Antes de tirar uns poucos dias de descanso, quase que diariamente publiquei informações sobre a crise interna enfrentada pelo PSL catarinense. De um lado, a ala governista que prega que as nomeações sejam técnicas, mas, tem a ala ideológica que é contra a participação de pessoas de outros partidos no governo, por entender que os espaços devem ser ocupados exclusivamente por pesselistas que trabalharam nas campanhas do governador, Carlos Moisés da Silva, e do presidente Jair Bolsonaro.

Um dos principais alvos das críticas tem sido o presidente estadual do partido, Lucas Esmeraldino, logo ele que fundou o partido em Santa Catarina e que teve a sorte de estar no lugar certo e na hora certa, para levar através da “Onda Bolsonaro” o PSL a governar o Estado através de um outsider, que é o comandante Moisés.

Esmeraldino tem sido acusado de personalizar o partido, concentrando o comando em lideranças ligadas a ele, excluindo o diálogo com as bases e com os deputados eleitos para se manter no poder. O próprio Lucas defende a sua permanência devido aos resultados alcançados até o momento, além de seu projeto de eleger o maior número de prefeitos na próxima eleição municipal.

Uma reunião foi agendada para quarta-feira, possivelmente a tarde, que terá a presença do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. A expectativa dos deputados federais eleitos, é que parta da executiva comandada por Bivar, a formação de cima para baixo da nova executiva provisória, porém, lideranças com quem conversei durante o final de semana, relataram que a tendência é que Bivar acalme os ânimos, mas, mantendo Esmeraldino no comando do partido.

Ainda ontem à noite, a assessoria de Lucas enviou uma nota onde defende a união neste momento de transição e, pede que não haja mais divisão dentro do partido. O que me chamou a atenção, é que ele defende que o PSL renuncie ao Fundo Partidário, que deverá render ao partido, pelo menos, R$ 80 milhões anuais.

Agora, cabe aos filiados e demais lideranças do PSL, descobrir qual o verdadeiro interesse de algumas lideranças em comandar o partido que prega a nova política, mas, que internamente está muito próximo dos partidos que fazem o que chamam de “velha política”.

Prioridades

Uma informação que correu no final de semana, é que o acesso ao aeroporto de Florianópolis é uma das prioridades do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e de sua vice, Daniela Reinehr (PSL). Primeiro é preciso entender que a capital também é a porta de entrada do Estado, sendo fundamental a conclusão do acesso ao novo terminal. Por outro lado, o aeroporto Serafin Enoss Bertaso de Chapecó, um dos terminais que apresentam os melhores resultados em movimentação e ocupação de voos, segue sem a tão esperada reforma e ampliação devido a morosidade dos governos do Estado e Federal. Por isso, não faltaram críticas a Daniela que é do Oeste. Conforme escrevi anteriormente, o grande temor é que a oestina se torne apenas uma “vice figurativa”, a que aparece nas fotos e nada mais.

Intensivo

A vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL), é uma pessoa bem intencionada. Lembro de seus primeiros passos no ativismo político e, creio que eu tenha sido um dos primeiros a dar espaço a ela e demais mulheres que deixaram as suas famílias um pouco de lado, para lutar por um país melhor. Por outro lado, Daniela ainda não tem o preparo que o cargo de vice exige, em suma, ela tem muito a aprender. Por isso que critiquei o seu passeio em Israel em plena transição, quando deveria ter ficado aqui para aprender como funciona o Estado. Também chamou a atenção de todos, a constrangedora presença dela na primeira coletiva concedida por Moisés, quando Daniela deixava transparecer um certo tédio, sem contar o constrangimento causado ao olhar o celular durante algumas vezes, enquanto o governador falava.

Udo nega doença

Por vários dias em Joinville a informação de que o prefeito, Udo Döhler (MDB), estaria com um quadro avançado de Alzheimer, mexeu com a política local. A conversa levou o prefeito a conceder uma entrevista à Rádio Globo local, para negar que esteja doente. Döhler garante que fica à frente do mandato até o final.

