PSL catarinense se organiza sem os Bolsonaristas, Gean Loureiro vai a Brasília e pode assinar a sua filiação partidária, A decisão de Lummertz, Tucanos em busca de um tertius para unir o partido entre outros destaques
O PSL de Santa Catarina está passando por um processo de renovação, após a desfiliação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do anúncio de que lideranças catarinenses deixarão o partido, entre as quais, a vice-governadora Daniela Reinehr, além de cinco dos seis deputados estaduais e três dos quatro federais.
Já na primeira reunião realizada na churrasqueira da Casa D’Agronômica, a nova executiva pregou fidelidade ao governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), além da união partidária que culminou com a presidência de honra do PSL catarinense sendo dada ao próprio Moisés.
Em sua fala, o deputado federal Fábio Schiochet, para quem o governador cedeu a presidência estadual, disse que o partido precisa ter decisões equilibradas com a mesma serenidade, a qual, segundo ele, que Moisés tem para conduzir o Estado. Chegaram a falar que é um PSL com a cara do governador.
Essa personificação de uma legenda em Moisés, mostra a força que o governador terá no partido nessa nova fase. Ele se posicionou a favor do presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar, e do vice-presidente do partido, Antônio Rueda, que, aliás, costumeiramente visita a Agronômica e, mantém negócios no estado. É por isso que o discurso de Moisés dizendo que apoia Bolsonaro não cola, pois o seu posicionamento dentro do partido revela a verdade.
As novas lideranças pretendem levar o partido aos 295 municípios catarinenses, com o claro objetivo de tornar o PSL um dos maiores de Santa Catarina. Mas não será uma tarefa fácil, já que Moisés perdeu a sua bengala de campanha, no caso, o nome Bolsonaro, além da pecha de traidor e a falta de algo concreto para oferecer. Será uma tarefa grandiosa encontrar pessoas dispostas a assumir um partido que, ou sumirá com o tempo, ou será engolido pelo Democratas. Neste caso, os demistas já estão estruturados, terá espaço na executiva para os hoje pesselistas?
É um projeto ousado, com tudo para enfrentar grandes dificuldades já que o partido que hoje tem nacionalmente uma grande estrutura, perdeu os seus principais alicerces. Mas como nada é impossível, é preciso aguardar as movimentações de um governo que ainda acredita ser maior do que realmente é.
Alianças
Os pesselistas apostam em alianças para as eleições municipais do próximo ano, com partidos afinados com o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), na Assembleia Legislativa. Portanto, o MDB, PDT e o PL, serão os principais partidos procurados pelos pesselistas. Moisés que havia pedido para conduzir as candidaturas e alianças em 15 municípios, agora amplia para as 30 maiores cidades do estado, onde não ouvirá a ninguém, pois será dele a primeira e a última palavra dentro do PSL.
Nomes
Em Florianópolis o nome do PSL que será definido pelo governador, Carlos Moisés da Silva, é o do Coronel Araújo Gomes, enquanto que em Blumenau o deputado Ricardo Alba deve disputar. Em Joinville o partido deve confirmar o acordo entre Moisés e o prefeito, Udo Döhler (MDB), para o apoio ao hoje deputado Fernando Krelling (MDB). Em Criciúma o apoio será ao deputado Rodrigo Minotto (PDT), sendo que o hoje trabalhista pode migrar para o PSL e ser mais um nome do partido. Em Chapecó Moisés está alinhado ao prefeito, Luciano Buligon (DEM), devendo construir um cenário em conjunto. Esses são alguns dos nomes que Moisés já tem na cabeça para o pleito municipal.
Retaliação
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) faz o discurso da ponderação e da democracia, porém, exonerou o assessor técnico da Secretaria de Estado da Administração, Alcino Caldeira Neto, indicado pelo deputado federal, Daniel Freitas (PSL), que é um dos parlamentares que se afastaram de Moisés e que trocará de partido. Não tem outro nome a não ser, “retaliação”.
O futuro de Pedrão
O vereador de Florianópolis, Pedro Silvestre, o Pedrão, publicou ontem em uma rede social que anunciou a lideranças do Progressistas, que deixará o partido. Pedrão deseja ser candidato a prefeito da capital, mas como diz em sua postagem, estava se sentindo “cozinhado em água morna”. A mensagem de Pedrão se deve ao fato do partido ter na deputada federal, Ângela Amin, a sua provável candidata para a disputa municipal, enquanto que Pedrão tem conversa com vários partidos, devendo aparecer na eleição como o nome do PSB, ou do Partido Liberal.
