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Destaque do Dia
O Estado de Santa Catarina não está cumprindo o novo pacto de renovação da dívida pública, assinado pelo então governador Raimundo Colombo (PSD), em substituição a pactuação anterior assinada ainda na época do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
No acordo firmado, os estados tem que controlar as despesas primárias que é o custeio com a saúde, educação, segurança e com a folha de pagamento, a qual constantemente tem ultrapassado o limite prudencial, respeitando a lei do limite de gastos aprovada no governo de Michel Temer (MDB). Dessa forma, será possível gerar margem de caixa para pagar a dívida, sendo que os passivos foram novamente parcelados em 20 anos para suavizar o pagamento.
O Governo Federal ainda disponibilizou um período de 18 meses de carência, sendo que durante seis meses o Estado não pagou nada e, nos 12 meses seguintes teve um redutor de parcela, tanto, que começou pagando com 93% de desconto e, chegou a 7% do valor total, condição que encerrou em junho de 2018 já que o valor da parcela normalizou a partir do mês seguinte.
Isso somado, gerou uma economia de mais de R$ 2,2 bilhões conquistados durante a carência, mas, se o acordo for quebrado, os valores deverão ser devolvidos dentro da verba ordinária de pagamentos para a União. Além disso, a parcela da dívida sofreria uma elevação de cerca de R$ 70 milhões ao mês, chegando a R$ 840 milhões anuais, o que inviabilizará o Estado por completo, provocando mais dívidas com os fornecedores, além do não pagamento do salário dos servidores. Sem contar, que Santa Catarina não poderá contrair nenhum financiamento, ou seja, a situação é grave.
Vale destacar que neste caso do teto de gastos, o Estado é visto como um todo, pois são somados os custeios de todos os poderes. Por isso, Santa Catarina extrapolou as suas despesas primárias que deveria se limitar a soma do que foi gasto em 2017, acrescida do IPCA que estava em 3,75%. Para ter uma ideia, o Executivo sozinho quase dobrou o gasto chegando a 6,22%, portanto, a qualquer momento o Governo Federal pode tornar a situação de alguns estados, incluindo Santa Catarina, insustentável caso opte pelo desenquadramento.
IPCA prejudicou
Vale destacar que um fator piorou a situação dos estados endividados que precisavam se enquadrar respeitando a lei do teto de gastos. O IPCA estava acima dos 4%, porém, houve uma queda brusca devido à greve dos caminhoneiros, chegando aos 3,75%. Essa redução impactou diretamente nos Estados, sendo que o teto de gasto ficou menor ainda, gerando graves problemas aos governadores.
Em números
O Executivo tem 95,22% de responsabilidade em um possível desenquadramento, tendo extrapolado o gasto em R$ 455, 374 milhões. Na sequência vem o Ministério Público com 13,04% de participação, com um gasto acima do teto de R$ 62,345 milhões, seguido do Tribunal de Contas do Estado com uma responsabilidade mínima, tendo extrapolado R$ 1,031 milhão, ou seja, ultrapassou por muito pouco, 0,22%. Já a Assembleia Legislativa teve um gasto menor do que foi estabelecido, da ordem de R$ 25,144 milhões, ao lado do Tribunal de Justiça que também se manteve abaixo tendo gastado R$ 15,361 milhões a menos. Um detalhe em relação a Alesc, é que mesmo com a compra de um prédio no centro de Florianópolis ao valor de R$ 83 milhões, esse valor foi considerado como investimento e não despesa primária, por isso, o parlamento não extrapolou o limite.
Alertados
Uma fonte relatou que o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, chegou a ser alertado do desenquadramento do Estado provocado pelo gasto acima do teto. Outra liderança que teria sido alertada de acordo com a mesma fonte, foi o então líder do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa, o deputado coronel Onir Mocellin (PSL). “Ninguém levou a sério essa situação”, relatou a fonte.
Solução
Por orientação de uma fonte procurei algumas pessoas na Assembleia Legislativa, que relataram que mais uma vez o parlamento poderá salvar o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Ouvi que está saindo da presidência da Alesc uma sugestão de emenda constitucional, sugerindo que para fins de cálculo para a despesa primária, que o Estado não conte como gasto os 2% a mais aplicados na Saúde em 2018, que representou cerca de R$ 400 milhões a mais entre folha e custeio. Em suma, a proposta pretende fazer com que o Governo Federal aceite que Santa Catarina, que no ano passado tinha a obrigação de gastar no mínimo 14% na Saúde, enquanto que os demais estados tinham 12% como piso, tenha uma tolerância maior por ter ficado numa situação de desigualdade em relação aos demais entes federados.