Bastidores da queda   

O ex-candidato a governador pela Rede Sustentabilidade, Rogério Portanova, publicou uma manifestação a respeito da nomeação de uma filiada do partido, a tenente coronel da Polícia Militar, Edenice Fraga, como a coordenadora da Igualdade Racial do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Lembro que a coluna já havia adiantado que Edenice era o próximo alvo da militância pesselista, logo após a desistência de Tiago Savi de presidir a Santur, devido ao seu apoio a Fernando Haddad (PT) na eleição. Tudo começou com a manifestação de filiados e suplentes do PSL, ao mesmo tempo, a publicação de Portanova que mesmo destacando a importância de Edenice, afirmou que o seu partido não tem afinidade com o novo governo ao qual, a Rede será oposição e, sugeriu à militar que se licenciasse ou até mesmo pedisse a desfiliação do partido, ameaçando até mesmo de abrir uma comissão de ética para definir a questão.

Resposta

A tenente coronel da PM, Edenice Fraga, disputou a eleição a deputada estadual pela Rede Sustentabilidade. Via WhatsApp ela gravou uma mensagem aos filiados, afirmando que iria pedir a desfiliação do partido por não concordar com as afirmações de Rogério Portanova. “Deixo claro que os meus princípios não foram mudados. Assim como eu entrei no partido Rede, diante da fala a qual eu não gostei, eu vou tomar os procedimentos para me desfiliar da Rede. Não que eu seja a favor ou contra qualquer governo que está aí. Mas, sim, o meu trabalho, a minha competência e o meu caráter não pode ser colocado em xeque”, afirmou Edenice. Cinco dias após, ela foi comunicada que estava exonerada da Coordenação da Igualdade Racial.

Salvou o país

Acuada durante a primeira greve dos caminhoneiros, a então presidente da República, Dilma Rousseff (PT), consultou o hoje falecido senador, Luiz Henrique da Silveira, a respeito da greve dos caminhoneiros no Chile na década de 70, que culminou com a derrubada de Salvador Allende do poder, por Augusto Pinochet que instalou um governo militar, numa das ditaduras mais sangrentas de nosso continente. Segundo relatos de uma fonte que trabalhava no Palácio do Planalto, após o relato do então senador catarinense, em conversa com assessores próximos Dilma foi aconselhada a recorrer ao Estado de Sítio. A decisão caso aprovada, suspenderia o Congresso Nacional e o judiciário, mas, ao saber da possibilidade, o general Eduardo Villas Boas foi taxativo que tal decisão teria as suas consequências contra Dilma, num importante alerta que desencorajou a então presidente.

Estado de Sítio

Para quem não conhece, esse é um instrumento burocrático e político sobre o qual o chefe de Estado, no caso, o presidente da República, após a análise do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, leva a proposta ao Congresso Nacional e, tendo a maioria, há aprovação. Como Dilma já estava perdendo força política, um possível rechaço do Congresso a proposta se somou ao alerta do general.

Rir para não chorar

A cegueira ideológica, seja da esquerda ou da extrema-direita, são o claro sinal da falta de bom senso, de quem somente pensa em suas convicções e em seus “companheiros”. A ida da presidente nacional do PT, a deputada federal eleita, Gleisi Hoffmann, à Venezuela onde acompanhou a posse do ditador, Nicolai Maduro, foi a prova cabal de que essa senhora está pouco ligando para a democracia e o bem estar daquele povo que está sendo morto aos poucos por um governo genocida. Acreditem, Gleisi apoia Maduro e teve a cara de pau de afirmar que a situação do país não é tão ruim. Depois dessa, eu fico com a resposta de um internauta dada a Gleisi, após ela reclamar das críticas ao seu passeio na Disneylândia da ditadura, através de sua conta no Twitter. Como resposta, o internauta, Marcelo Machado, respondeu: “Quem reclamou a sua ida foi a própria esquerda. Nós estamos reclamando a sua volta, totalmente desnecessária”, escreveu o perspicaz, Machado. Só para os amigos terem uma ideia, por causa da ditadura, mais de 60% dos venezuelanos emagrecem em média, 11 quilos por ano. E tem quem defenda.

Tirar do poder

Só há uma solução, caso Nicolai Maduro não desista de sua ditadura na Venezuela. Um ataque horizontal de San Carlos de Rio Negro a Caracas. Tem quem se preocupará com as vidas inocentes, ótimo. Essas vidas estão sendo perdidas diariamente por causa da ditadura de Maduro.

Agradecimento

Aproveito para agradecer o carinho de todos que acompanham o meu trabalho. Recebi tantas mensagens, que me senti na obrigação de enviar uma gravação explicando que estava descansando um pouco. Receber tantos contatos, mostra o quanto o SC em Pauta está prestigiado. Agradeço a todos vocês, verdadeira razão do meu trabalho. Abraço!!

 

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