De acordo com o parlamentar, de novembro do ano passado até janeiro deste ano foram gastos cerca de R$ 600 mil na residência oficial, sendo que somente em dezembro houve um adiantamento de R$ 150 mil.

 

Crítica em Tubarão

 A abertura para o tráfego de veículos na rodovia Ivane Fretta Moreira, na cidade de Tubarão, motivou duras críticas ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Obviamente que a abertura não foi o alvo da crítica, mas a forma como se deu a divulgação. Políticos locais afirmam que o horário escolhido, 17h, se deve ao fato de ser o número do partido do governador e, acusam Moisés de ingratidão com a cidade que o acolheu. Nos bastidores é dito que ele não quis realizar um ato no local, para não ter que dividir espaço com o prefeito Joares Ponticelli (Progressistas), e nem com o ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), viúvo de Ivane, que dá o nome à rodovia.

 

ACIAA

O empresário Londry Turra, já assumiu a presidência da Associação Empresarial de Araquari (ACIAA). Londry já comandou a primeira reunião, mas a posse oficial acontecerá no dia 4 de março. Turra é diretor da empresa Ycatu Engenharia e Saneamento, além de ter trabalhado no Banco Francês Brasileiro e no Safra.

 

Parceria

O presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE), conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, e o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública do Estado, o diretor-geral da Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich, decidiram formalizar um acordo de cooperação. Este compromisso se dará nos mesmos moldes daquele assinado entre a Corte de Contas e Polícia Militar em dezembro e que prevê que as instituições possam compartilhar informações por meio da permissão de acesso aos sistemas e bancos de dados sob suas responsabilidades e custódias. O objetivo é desenvolver e aperfeiçoar as atividades de inteligência desempenhadas tanto pelo Tribunal de Contas quanto pela Polícia Civil, cada um em seu campo de atribuição.

 

Na coluna exclusiva dos assinantes

 

– Lideranças do MDB são contra a indicação de líder do governo na Assembleia Legislativa;

 

– Em manobra de Moisés dois deputados do PSL devem ser suspensos do partido;

 

– O futuro de Tânia Harada em Joinville;

 

– Ângela Amin é pré-candidata a prefeita de Florianópolis;

 

– Deputados considerados da base jantam com o governador na segunda;

Assine o SCemPauta Plus, com muito mais informações durante o dia, podcasts e muito mais. As informações exclusivas e de grande impacto serão exclusivas para assinantes. Assine agora por apenas R$ 10 Reais mensais, assinatura anual.