Ontem à noite tive uma conversa no mínimo, reveladora com uma importante liderança do MDB de Santa Catarina, a respeito da relação do partido com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL).

Quando questionei se Moisés está realmente indo para o MDB, conforme adiantado pelo SCemPauta, a resposta foi a seguinte: “No PSL tem 2,3. No MDB, 9”, disse. A resposta é clara: Com os emedebistas o governador teria a bancada fechada, enquanto que no PSL tem a minoria na Assembleia Legislativa, o que é um fato. Apenas Ricardo Alba que é pré-candidato a prefeito de Blumenau, e Coronel Mocellin que pretende disputar em Itajaí seguem fiéis ao comandante.

Mas a resposta do emedebista que faz parte da cúpula do partido vai além, quando vemos a situação relatada ontem por esta coluna, de que Moisés e Udo Döhler estão fechados pró- Fernando Krelling em Joinville, muito embora, o governador poderá enfrentar um grande problema.

Os emedebistas são pragmáticos, portanto, uma vez no partido, o governador terá que se submeter a vontade da maioria, sendo que estão na fila para 2022, o senador Dário Berger, o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli e o deputado federal, Carlos Chiodini, enquanto que Udo, Eduardo Pinho Moreira e Celso Maldaner desejam o Senado.

Portanto, esse é o cenário envolvendo um governador que logo poderá ter uma tinta fraca na caneta, principalmente por estar desalinhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), de quem Moisés foi aconselhado a tentar uma reaproximação, gesto que não deu certo frente a tudo o que andou dizendo em entrevistas, numa verdadeira negação ao único motivo de ter chegado a Casa D’Agronômica.

Será que alguém teria hoje, condição de assinar um documento em nome do MDB garantido a candidatura à reeleição a Moisés, sendo que o projeto é o sonho do neófito que ainda tem muito a aprender com a política, muito embora tenha aprendido rápido como negociar nos bastidores de forma que é até legal, mas não moral.

 

De Toni

Um outro problema que o governador, Carlos Moisés da Silva pode enfrentar no PSL, é o fato da ala Bolsonarista estar mudando de tática, devendo tentar o comando do partido. A questão é que segue aberta a possibilidade da saída do presidente Jair Bolsonaro, neste caso, haverá uma debandada. Por outro lado, se a sua ala conseguir pegar o comando do PSL a ideia é ficar e, neste caso, ganhará muita força a possibilidade da deputada federal, Caroline de Toni conquistar o comando do partido em Santa Catarina.

 

Descontentamento de Schiochet

O deputado federal, Fábio Schiochet (PSL), não tem cargo no governo de Jair Bolsonaro (PSL). A única indicação dele foi para os Correios, mas não foi aceita, por isso não cedeu ao apoio a Eduardo Bolsonaro para ser o líder da bancada. Ele já teria reclamado que não é atendido, o que o fez se aproximar mais ainda do presidente nacional, Luciano Bivar e do vice, Antônio Rueda.

 

As críticas de Jessé

O deputado estadual, Jessé Lopes (PSL), tem endurecido cada vez mais as suas críticas ao governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Segundo ele, Moisés não é mais o mesmo, só pensando em fazer um mandato visando a reeleição. Lopes foi além criticando também o fato do deputado federal, Fábio Schiochet ter assumido o comando do partido a mando de Moisés, chamando-o de fantoche e Moisés de “cara de pau” e inquilino da Agronômica. Confira:

PEC das emendas

A proposta que acabaria com as barganhas do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), com alguns deputados estaduais, a PEC das Emendas Impositivas, poderá não passar na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. Uma fonte relatou que estaria empatado até o momento, devendo ficar para o presidente da CCJ, deputado Romildo Titon (MDB), o voto de minerva. No MDB que se reúne hoje no tradicional almoço de bancada, o assunto deve entrar na pauta, muito embora, o presidente estadual do partido, deputado Celso Maldaner esteja sendo aguardado para o encontro, quando deve falar da eleição do próximo ano. Mas uma fonte adiantou que hoje, a PEC não passa.

