Não é de hoje que a relação entre a vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL), com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), não é boa. Nos bastidores é dito que houveram ações de enfraquecimento de Daniela e, que lhe foi sugerido até mesmo que ficasse mais no Oeste, como forma de tirá-la de perto do centro do poder. Depois disso, foi relatada a falta de espaço e de diálogo entre eles, seguida da perda de poder do gabinete da vice-governadora, até de custear a própria residência onde ela mora, ficando a responsabilidade para a Casa Civil de Douglas Borba.

Situações que demonstram o clima de tensão me foi relatada por uma fonte, a exemplo do que aconteceu entre os dias em que foram divulgadas informações envolvendo os gastos da casa onde Daniela reside, de que pessoas ligadas a ela teriam enviado a um assessor de Moisés uma mensagem por telefone, sugerindo que os dados teriam sido vazados por integrantes da Casa D’Agronômica.

A minha conversa com Daniela foi rápida, a primeira desde que ela foi eleita. Mesmo tendo sido um dos primeiros jornalistas a dar espaço quando ela ainda começava a ingressar nos movimentos pró-Impeachment da então presidente, Dilma Rousseff (PT), não houve mais entrevista.

Uma das respostas dada pela vice-governadora me chamou a atenção. Questionei se o posicionamento pró Bolsonaro, representa um afastamento do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), que se posicionou pró-Luciano Bivar (PSL), se afastando do presidente. “De minha parte não existe qualquer afastamento dele”, disse ela, porém, ao perguntar se foi Moisés quem se afastou, Daniela disse: “Isso você terá que perguntar para ele”, em uma resposta que deixa a entender o que já vem sendo falado nos bastidores, de que o relacionamento não é bom.

O fato é que Daniela se negou a falar a respeito de uma possível crise, porém, o gesto de ter anunciado na sexta-feira em Criciúma a manutenção de seu apoio ao presidente, Jair Bolsonaro, também tem um efeito doméstico, pois ela se posiciona e com isso garante um apoio de deputados da ala ideológica e dos bolsonaristas em geral, visando se proteger de retaliações de Moisés.

Isso quer dizer que além de acompanhar o presidente a um outro partido, a vice-governadora se prepara para quando se sentir segura, partir com força em busca de seu espaço no governo. O que isso poderá gerar, só saberemos se realmente acontecer.

 

Deputados vaiados

No evento sobre o conservadorismo na sexta-feira em Criciúma, quando foi anunciada a presença dos deputados estaduais, Coronel Mocellin e Ricardo Alba, ambos do PSL, houve vaias que geraram constrangimento aos pesselistas, já que a maior parte dos participantes eram filiados ao partido. No caso de Alba, ele chegou a ser chamado de traidor. A militância do PSL está cobrando dos parlamentares um alinhamento com a ala do partido na Assembleia Legislativa, que se afastou do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e anunciou fidelidade ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

 

Deputado responde

O deputado estadual, Ricardo Alba (PSL), me disse ontem que a vaia contra ele foi premeditada e organizada. “Várias pessoas me disseram isso. Vaiaram a mim e ao deputado Mocellin de forma injusta, e isso foi provocado por aqueles que se pautam pela desinformação”, afirmou. Alba disse ainda que sempre foi e, que segue leal ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), apoio que começou antes mesmo dele ser presidente. “Todas as minhas votações e pronunciamentos sempre foram em sintonia com o presidente Bolsonaro, como deputado, vereador em Blumenau e antes mesmo disso. Entretanto, alguns deputados criaram a falsa ideia de que para estar alinhado com Bolsonaro tem que ser contra tudo que o Governo do Estado propõe. E isso é um verdadeiro absurdo”, criticou Alba.

 

Mocellin se defende

O deputado Coronel Mocellin (PSL) também destacou o seu apoio ao conservadorismo e ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Ele disse que se sentiu injustiçado no evento em Criciúma ao ser vaiado e, desafiou que se encontre qualquer postagem contra o presidente. “As minhas postagens sempre foram de apoio ao Bolsonaro. O que eu defendo, me mostrem algo que seja diferente do que é preconizado pelo presidente da República”, disse. Para Mocellin, as críticas que estão sendo feitas é pelo fato de que ele não critica o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL).

