No apagar das luzes em pleno dia 31 à tarde, o então governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), publicou um decreto revogando o artigo 11 do anexo 2, relativo as isenções fiscais para produtos da cesta básica. Arroz, feijão, espaguete, sardinha, farinha de trigo, pão, feijão entre outros produtos, deixarão de ser tributados em 7%, e passarão para uma tributação de 12%.
Se no ano passado, a classe mais alta foi atingida com o aumento da alíquota para produtos como o salmão, filé mignon, vinho e azeite de oliva, a partir de abril será a vez do assalariado que sentirá o efeito diretamente no seu poder de consumo.
Se por um lado, o Governo do Estado busca se adequar à lei aprovada pela Assembleia Legislativa, que determina uma redução na renúncia fiscal de 25% para 16%, por outro, castiga o consumidor, pois, é claro que a cadeia produtiva não conseguirá absorver o impacto do aumento no ICMS e repassará ao consumidor final.
A pergunta que fica, é será possível estudar outros itens a serem tributados com os 17% normal, ao invés de atingir diretamente o que vai à mesa do catarinense, sobretudo do que menos ganha? Uma vez aumentando os produtos mais caros, é claro que as classes média e alta sentirão, mas, quando se trata dos assalariados o impacto é muito maior, sobretudo, pelo fato do salário mínimo não acompanhar o aumento previsto para os produtos de primeira necessidade. Em suma, não deixa de ser um aumento de imposto para quem ganha menos.
Outro setor afetado será o produtivo, já que todas as entradas de insumos agropecuários, que depois terão saídas isentas a exemplo do milho, soja, farelo entre outros, não poderão ser aproveitadas em crédito de ICMS, tendo que ser estornado a partir de primeiro de abril. A situação está nas mãos do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e do secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli.
Situação difícil
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL), pode ficar em uma situação difícil nos próximos meses. Acontece que os policiais há tempos não recebem a reposição salarial, ou seja, de fato estão com os vencimentos defasados. O fato é que outras categorias também estão, a exemplo dos professores, portanto, se Moisés sinalizar para um atendimento a reivindicação dos policiais, poderá ter os professores batendo a sua porta para pedir o mesmo tratamento. O problema são as finanças do Estado, que não comportam aumentos salariais. E agora?
Bornhausen se manifesta
“Boa tarde Marcelo, recebi agora sua coluna. Estou fora do Brasil no mês de janeiro. Sobre o conteúdo, o que tenho a te dizer é que existem insatisfações no nosso grupo com a postura do comando Nacional desde o episódio do Buligon, passando pelo apoio ao PT no segundo turno das eleições nacionais. Essas insatisfações tem sido explicitadas pelos companheiros prefeitos de Blumenau e Balneário Camboriú. Estamos sendo procurados por algumas agremiações que tem nos oferecido espaço. Entretanto, a opção mais consistente no momento é permanecer no atual partido. Durante o mês de fevereiro teremos conversa com o Diretório Nacional para tentar ajustar uma convivência. No mais, tudo é especulação. Forte abraço – Paulinho Bornhausen
Lideranças confirmam
Enquanto que o presidente estadual do PSB, Paulinho Bornhausen, nega qualquer acordo com o Podemos, por outro lado, lideranças ligadas a ele no litoral, confirmam a aproximação com o partido do senador, Álvaro Dias. O fato é que a diferença ideológica com o PSB é muito grande, não só para lideranças como o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrand, como de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira. O próprio Bornhausen não combina com o Socialismo do PSB que tem buscado cada vez mais, se alinhar com as suas origens que é de esquerda. Lembro que antes de expulsar o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, lideranças nacionais do PSB haviam prometido a ele, que aqui no Sul os partidários seriam liberados para um alinhamento mais de centro a direita. O que aconteceu? Quando Buligon anunciou apoio ao então presidenciável, Jair Bolsonaro (PSL), foi sumariamente expulso do partido.
CPI da ponte
Vem causando estranheza no meio político a relutância de deputados estaduais, inclusive, alguns da “nova geração” em assinar o pedido de instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado eleito, Bruno Souza (PSB). Ele quer esclarecer à sociedade como a Ponte Hercílio Luz em Florianópolis, uma obra que na década de 1920 levou quatro anos para ser erguida e aberta ao tráfego, encontra-se nos últimos 30 anos em reforma, já tendo consumido a estratosférica cifra de quase R$ 1 bilhão em recursos públicos. Afinal, os contribuintes catarinenses merecem ou não uma explicação?