 

Municípios perdem

Se a PEC das emendas não passar, quem perde são os municípios e entidades beneficiadas com as emendas impositivas dos deputados estaduais. A Assembleia Legislativa precisa ter esse entendimento, ou então, os deputados terão que explicar, ainda mais em pleno ano pré-eleitoral, sobre o motivo de terem tirado a garantia de que o dinheiro chegará aos prefeitos de suas bases, que aguardam ansiosos para realizar as obras prometidas aos seus munícipes. É um assunto que deve gerar muita pressão dos prefeitos e vereadores.

 

Ataque interno

O clima de romance entre Napoleão Bernardes e um colega de partido parece que não vai bem, pelo menos para a liderança que está há mais tempo no PSD. Quem o acompanha nas redes sociais percebe o seu silêncio sobre o partido e se queixou durante um voo de Brasília para Florianópolis sem se preocupar com quem estava ouvindo, da atenção destinada a Napoleão. Quem atribuiu o tratamento de destaque ao ex-prefeito de Blumenau escutou: “Ele é novo, mas já saiu na lista da Odebrecht”. Vale lembrar que o inquérito contra Napoleão foi arquivado contra a justiça por falta de provas. Veremos as cenas do próximo capítulo.

 

Cobalchini presta contas

O deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), fez uma prestação de contas do mandato em Caçador. Vai adotar a ação como prática do mandato levando as informações de suas ações e trabalho realizado, além de ouvir a população para a continuidade das atuação na Alesc. Destaque para a lei que destina 10% do IPVA para manutenção das rodovias estaduais, R$ 100 milhões conquistados em ações para Caçador e atuação para expandir a rede de gás natural para o oeste catarinense. No registro, a cidadã cobrando a recuperação da rodovia da SC 135.

 

Elogio a Geovânia

Durante o evento do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que aconteceu em Florianópolis, a deputada federal Geovania de Sá (PSDB) esteve com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). O pré-candidato tucano à Presidência da República em 2022 teceu inúmeros elogios à atuação de Geovania no Congresso Nacional e, sobre a participação da sensibilidade feminina na construção de uma sociedade mais justa para todos.

 

Liderança do MDB em Florianópolis

O presidente do MDB na capital, vereador Celso Sandrini protocolou um documento para o presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, Roberto Katumi (PSD), pedindo a destituição da liderança emedebista, que atualmente está a cargo de Gui Pereira. O entendimento é que somente os vereadores podem eleger a liderança. Na tarde de hoje acontece uma reunião no gabinete de Pereira com a presença dos cinco vereadores. O atual líder tentará conversar para se manter no cargo, caso contrário, deve sugerir uma nova eleição. Sandrini quer assumir o papel de líder.

 

Forcri com Minotto

O deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) esteve reunido na Associação Comercial e Industrial de Criciúma, com o Fórum das Entidades de Criciúma (Forcri). Na pauta a apresentação de demandas do sul do Estado como a conclusão das obras do Anel de Contorno Viário. Também foram apresentadas reivindicações da segurança pública envolvendo a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Instituto Geral de Perícias (IGP), desde o aumento do efetivo, aquisição e substituição de viaturas e equipamentos. A reunião foi coordenada pelo presidente do Forcri, Donato Moro. Lembrando que Minotto é pré-candidato a prefeito do município.

 

Estacionamento rotativo

Um sistema mais moderno, tecnológico e adequado à realidade da Capital. É o que prevê o edital referente à gestão do estacionamento público rotativo publicado. A modalidade será a de concorrência tipo menor preço global. A adoção de um sistema informatizado vai proporcionar ao município, o controle efetivo da arrecadação que, apoiado necessariamente em avançadas tecnologias, permitirá o efetivo controle de utilização e a gestão financeira ao mesmo tempo, em que habilitará a cidade para a aquisição de dados de planejamento a longo prazo, da solução de mobilidade e planejamento urbano. A abertura dos envelopes será realizada no dia 22 de novembro, na Diretoria do Sistema de Licitações e Contratos da Secretaria Municipal de Administração.

Só elogios

Se depender do prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (DEM), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Sander que é vereador licenciado se filiará no Democratas. Sander não revela mas estaria descontente no PL devido ao acordo de filiação do tenente coronel, Ricardo Alves da Silva, para ser o pré-candidato do partido a prefeito. Indo para o DEM, se Buligon não conseguir se candidatar, Sander seria o nome.