Prisão de Temer quebra o discurso de perseguição política a Lula
Na manhã de hoje Michel Temer (MDB) se tornou o segundo ex-presidente da República, preso pela Operação Lava-Jato. Neste caso, ele foi preso pela versão carioca da operação, devido a uma delação premiada feita pelo dono da Engevix, José Antunes Sobrinho. O ex-ministro Moreira Franco também já está preso. Temer teria recebido R$ 1 milhão de propina da empresa, que teriam sido entregues a Franco.
A decisão do juiz, Marcelo Bretas, mais uma vez reforça a credibilidade da Operação Lava-Jato, quebrando a retórica de quem afirma categoricamente que há um direcionamento ao Partido dos Trabalhadores e, uma perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chega às raias da fantasia. Temer é mais um e, não se surpreenda, Aécio Neves (PSDB) entre outros nomes que já lideraram a política nacional, independentemente de partido, terão o mesmo destino. Vale lembrar que o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) também está preso.
Dessa forma, se quebra o discurso de vitimização, da perseguição política e até mesmo de uma ditadura que só existe para alguns. O Brasil é livre, um Estado Democrático e de Direito, portanto, todos que devem, pagarão as suas contas com a justiça e, Temer não será uma exceção.
Tive a oportunidade de cobrir as votações na Câmara dos Deputados em Brasília, da aceitação, ou não das denúncias que, aliás, são diversas contra Temer. O então presidente em troca de favores, ou do entendimento de alguns parlamentares de que tirá-lo do poder naquele momento prejudicaria mais o país, se manteve até o fim, porém, três meses após acaba preso.
A questão é que Temer tem muitas contas a ajustar com a justiça, começará a responder pelos seus atos e, o melhor, deve levar muita gente com ele. Ainda hoje será levado para o Rio de Janeiro, onde deve ficar preso na Polícia Federal.
A única coisa que eu espero, é não ver movimentos em frente a PF gritando “Temer Livre”. É claro que estou sendo sarcástico, afinal, como não ser após tantos discursos fora da realidade, de quem se apaixona por políticos ao invés de defender o Brasil. E que assim seja com todos, seja qual for a ideologia que defenda, afinal, a corrupção tem se mostrado ambidestra .
Sensível, o mercado financeiro já sentiu os efeitos da prisão do ex-presidente. Por volta das 11h47, o Ibovespa caiu 1,25%, chegando a ser cotado em 96 mil pontos. Já o Dólar começa a subir e há uma preocupação com uma possível disparada, chegando a um aumento de 1,054%, sendo cotado a R$ 3,81. O ex-ministro Eliseu Padilha também está sendo procurado.
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