Jorginho se prepara
Tem quem garante que o senador eleito, Jorginho Mello (PR), que ainda não assumiu o mandato, já pensa na próxima eleição ao Governo do Estado. Com a musculatura que o Senado dá, Mello terá quatro anos para construir.
Maldaner quer

Maldaner quer a presidência.
O deputado federal reeleito, Celso Maldaner, vai reivindicar a presidência estadual do MDB. O parlamentar argumentará que está na hora do partido ser presidido por uma liderança do Oeste. Com mais um mandato de deputado, Maldaner demonstra ter força para disputar o comando do partido. A questão é aglutinar. Vale lembrar que o ex-governador, Eduardo Pinho Moreira, o senador Dário Berger e o deputado federal eleito, Carlos Chiodini, também desejam liderar o partido.
Colombo é homenageado
A convite do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), participou da inauguração do Parque dos Imigrantes, no fim da tarde de ontem. Colombo foi homenageado por ter liberado recursos para a construção do parque. Ao circular pela área, o ex-governador atendeu aos pedidos para fotos e foi cumprimentado. Na foto, Colombo com o prefeito Salvaro e o vice-prefeito Ricardo Fabris (PSD).
Crise no PSL
Por mais que as lideranças do PSL tentem ignorar os movimentos dentro do partido, o fato é que os pesselistas que trabalharam na eleição estão causando uma verdadeira ebulição. Recebi uma carta de uma filiada, a qual poderá ser lida em anexo. O fato é que os pesselistas ideológicos não estão falando a mesma língua dos governistas há algum tempo. Reclamam de falta de espaço para quem ajudou na campanha, criticam as nomeações de nomes ligados a outros partidos, em suma, os filiados e suplentes querem fazer parte do governo a todo custo. A conferir como ficará essa relação.
Clique para ter acesso : CARTA DE UMA SIMPLES ELEITORA BOLSONARIANA
Desistência
Apoiador de Fernando Haddad (PT) na eleição à Presidência da República, o professor, Tiago Savi, havia aceitado o convite para presidir a Santur. Porém, a sua nomeação desagradou a ala ideológica do PSL, que começou uma forte pressão pela saída de Savi. Vendo a insatisfação, o professor resolveu desistir do cargo e postou em sua página em uma rede social, os motivos da desistência. Acompanhe:
“À Sociedade Catarinense,
Utilizo deste canal de comunicação para manifestar minha posição de DECLINAR do cargo de presidente da SANTUR.
As razões que sustentaram a minha decisão passo a expor, para que não haja novamente desvirtuamento de informações. Fato é que durante o período eleitoral, manifestei-me politicamente no tocante ao pleito eleitoral à presidência da República, o que ocorreu de maneira superficial e não invasiva. Embora superficial, pelas manifestações em redes sociais e a turbulência que passei a estar inserido, pude concluir que um post de Facebook foi mais importante que mais de 15 anos de estudos, trabalhos técnicos, reconhecimento e relacionamento com o mercado.
Penso que o processo político é antes de qualquer coisa o do diálogo, de reflexões e de manifestações. Ao longo de toda minha carreira primei pela técnica, pela entrega de resultados satisfatórios aos meus clientes e alunos, e, sobretudo à própria sociedade por buscar sempre uma gestão de turismo mais profissional, qualificada e técnica.
Tenho valores muito sólidos de ética, transparência e bem comum. Quando se iniciou o processo de entrevistas para escolha ao cargo que fui anunciado, deixei bem claro que era uma pessoa 100% técnica, independentemente de corrente política, até porque não sou partidário, não sou politiqueiro, estava ali para entregar resultados que fizessem o Estado se desenvolver. Inclusive manifestei minha satisfação plena em saber que os cargos estavam sendo escolhidos de maneira técnica.
Vale ressaltar que durante o pleito eleitoral deixei claro a minha posição de voto no Governador Moisés. Sim, é possível votar em pessoas de partidos diferentes. O candidato e Governador Moisés se mostrou sempre muito transparente, ético e preocupado com resultados (valores muito parecidos com os meus).
Mantenho firmes esses valores e NÃO cederei!
O processo de politicagem não pode ultrapassar o processo técnico. Desejo, do fundo do meu coração, que o Governador Moisés possa fazer uma excelente gestão. Ficarei do lado de fora, torcendo para que tenhamos estado cada vez melhor; afinal, temos muitas oportunidades de melhorias, em especial, no Turismo Catarinense, que carece de inovação, qualificação e gestão técnica.
Aos que elevam a politicagem como a base de tudo, que revejam seus conceitos, o Brasil e Santa Catarina só irão mudar quando entendermos que existem pessoas competentes e excelentes que pensam diferentemente sobre política, visão de mundo e outras coisas.