Desde a prisão – ou condução – do prefeito Gena Loureiro na Operação Chabu surgiram inúmeras perguntas. Na minha “peneira” restam três: a primeira é sobre a inquietação do vazamento da polícia para investigar a própria polícia; a segunda é de um suposto financiamento oferecido por um médico em uma clínica de medicina quântica e a terceira é a realidade sobre a tal sala segura. Porque até então não existem mais detalhes sobre estes pontos.

Sabe-se que o tal médico que atraiu o prefeito Gean Loureiro para uma conversa, em sua clínica, sobre o tal financiamento, atendeu outras personalidades, entre elas o governador Carlos Moisés. Isso logo após a eleição, quando ele ainda estava tentando entender o tamanho do impacto da sua vitória. Questiona-se: teria Carlos Moisés recebido proposta indecente igual? Se foi isso, teria ele levado às autoridades policiais do que se trata e sobre quem mais teria tido contato com a tal proposta?

SALA

Tudo indica que a “tal sala” não se tratava de uma proposta para que que as pessoas conversassem com quem quisessem livres do risco de escuta, mas o contrário. Sugere-se que ali as pessoas ouvissem quem lhes interessasse. E se a polícia “atirou” com tanta certeza sobre a sala só se pode imaginar que algum contrato assinado sobre ela esteja nos autos do processo.

SPA

O prefeito Gean Loureiro revelou que ouviu sobre um tal esquema, pela primeira vez, ao visitar uma sala – Spa – médica, logo após sofrer um acidente. E que ali ele ouviu sobre o “tal financiamento”. Ora, porque este cenário não fi melhor revelado à imprensa como foi escancarada a busca do prefeito em sua casa?

Tudo isso é tão intrigante quanto é a origem das investigações. As primeiras, da Operação Alcatraz, teriam iniciado a partir de denúncias levadas por pessoas do gabinete do ex-deputado estadual Gelson Merísio. As denúncias teriam sido feitas bem antes das eleições e com objetivo da “estourar” em plena campanha eleitoral.

Para contato com o autor desta matéria: contato@jpmesser.com.br