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Destaque do Dia

De acordo com as investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Chabu, o delegado da PF afastado, Fernando Caieron, teria ajudado ao empresário de iniciais L.P, preso na Operação Oceano Branco, que visou combater o tráfico de drogas internacional a partir do Porto de Itajaí.

Vale lembrar que a operação aconteceu em outubro de 2017, quando a Polícia Federal acompanhada da Receita Federal, cumpriu 60 mandados de prisão em seis estados, incluindo Santa Catarina. Foram apreendidas mais de 10 toneladas de drogas no Brasil e em países como Bélgica, Holanda, Itália, Espanha, Turquia, México, Arábia Saudita e Dinamarca. Em Joinville foram apreendidos carros de luxo.

Segundo o relatório da Chabu, Caieron possuía um vínculo comercial com um empresário que por sua vez, seria sócio de L.P.  Ao saber do advogado que fora contratado para atuar na defesa do investigado, entrou em contato marcando um café com o defensor. Por telefone, eles negociaram um repasse ao então delegado no valor de R$ 650 mil.

 

Advogado: Bom dia!

 

Advogado: Quando conseguir, liga aqui

 

Caieron: Ligando

 

Caieron: E aih!?

 

Caieron: Fechado?

 

Advogado: Ficaram de pensar

 

Advogado: E dar a resposta

 

Advogado: Foi somente o valor

 

Advogado: Mais nada

 

Advogado: Estão confiante

 

Advogado: No trabalho

 

Advogado: Trabalho

 

Caieron: Vai dar certo

Caieron: Mandou nos 650?

 

Advogado: 600

 

Caieron: Acredito que vai dar sim

 

Caieron: Tens que lembrar que são 60 presos…

 

Caieron: Várias audiências…etc

 

Advogado: Sim

 

Advogado: Eu falei

 

Advogado: Expliquei

 

Advogado: Tudo

 

Caieron: Então tá encaminhado

 

Caieron: Estou indo jantar com o Agnaldo

 

Advogado: Falei que você e eu iriamos tomar um café

 

Advogado: E tal

 

Advogado: Tem que sentir ele

 

Caieron: Claro

 

Caieron: Deixa comigo

 

Advogado: ok

Também consta no relatório que o advogado avisou a seu cliente preso na Oceano Branco, que iria se encontrar com Fernando Caieron que teria respondido a ele “deixa comigo”. No dia 17 de outubro de 2017 eles voltaram a conversar:

 

Caieron: Tá em casa?

 

Caieron: To voltando pra Floripa

 

Caieron: Tem como me encontrar na chegada?

 

Caieron: Preciso falar contigo

 

Advogado: Oi

 

Advogado: Sim

 

Advogado: Local

 

Caieron: To em Itapema

 

Caieron: Onde fica bom ali na chegada?

 

Advogado: Angeloni

 

Advogado: Via Expressa

 

Caieron: Combinado

 

Advogado: ok

 

Caieron: Tijucas

 

Advogado: ok

 

Caieron: 10 km de Floripa

Segundo a Polícia Federal eles conversaram em frente a uma concessionária de veículo sobre a Operação Oceano Branco, quando o então delegado disse ao advogado: “Agora é tudo contigo!!!”.

O relatório ainda destaca que a pretensão de Fernando Caieron aparece no pedido de contraproposta feita ao advogado, inclusive indicando ao advogado que deveria aceitar o carro do empresário preso na operação Oceano Branco. Em conversa interceptada do dia 18 de outubro de 2018 a negociação fica mais clara:

 

Caieron: Buenas!

 

Caieron: Fechado, finalmente?

 

Advogado: Buenas!

 

Advogado: 16 horas

 

Advogado: Acredito que sim

 

Caieron: Eu tenho certeza

 

Caieron: Vou pra Poa amanhã

 

Caieron: Volto segunda-feira

 

Caieron: Aih

 

Caieron: Tentamos um café na terça que vem, pode ser?

 

Caieron: Abraço

 

Advogado: Ok

 

Advogado: Combinado

 

Advogado: Só tem 10 por mês

 

Caieron: 10 por mês?

Caieron: Sério?

 

Caieron: Manda contraproposta

 

Advogado: Sim

 

Advogado: Não tem

 

Caieron: ….

 

Advogado: Entrada de 50

 

Caieron: E o carro?

 

Advogado: E não tem dinheiro

 

Caieron: Assim que liberarem?