Negociação com o Governo
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) participou ontem, de um café da manhã na residência oficial da presidência do Senado, que está a cargo de Davi Alcolumbre (DEM). O encontro que contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e de Rodrigo Maia (DEM) que preside a Câmara Federal, foi para a discussão de medidas que auxiliem os estados que passam por dificuldade financeira. Os governadores entregaram uma carta com seis pontos de reivindicação, entre as quais, que seja discutido um novo pacto federativo, o qual segundo os líderes estaduais teria que tramitar ao mesmo tempo que a Reforma da Previdência. O documento (clique aqui) deve ser estudado pelo ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que se comprometeu em até sete dias, responder as questões apresentadas.
Recuperação fiscal
Um dos pontos da carta está o chamado Plano Mansueto, de recuperação fiscal dos estados. Além disso, os governadores pediram mudanças na Lei Kandir, a reestruturação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a securitização das dívidas dos estados, entre outros pontos. O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) acha interessante o Plano Mansueto, pois ele é uma alternativa para os estados classificados com nota C, segundo as agências de risco. Moisés entende que Santa Catarina está fazendo a sua parte, já tendo baixado a despesa com pessoal de 50% para 47%.
Sem pressão
Os Estados que não estão conseguindo cumprir com o pacto de renegociação das dívidas, precisam se preocupar com uma situação. Não é descartado que em determinado momento em troca de atender as demandas apresentadas, que o Governo Federal use a possibilidade de desenquadramento de quem não cumpre, que é o caso de Santa Catarina, como moeda de troca. Seria uma oferta de manutenção do enquadramento, o que financeiramente poderia ser considerada uma ajuda aos cofres dos Estados. É mais um motivo para que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) aceite a sugestão da Assembleia Legislativa, caso contrário, ele poderá ter o seu governo inviabilizado.
Provita
Após a coluna divulgar a insatisfação da Polícia Civil com a decisão do comandante da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Araújo Gomes, de passar o Programa de Proteção, Auxílio e Assistência a Vítimas de Violência e a Testemunhas Ameaçadas (Provita), apenas para a cargo da PM, ontem eu recebi o contato de Gomes, informando que foi realizada uma reunião do Condel, que é o conselho que faz a gestão do Provita. Segundo ele a Polícia Civil participou, através de um representante que não participava regularmente, mas que foi chamado a ser mais ativo. “A portaria que assinei não mudou a composição do conselho, e assim, reforço que não há esvaziamento da polícia civil. Com base em nossa conversa os laços foram retomados e estamos buscando uma maior participação da Polícia Civil”, relatou o comandante.
Calma, Katumi!

Katumi demonstra nervosismo durante as sessões.
Um presidente de uma Câmara de Vereadores tem a obrigação de manter a serenidade durante uma sessão, já que é o comandante do Legislativo, responsável por pautar os projetos, administrar a Casa e organizar e coordenar os trabalhos, incluindo em plenário. Porém, chama a atenção o comportamento do presidente da Câmara de Florianópolis, Roberto Katumi (PSD), no trato com os demais vereadores. Em várias oportunidades ele perde o controle, se altera e age de forma autoritária. Chegou ao ponto de dizer ao vereador Maikon Costa, que era um superior quando na verdade ele “está” presidente, cargo que deixará de ocupar quando vencer o período regimental. Uma vergonha o comportamento de Katumi, que nesta semana encerrou a sessão após uma discussão com o vereador Pedrão (Progressistas), situação que desagradou quem assistia os trabalhos. Teve quem gritou “Ave de Rapina”, se referindo a operação a qual tornou Katumi um dos réus, tanto, que ele está no mandato por força de uma liminar.
Discussão
Ao discutir o projeto de lei que trata do ganho dos conselheiros tutelares de Florianópolis, o vereador Pedrão (Progressistas), teceu duras críticas ao prefeito Gean Loureiro (MDB). Roberto Katumi (PSD) foi à tribuna e acusou o progressista de estar querendo apresentar uma emenda ao projeto de forma inconstitucional e, afirmou que Pedrão não tem palavra e nem caráter. Katumi chegou a dizer que o vereador não cumpriu um acordo, o qual, segundo ele, teria sido firmado antes da eleição passada, para que Pedrão ajudasse o vereador Marcelinho da Intendência (Progressistas). “Palavra a vossa excelência (Pedrão) deu para mim junto com vereador Marcelo no período eleitoral, que na eleição o vereador Marcelo teria peso dois. O senhor iria acompanhar e iria ajudá-lo. O senhor apertou a minha mão no gabinete e não honrou com a sua palavra”, acusou Katumi, destacando ainda. “Não venha para cá cobrar o compromisso das pessoas, se o senhor não cumpre os vossos compromissos”, encerrou. Pedrão negou qualquer acordo e pediu a transcrição da fala do pessedista.
Vereadores denunciados