A reforma administrativa na Prefeitura de Blumenau, a queda de braços com os vereadores, os argumentos do deputado Ivan Naatz e Câmara discute Feminicídio
A segunda parte da reforma administrativa na Prefeitura de Blumenau
Depois de anunciar, nos primeiros dias março, o começo do processo de extinção da Companhia Urbanizadora de Blumenau, com a demissão de cerca de 600 trabalhadores celetistas e 75 cargos comissionados, o prefeito Mário Hildebrandt (sem partido) está nas últimas análises para anunciar a segunda etapa da prometida reforma administrativa.
Deve fazer isso nos próximos dez dias.
O modelo e o tamanho da reforma já mudaram bastante. Antes se falava em extinção/fusão de estruturas – chegou-se a comentar entre 8 e 9 -, e agora, se for três, será muito.
Pelo que pesquei, a reforma envereda agora para um outro perfil, que é de racionalização dos serviços ao contrário da extinção de mais cargos comissionados.
É bem provável que Seterb, Fundação Cultural, de Desportos, do Meio Ambiente e do Bem Estar passem a pertencer a administração direta, deixando de ter autonomia própria. Com isso, a Prefeitura espera centralizar alguns serviços, como os jurídicos, otimizando processos.
O Samae não deve entrar neste pacote, confesso que não sei o motivo.
Entre as secretarias a serem extintas, está com certeza a de Habitação e Regularização Fundiária, que parte deve ir para a Secretaria de Desenvolvimento Social e outra para a Desenvolvimento Urbano, antigo Planejamento. A secretaria de Turismo deverá ser incorporada pelo Parque Vila Germânica – ou vice e versa – e Desenvolvimento Econômico deve ir para outro lugar.
Câmara em pé de guerra com Governo Mário Hildebrandt
Estão para lá de conturbadas as relações entre boa parte dos vereadores e a administração Mário Hildebrandt e a reforma administrativa só coloca combustível na fogueira. Afinal acaba com cargos comissionados, que, infelizmente, funcionam muitas vezes como moeda de troca para apoio de projetos de interesse do Executivo.
Somente nesta segunda-feira, em uma sessão ordinária atrasada, dois projetos da Prefeitura foram rejeitados pelos vereadores.
Só na URB, empresa de Companha Mista que tem o Município como principal acionista, são 75 cargos comissionados. Somente um vereador, Almir Vieira, do PP, tinha 15 indicações que foram exoneradas recentemente, quando da queda de braço entre o parlamentar e o prefeito.
Deputado Ivan Naatz nega irregularidade na contratação de servidora
Ivan Naatz (PV) nega qualquer possibilidade que tenha feito nepotismo cruzado, notícia dada pelo colunista Upyara Boschi na edição deste final de semana no Diário Catarinense. Segundo o jornalista, o filho do deputado foi contratado no gabinete do vereador de Itajaí, Eduardo Gomes (PRP), enquanto a esposa do vereador foi trabalhar no gabinete do deputado.
Naatz confirma que o filho trabalha na Câmara de Itajaí desde janeiro e que a esposa do vereador trabalhou no seu gabinete. “Mas foram apenas nove dias úteis, quando vi o buchicho achei melhorar exonerar. Não tem nada errado, eu mesmo fui conversar com o promotor público para clarear a situação”, disse.
O MP instaurou um inquérito para apurar se houve ou não irregularidade.
Câmara de Vereadores de Blumenau debate violência contra a mulher
A audiência foi proposta pelo experiente vereador Jens Mantau (PSDB) e aprovada por todos os parlamentares. Acontece nesta terça-feira, 19h, na Câmara Municipal de Blumenau.
“Estamos convidando toda a comunidade para debater esse assunto e construirmos um grande trabalho de prevenção com o apoio do Executivo municipal. Teremos testemunhos de pessoas que conviveram com esse tipo de violência e vamos buscar fazer encaminhamentos a fim de que essas vítimas tenham o amparo jurídico necessário e que as ações preventivas possam coibir esse mal que assola muitas famílias blumenauenses”, assinala o vereador.
Jens Mantau é o autor da lei que institui em Blumenau o mês de março como de conscientização e prevenção da violência contra mulher, além de ser o responsável pela criação da Frente Parlamentar em defesa de políticas públicas para as mulheres e pelo enfrentamento da violência doméstica.
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