 

Advogado: Só ele tem lá tem acesso

 

Advogado: Sim

 

Caieron: Se ele assinar contrato…

 

Caieron: Tá garantido

 

Caieron: Se sair antes

 

Advogado: Acho que libera

 

Advogado: Tranquilo

 

Caieron: Vai dar até o C***

 

Caieron: Risos

 

Advogado: rsrsrsrsrs

 

Caieron: Valor alto

 

Caieron: Mas vai dar certo

 

Caieron: Qdo liberar carro

 

Caieron: Já poe pra venda

 

Caieron: Aih sim…

 

Caieron: Vender rápido…

 

Caieron: Vale 399.000,00

 

Advogado: Fecho?

 

Caieron: Vende por 350

 

Caieron: Calor

 

Caieron: Claro

 

Caieron: Eu fecharia

 

Caieron: Sinal tá ruim aqui

 

Caieron: Mas fecha sim

 

Advogado: Ok

 

Caieron: Terça sentamos e conversamos

 

Caieron: Ok?

 

Advogado: Ok

 

O relatório da Operação Chabu destaca ainda, que o delegado Fernando Caieron, sugeriu em conversa interceptada do dia 23 de outubro de 2017, a inclusão de cláusulas contratuais, caso os réus fossem liberados. O pagamento deveria ser feito em 5 ou 10 dias.

 

Caieron: Buenas!

 

Caieron: Tá assinado?

 

Advogado: Buenas!

 

Advogado: Ainda não

 

Advogado: Estamos aguardando a entrada até quarta-feira

 

Caieron: Ia te falar pra tu colocar uma cláusula….

 

Caieron: No sentido de que

 

Caieron: Em caso de liberação

 

Caieron: O pagamento tem que ser integralizado em 10” dias

 

Caieron: Ou 5”

 

Advogado: Coloquei exatamente isso

 

Advogado: Maior

 

Advogado: Pediram um prazo

 

Advogado: De 3 meses

 

Caieron: Certo!

 

Caieron: Amanhã 13:30” – 14:00 tomamos café? Ou prefere pelas 10:45?

 

Advogado: Confirmo depois

 

Advogado: Estou em Garopaba

 

Advogado: Chegando

 

Advogado: Confirmo

 

Caieron: Ok

 

Advogado: 13:30?

 

Caieron: Pode ser 14:00?

 

Caieron: Aih é 100%

 

Caieron: Marcamos onde? Chuvisco?

 

Advogado: Ok

 

Caieron: Envia um link sobre a segunda fase da Operação Oceano Branco

 

Advogado: Acho que vão desistir

 

Seguindo o relatório da Polícia Federal, após a resistência do empresário L.P, Fernando Caieron disse que estava com José Augusto Alves e com a família do réu da Operação Oceano Branco. O delegado chegou a ser questionado pelo advogado se deveria fechar o contrato por R$ 400 mil, sendo que Caieron fez uma contraproposta de R$ 500 mil.

 

Advogado: Se for 400 fecho?

 

Caieron: Cara….

 

Caieron: Se baixar….

 

Caieron: Manda proposta de 500

 

Caieron: Penso eu

 

Caieron: Fala que teu preço de 600 foi pelo pedido e amizade que temos…

 

Caieron: Eu ainda faria isso

 

Caieron: À menos que os caras te paguem 450 à vista

 

Caieron: Mas a decisão final é tua, ok?

 

Advogado: Ok

 

Caieron: Pensei aqui…Se tu baixar muito…tipo de 600 pra 400…pode ser tbm tiro no pé…

 

Caieron: Fala em 500 pra pagar 40 por mês

 

Advogado: ok

 

Caieron: Abraxo

Segundo a Polícia Federal, no dia 19 de janeiro de 2018, o então delegado Fernando Caieron, informou ao advogado que estava com José Augusto Alves, e que “Zé” teria falado com a “mulher do careca” e pergunta se pode fechar por “R$ 350 mil mais o carro”.

O relatório da Operação Chabu, mostra que a ação de Fernando Caieron, delegado da PF com histórico de combate ao tráfico de drogas internacional, inclusive tendo sido destacado no livro “Operação Playboy”, se choca com as negociações com o advogado de um dos réus na Operação Oceano Branco.

Ainda segundo as investigações, o papel de Caieron na questão, era a obtenção de informações privilegiadas as quais seriam repassadas ao advogado. “Não fosse isso, não haveria a preocupação dos referidos em encontros particulares e o procedimento do cuidado redobrado com a comunicação”, diz o relatório.

Vice fragilizada

Aconteceu ontem a abertura do Congresso de Liderança Política Feminina na Assembleia Legislativa. O evento é organizado pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira e Escola Judiciária Eleitoral de Santa Catarina. Chamou a atenção a participação da vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL). Além de ter chegado ao local com os habituais seguranças, situação que tem causado mal-estar, Daniela demonstrou uma grande dificuldade de falar. Uma capitã da PM chegou a alcançar um tablet, mas da mesma forma Daniela surpreendeu a todos pela dificuldade de se expressar. Ela pediu desculpas e disse que tem dormido pouco, pois está cada vez mais assumindo atribuições no governo.

