Destaque do Dia
Acontece no próximo dia 7 na Assembleia Legislativa, uma audiência pública proposta pelo deputado estadual, Bruno Souza (sem partido). O parlamentar quer discutir as 120 obras paralisadas em Santa Catarina, que tem o andamento comprometido resultando em um total contratado de R$ 6,9 bilhões, prejudicando 66 cidades catarinenses. “O fato evidente é a falta de planejamento e contribuição para a estagnação da economia e desperdício de dinheiro público”, frisa o deputado.
Também de acordo com Souza, chama atenção ainda no levantamento, a grande quantidade de obras paralisadas, ou com o andamento comprometido no segmento rodoviário, que responde por R$ 4 bilhões em obras contratadas. “É umas das principais vias de escoamento das riquezas geradas no estado”, disse.
A questão é apurar onde está o erro. Obras iniciadas sem ter os recursos garantidos, ou se os repasses federais não estão chegando nos estados. Agora, uma questão fica cada vez mais clara: Rodovias precisam ser concedidas para a iniciativa privada, o Estado definitivamente não consegue manter a estrutura e muito menos, realizar novas obras e ampliações.
Embate na Alesc
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Mauricio Eskudlark (PL), e o deputado Ivan Naatz (PV), protagonizaram um embate com troca de farpas na tribuna do parlamento estadual na sessão plenária. Eskudlark destacou várias ações do governo, entre elas, a destinação de R$ 4 milhões para o aeroporto Quero-Quero de Blumenau, o reforço de efetivo da PM no Vale do Itajaí, R$ 3 milhões ao hospital Santo Antonio, R$ 6,5 milhões para a agricultura familiar com alimentação escolar, R$ 26 milhões para centro de eventos de Blumenau e R$ 6,3 milhões para revitalização de ruas em Ilhota. Naatz por sua vez, relativizou os investimentos. “R$ 35 milhões para Blumenau, mas Indaial investe R$ 80 milhões de recursos próprios, Blumenau coloca quase 30% do orçamento na saúde pública e estamos comemorando R$ 35 milhões, com todo respeito, isso não é grande volume de dinheiro”, rebateu.
Burocracia
O deputado estadual, Ivan Naatz (PV), também criticou o que considera uma burocracia e isolamento interno sem precedentes no estilo de gestão administrativa do governador, Carlos Moises da Silva (PSL). “Tem secretário que ainda não conseguiu despachar individualmente com o governador, que não tem nem o número do telefone dele. Tudo tem que passar antes pelo secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba. É um absurdo, uma centralização política e administrativa que engessa o governo”, afirmou.
Em falar nisso
No início do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), um deputado de seu partido ligou para ele. Ao invés de atender o parlamentar, a pergunta feita por Moisés foi sobre como o deputado havia conseguido o seu número.