 

Troca de farpas

No grupo de WhatsApp “Bolsonaro Presidente”, o deputado estadual, Ricardo Alba acusou o grupo do deputado Jessé Lopes (PSL), pelas vaias destinadas a ele. Em resposta, Lopes postou em uma rede social um texto onde entre outras coisas, disse que Alba foi vaiado e chamado de traidor por “insistir em puxar o saco do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). “Que (Moisés) declaradamente roeu a corda com o Bolsonaro e com a ala mais “Bolsonarista” de SC, desde eleitos, suplentes e eleitores. E isso deputado, por conta da sua ambição pessoal, que visas formar o maior número possível de executivas no PSL no estado de forma cabresta, e ser o candidato à prefeito de Blumenau ano que vem, com o apoio do governador, já que quem manda no partido, assina as executivas e define as nominatas, é o próprio”, escreveu.

 

Ataques francos

Jessé Lopes foi além, ao dizer que Ricardo Alba não foi convidado para o evento sobre o conservadorismo, além disso, disse que é preciso muito estômago para aturar o que chamou de petulância. “Você é um coitado se pensa que realmente minha divergência com você é por causa de quantidade de votos. Na verdade é por você ser uma espécie de ganancioso ardiloso, mas aos poucos, as pessoas irão lhe conhecer”, atacou, em resposta a Alba.

 

Sem clima

O fato é que não há mais clima entre os deputados estaduais, Ricardo Alba e Coronel Mocellin, com os seus colegas de bancada que optaram por se afastar do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Já há troca de ofensas e acusações, mostrando que em Santa Catarina a exemplo do que acontece na esfera nacional, o partido começa a derreter. O fato é só um: Quem se elegeu pelo PSL, foi através de Jair Bolsonaro, somente isso, portanto, quem ficar após a saída do presidente, terá grande dificuldade nas próximas eleições.

 

Ângela não confirma

Nos bastidores é dado como certa uma candidatura da deputada federal, Ângela Amin (Progressistas), para a Prefeitura de Florianópolis. Ontem liguei para a parlamentar que negou, disse que não é a sua prioridade neste momento. Para Ângela, é preciso respeitar a vontade do vereador, Pedro Silvestre, o Pedrão, nome o qual, segundo ela, seria o preferencial de seu esposo, o senador Esperidião Amin. Questionada sobre a vontade do deputado estadual, João Amin, de também ir para a disputa, ela respondeu: “O Esperidião torce pelo Pedrão que é uma nova liderança, mas ele não vai barrar o filho (João)”, disse Ângela.

 

Conversa

A deputada federal, Ângela Amin, tem uma conversa com o vereador, Pedro Silvestre, o Pedrão, agendada para hoje de manhã. Mais uma vez discutirão o projeto do Progressistas para a Prefeitura de Florianópolis. Acontece que essa conversa dependendo dos compromissos da parlamentar, já que as sessões em Brasília nesta semana serão apenas hoje e amanhã por causa do encontro do Brics, pode acontecer somente na quarta-feira.

 

Gean com o MDB?

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido), andou conversando com o presidente estadual do MDB, o deputado federal, Celso Maldaner. Segundo uma fonte, Gean teria tentado combinar a formação de uma executiva com dois integrantes de seu governo que são do MDB, no caso, João Cobalchini e Márcio Luiz. Maldaner tanto não aceitou, como nomeou um opositor a Loureiro que é o vereador, Fábio Daux, como o presidente da Comissão Provisória.

Ingratidão

Fontes emedebistas me disseram que o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (Sem partido), chegou a cogitar em ter o MDB na aliança a qual pretende formar, pensando no seu projeto de reeleição. Uma fonte emedebista afirmou que o partido não estará com Gean, pois a maior parte das lideranças entendem que ele foi ingrato com o MDB. “Ele sai dizendo que o MDB é um partido onde tem corrupto e quer o nosso apoio?”, questionou a liderança.

 

Renúncia em Governador Celso Ramos

O prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Duarte (PSB), renunciará em fevereiro do próximo ano. Ele mudará o título eleitoral para São José onde disputará a prefeitura do quarto maior colégio eleitoral de Santa Catarina. Duarte é pré-candidato e usa o exemplo do senador, Dário Berger (MDB), que após ter sido eleito para dois mandatos em São José, na sequencia administrou Florianópolis.

 

Souza pré-candidato

O deputado estadual, Bruno Souza, deve mesmo ser o pré-candidato do Novo à Prefeitura de Florianópolis. Souza está no partido o qual segundo ele, tem os seus mesmos ideias, a exemplo do liberalismo econômico. Ontem em Chapecó, o presidente estadual do PSB, Adir Gentil, chamou a atitude de Souza como o maior estelionato eleitoral da história. “Ele se elegeu por causa do PSB”, afirmou. Vale lembrar que Bruno venceu na justiça o processo ingressado pelo PSB, que pedia a cassação de seu mandato por infidelidade partidária.