Loureiro
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (Sem partido), se reuniu com o presidente do PSB estadual, Adir Gentil. Gean vinha mantendo conversas com Gentil, porém, ontem comunicou que não assinará ficha nas hostes pessebistas. Gean estará nesta semana em Brasília para acertar os últimos detalhes com o Democratas, que é o seu provável partido. Ainda com uma pequena chance o Podemos, Republicanos e o PSDB, porém, o prefeito já estaria apalavrado com o presidente nacional do DEM, ACM Neto. Até o final da semana sai a definição.
Colombo deputado
O ex-governador Raimundo Colombo (PSD), seguirá realizando as suas palestras e rodando o Brasil. Ele ainda não admite publicamente, mas de acordo com uma fonte, Colombo não pensa na eleição de 2022 ao Senado, deseja ser deputado federal.
Almoço com emedebistas
O senador Jorginho Mello (PL), é o convidado de hoje da bancada do MDB na Assembleia Legislativa, para participar do almoço que é realizado todas as terças. Jorginho deve ouvir os emedebistas que desejam se aproximar do Partido Liberal.
Mal-estar no PSDB
A informação de que Cromacio José da Rosa, ex-assessor do falecido ex-presidente estadual do PSDB, Marco Tebaldi, estaria pedindo voto a favor da deputada federal, Geovânia de Sá, para a presidência tucana usando o nome de Tebaldi, se espalhou como um rastilho de pólvora dentro do partido, fazendo saltar pena para tudo que é lado. Enquanto que muitos tucanos reclamavam da atitude, Carla, a viúva de Tebaldi, enviou uma mensagem ao tucanato afirmando que nunca o seu esposo falou sobre sucessão. O fato é que o clima está armado para o próximo dia 30, quando o PSDB escolherá entre Geovânia, o deputado estadual, Marcos Vieira, e o ex-governador, Leonel Pavan.
Tertius
Como o clima está quente no ninho tucano, os bombeiros começaram a trabalhar para esfriar o ambiente. Lideranças conversam com o ex-senador, Dalírio Beber, para que seja um candidato de consenso para pacificar o partido. Essa solução também está sendo adotada por quem teme uma intervenção nacional, já que Geovânia é muito próxima do presidente nacional, Bruno Araújo.
Jorginho em Joinville
Ontem o senador Jorginho Mello presidente estadual do PL, palestrou na Associação Empresarial de Joinville (Acij), em evento organizado todas as segundas-feiras. O encontro é comandado pelo presidente da entidade, João Martinelli. Estiveram presente, o vice-prefeito, Nelson Coelho (Sem partido), o deputado federal, Rodrigo Coelho, os vereadores Rodrigo Fachini (MDB), Ninfo König (PSB) e Maurício Peixer, que comanda o PL em Joinville. A suplente de senadora, Ivete Appel da Silveira (MDB) também foi ao evento para prestigiar a Jorginho, que deve abrir um espaço para ela no Senado no próximo ano.
Indicativo
A presença de algumas lideranças na palestra do senador, Jorginho Mello (PL), na Acij em Joinville, mostra que os liberais estão trabalhando forte na capital do Norte do estado. O vice-prefeito, Nelson Coelho (Sem partido), deixou o MDB e busca um partido para disputar a Prefeitura. Por hora, o PL não tem um nome para a majoritária pode ser ele. Os vereadores, Rodrigo Fachini (MDB) e Ninfo König (PSB), querem sair de seus atuais partidos, e Rodrigo Coelho em litigio com o PSB, também tem conversa próxima a Jorginho. Se conseguir atrair essas lideranças, o PL ganha uma grande musculatura em Joinville.
Querido do Dória
O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), não esconde a sua admiração pelo seu secretário de Turismo, o catarinense Vinicius Lummertz. Ontem na entrega do prêmio Top Destinos Turísticos 2019, foram destacadas as ações realizadas por Lummertz a frente do setor turístico paulista, sendo uma das mais importantes fontes de renda e geração de emprego. Em sua fala, Lummertz afirmou que o Governo seguirá apoiando as prefeituras em ações turísticas. A premiação é concedida pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).
Lummertz fica em SP
Questionei o secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz, sobre uma candidatura a prefeito de Florianópolis, sendo que após a sua filiação, tucanos dão como certa a volta do ex-ministro ao estado. Lummertz respondeu que decidiu ficar em São Paulo, trabalhando no governo de João Dória (PSDB).
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