O deputado federal Ricardo Guidi (PSD) passou o fim de semana ouvindo seu advogado e outros consultados informalmente a respeito da decisão que fechou a semana passada com a interpretação de que ele está próximo a perder o mandato. Pelo contrário, as opiniões recolhidas sugerem que isso dificilmente acontecerá. O fato de João Rodrigues ir às redes sociais comemorar como se tivesse recuperado o mandato aumentou a tristeza na equipe de Guidi. Por isso ele dedicou-se a telefonar para muitos e explicar que o que Rodrigues conquistou está longe de ser a vaga na Câmara dos Deputados. Foi apenas um liminar sobre a prescrição de um processo que levou o Rodrigues à prisão e consequentemente perder os direitos políticos. Ao reconhecer a prescrição Mendes não dá sentença derradeira, nem pode tocar no caso da elegibilidade. O tribunal em que isso deve ser analisado é o TSE.

POUCO PROVÁVEL

Para se sustentar, a decisão do ministro Gilmar Mendes terá que passar superar decisão colegiada e jurisprudência criada, quer dizer, contradizer tudo aquilo que já foi dito, julgado e escrito no Tribunal Superior Eleitoral. Diríamos para simples interpretação que só a operação de mais alguns destes “milagres jurídicos”, que estamos nos acostumando a ver, precisam ser operados para Rodrigues ganhar a vaga de Guidi.

A DESCONFIANÇA

O que paira no ar em consequência de qualquer decisão judicial é que elas deixaram de ter a lógica do que está escrito e até do que virou jurisprudência. No caso de João Rodrigues é porque a sua condenação foi muito estranha, em tempo e tipo de decisão. Preso após condenação de segundo grau ele virou “par” à decisão que prendeu o ex-presidente Lula. Por isso suspeita-se que aquilo que vem em favor de Rodrigues não seja mera coincidência do que virá em relação ao ex-presidente preso.

INSISTO NA FOTO

Um misto de informação, especulação e desconfiança, nos casos envolvendo o ex-deputado federal João Rodrigues e o atual Ricardo Guidi, me remetem à reunião almoço da qual participaram Jorge Bornhausen, Júlio Garcia, Ricardo Guidi e Napoleão Bernardes. Ali teria sido comentado o que estaria começando a acontecer, a volta de Rodrigues à Câmara dos Deputados.

DEPUTADOS

Os deputados federais e estaduais do Sul têm compromissos hoje com os movimentos liderados pelas associações empresariais do Sul do Estado. Ás 9h da manhã terão encontro na sede da ACIVA em Araranguá e às 14h na sede da ACIC em Criciúma. São encontros para discutir as prioridades. O desafio para os organizadores e fazer reuniões que não fiquem no blá, blá, bla´.

NOVO PSB

Hoje 10h na capital acontece a reunião de arrumação do novo PSB, após o anúncio de saída do ex-deputado Paulinho Bornhausen do comando do partido em Santa Catarina. A direção nacional do partido indicou o prefeito de Palmas (TO), Carlos Amastha, para intermediar a organização do partido em SC. Ele estaria “trazendo” Adir Gentil, que como Amastha tem histórico no estado catarinense.

DESTINO DE MUITOS

Estes ajustes que começam a ser feitos hoje no PSB devem ser o início de uma série de movimentos nos partidos, inclusive os mais tradicionais como o MDB, PP e o PSDB. Saídas e chegadas estão previstas em dois momentos: o primeiro até setembro e o segundo em março do ano que vem. O período combina com a legislação eleitoral.

O PILOTO E TODOS SUMIRAM

Não há mais tempo, nem razão para que as lideranças empresariais e políticas não emparedem o governo no caso do aeroporto regional de Jaguaruna. Os últimos incidentes que culminaram com o fechamento parcial do aeroporto são dignos de reação forte. Não pode mais haver paciência com a incompetência e o descaso e quem deve cobrar são as autoridades. As últimas “barbeiragens” são patrocinadas por uma gestão omissa que causa prejuízos enormes. Se as autoridades do Sul forem omissas estão sendo cumplices. Cadê a bancada parlamentar? Cadê a representação do Sul?

COM DÓRIA Em duas semanas seguidas o governador de São Paulo, João Dória Júnior teve audiências com políticos sulcatarinenses. Na primeira, com o prefeito Clésio Salvaro e na última sexta-feira com o deputado federal Daniel Freitas. No primeiro caso o assunto foi o PSDB, no outro as relações de negócio de empresas de SC com SP.

NO PSL No fim de semana o PSL teve reunião em Araranguá. Reuniu as lideranças do partido na região extremo sul. Fora do PSL o consenso de que se não se fortalecer muito até o final deste ano a sigla tende a desaparecer em pouco tempo.

POR COERÊNCIA Apesar de ter votado pela manutenção do veto a uma proposta de lei destinando R$ 180 milhões aos hospitais, o deputado Jessé Lopes (PSL) foi alvo de elogios entre os colegas. Ele foi coerente com seu discurso. A coerência é a fidelidade são as atitudes mais louvadas entre os políticos.

INCERTEZA Em nível nacional as especulações de que o presidente Jair Bolsonaro pode deixar o PSL a qualquer momento emergem e submergem dependendo dos assuntos circunstanciais. Este sobe e desce, entretanto, tem prazo. E está acabando. Já em Santa Catarina a identificação do governador com o partido é quase nula.

SEMANINHA A última semana não foi nada boa para Criciúma. Entre outros assuntos individuais algumas derrotas coletivas, a maioria do Criciúma. Foi eliminado da Copa do Brasil, foi eliminado do Campeonato Catarinense, perdeu o Big Brother e surgiu a ameaça da perda de uma cadeira na Câmara dos Deputados.