 

Ficou notório

A fragilidade demonstrada pela vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL), gerou um sentimento de surpresa pela sua dificuldade de comunicação, mas, também de solidariedade, tanto que foi aplaudida pelas participantes que reconheceram o seu esforço. Ao final do evento, a leitura é de que Daniela está em dificuldade no governo. A falta do conhecimento que o cargo exige acaba sendo dificultada pelo fato do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), a estar isolando, tanto, que publicamente está tudo bem, porém, nos bastidores do governo os relatos é de que a relação não é boa. Daniela chegou a cobrar de um assessor de Moisés o vazamento de informações quando o ND divulgou dados dos gastos da residência da vice.

 

Carece de espaço

A vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL), como qualquer liderança em sua posição, merece um espaço para poder trabalhar e dar a sua contribuição, já que foi eleita para isso. Porém, precisa demonstrar humildade para aprender, ao mesmo tempo em que deve se unir às lideranças em apoio às causas, não tomá-las para si, como foi na questão da Rota do Milho. Mesmo assim, o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), poderia incluí-la mais nas principais discussões. Conversei com um parlamentar próximo a Moisés sobre a relação entre o governador e a sua vice. A resposta é de que tem coisas que nem precisa explicar, as atitudes falam por sim.

 

Isenções fiscais

O deputado estadual, Marcos Vieira (PSDB), na condição de presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, convocou os parlamentares integrantes para uma reunião extraordinária para a próxima quarta-feira (09), às 13h30, no plenarinho. Vieira atende a um pedido da Associação dos Frigoríficos Independentes de Santa Catarina (AFISC), para discutir o aumento de impostos no estado, através da majoração do ICMS. O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, assim como a sua adjunta, Michele Roncalio, e o diretor de Administração Tributária, Rogério Macedo da Silva também foram convidados.

 

Emendas impositivas

Enquanto que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, a PEC das Emendas Impositivas, o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), promete liberar as emendas nos próximos dias. Dizem que os deputados estão igual a “São Thomé”: Querem ver para crer!!

 

Bauer tem a preferência

Uma liderança estadual do PSDB deixou claro que o ex-deputado e secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira é bem-vindo ao PSDB, porém, que a preferência para ser o candidato a prefeito de Joinville, é do ex-senador, Paulo Bauer. Dalmo também deseja disputar, porém, somente terá chance se Bauer declinar.

 

Não está garantido

O vice-prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes, não tem a garantia das lideranças do PSDB, que será o candidato do partido à Prefeitura da capital. Fui informado que o partido está garimpando nomes de potenciais candidatos.

 

Fossá garantido?

O vereador de Chapecó, Cleiton Fossá, deve mesmo ser o nome do MDB para a disputa à Prefeitura da capital do Oeste. O partido obrigatoriamente terá que ter candidato nas cidades onde tem canal de televisão e Fossá tem o apoio de caciques estaduais. A leitura é que no momento, não teria outro nome, já que Valdir Colatto ocupa um cargo no Governo Federal.

 

Fachini deixará o MDB

Em entrevista ao colega Ananias Cipriano da Jovem Pan de Joinville, o vereador Rodrigo Fachini afirmou categoricamente que deixará o MDB. Segundo ele, a sua relação com o partido em Joinville não é mais a mesma, além disso, destacou que o MDB de hoje é diferente da época do falecido senador, Luiz Henrique da Silveira e do ex-governador, Pedro Ivo Campos, que também já faleceu. Fachini reclamou que o partido está se confundindo com o governo de Udo Döhler (MDB). “Você pode brigar com todos e com qualquer um, mas nunca brigue com a sua consciência”, afirmou Fachini parafraseando LHS. O fato é que o vereador é um crítico ao governo de Udo.

 

Prova inédita contra Dilma

De acordo com a Revista Veja, o ex-diretor de Serviços da Petrobrás, Renato Duque, preso na Operação Lava-Jato por operar propinas da estatal para o Partido dos Trabalhadores, afirmou em interrogatório que a ex-presidente Dilma Rousseff, pediu pessoalmente a ele que continuasse operando para o PT na Petrobrás, quando ele anunciou que deixaria a petrolífera. “Eu saí da Petrobras porque eu quis. A própria Dilma pediu para eu continuar na Petrobras… Ela queria que eu continuasse na Petrobras para arrecadar dinheiro para eleição de 2012”, disse Duque. Dilma negou as afirmações.

 

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