Pessebistas devem migrar para o Podemos, Araújo defende estratégia da PM, as primeiras exonerações de Moisés entre outros destaques
Quando lembro dos inúmeros embates em Santa Catarina entre agricultores e a Funai, penso que uma das primeiras medidas do governo de Jair Bolsonaro (PSL), deverá pacificar a questão das demarcações feitas de forma irresponsável nos últimos anos.
Ao deslocar para o Ministério da Agricultura a questão das demarcações, o governo usa a pasta correta, pois, se indígenas e quilombolas querem áreas de terra, então eles querem produzir e nada melhor do que o setor da agricultura para definir a questão de forma técnica.
O antropólogo Darcy Ribeiro, definiu os indígenas como brasileiros que não se adaptam à sociedade, devido a diferença de costumes e hábitos ligados a uma tradição pré-colombiana. Vale destacar, que esse termo pré-colombiano, é utilizado para se referir as civilizações indígenas do continente americano, basicamente, anteriores a expedição de Cristóvão Colombo. Agora, a pergunta que fica, é será que a maioria dos indígenas preservam totalmente a sua cultura? A resposta, é não.
No Brasil há uma ideia errada de preservação dos povos indígenas. Uma coisa é a questão cultural, de hábitos, que deve ser mantida e respeitada assim como qualquer pessoa que preserve a sua etnia. Porém, o que vemos hoje são políticas públicas falhas, que tornaram os índios incapazes de suprir a sua sobrevivência, os tornando recebedores de programas sociais, sendo alojados em locais com os quais já perderam a sua identidade, mas que são mantidos muitas vezes em condições precárias devido a decisões muito mais ideológicas do que técnicas de parte da Funai.
Se a Fundação Nacional do Índio cumprisse com o seu papel, teríamos os indígenas vivendo com dignidade e, não os veríamos transitando nas ruas, explorando as suas crianças nos sinais, que ficam ali, indefesas, sob o risco de sofrerem todos os tipos de violência. Enquanto tiver uma criança indígena nas ruas, a Funai não está cumprindo com o seu papel.
Mendicância não é cultura e a Funai falha ao não conseguir fazer com que essas pessoas vivam e produzam em suas terras já demarcadas, ou, peca pela falta da promoção de uma integração com a sociedade, em que os índios já convivem sem maiores problemas e que poderiam tranquilamente viverem as suas vidas. O que teria de errado em termos mais indígenas fora das aldeias, trabalhando, estudando e se desenvolvendo?
Se pararmos para comparar, a maior parte da população do Chile, Equador, Peru entre outros, é formada por indígenas. São sociedades prósperas, que fizeram de seu povo promotores do desenvolvimento. Isso pode e deve acontecer aqui no Brasil também.
Deixar de demarcar terras indígenas, não é acabar com esses povos, pelo contrário, é um incentivo para o seu desenvolvimento. Sem contar que terras produtivas é para a exploração de nossa principal matriz econômica, que é o agronegócio. Sim, precisamos de desenvolvimento, através de investimentos em infraestrutura e na produção de alimentos, afinal, temos um mundo ávido pelos nossos produtos e nada pode nos atrapalhar.
Tem força
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), deve ir a Israel ainda no primeiro semestre deste ano. Ele é esperado de braços abertos pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu (Likud), que aguarda do brasileiro o anúncio da data que será transferida a Embaixada do Brasil, de Tel Aviv para Jerusalém Ocidental. A situação tem preocupado o setor do agronegócio, sobretudo aqui em Santa Catarina. Uma das esperanças é a força da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que na entrevista ao SC em Pauta, chegou a demonstrar uma preocupação em manter uma boa relação com o mercado muçulmano, importante comprador de carnes do Brasil. Em Brasília, se diz que Tereza é uma das ministras mais ouvidas por Bolsonaro. Quem sabe ela consiga mostrar os riscos que a mudança de embaixada, que de nada acrescentará para o nosso país, pode gerar ao nosso setor produtivo.
Segurança
Que o setor de segurança pública do Estado deu um salto importante, isso é inquestionável, porém, ainda tem muito para ser feito. Um exemplo é o fato de Chapecó ter perdido mais de 60 policiais para a Operação Veraneio, o que provocou, inclusive, a falta de policiais deixando o posto avançado do Distrito de Marechal Bormann, estratégico por ser uma das entradas do estado, sem policial. Vale lembrar que foi contratada uma empresa de segurança particular para proteger o posto avançado da PM. Conversei ontem com o coronel, Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar, que defendeu a estratégia que está sendo adotada, de não fechar as ações policiais nos municípios, mas, usar toda a tropa em operações em todo o estado, o que segundo ele, tem dado muito mais resultado. O comandante contesta a ideia de que a polícia pertença a um município, pois, segundo Gomes, a polícia pertence ao Estado. “Os números dizem que a criminalidade diminuiu, devido a estratégia que temos adotado”, afirmou.
Solução
“Se colocar a guarnição no Bormann, reduz a sensação de insegurança?”, questionou o coronel, Araújo Gomes. Ao respondê-lo que sim, o comandante disse: “Então tá resolvido. Estou determinando ao comandante que coloquem policiais lá. Está resolvido. Depois de quatro dias, veremos os resultados”, disse o comandante da Polícia Militar. A questão é que todo o Estado sofre devido à falta de policiais. Se conversar com as lideranças de Joinville, Criciúma, Blumenau entre outras cidades, seja de pequeno, médio ou grande porte, a preocupação é grande devido à redução de policiais nas ruas. Há anos Santa Catarina padece devido ao maior número de policiais que vão para a reserva e acaba não havendo a devida reposição. Se por um lado, se entende a estratégia adotada por Araújo Gomes, que trabalhando com o que tem, criou uma mobilidade para que todas as regiões sintam a mão da segurança, mas, há de se convir que o cidadão quer ter, e tem o direito devido aos impostos que paga, de ter os policiais nas ruas para a sua maior segurança.
Exonerações
Apesar de anunciar que 922 servidores serão dispensados, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), começou pela exoneração de 537. A confirmação consta no Diário Oficial do Estado. O que chama a atenção, é que há uma informação de que secretários e lideranças ligadas ao governo deverão indicar alguns nomes para os cargos que estão sendo vagos.
Policiais com Moisés
O presidente da Associação de Oficiais Militares de Santa Catarina (ACORS), Coronel, Sérgio Luís Sell e o novo presidente da Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc), o Subtenente, João Carlos Pawlick, tiveram o primeiro encontro oficial, ontem, com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Durante a conversa, Moisés que é oficial da reserva dos Bombeiros, reforçou que o esforço com a austeridade é justamente para que o Estado possa investir mais em áreas essenciais, como a segurança pública e, se comprometeu em manter um diálogo frequente com as forças de segurança de Santa Catarina. Também participou da conversa o presidente da Associação Barriga Verde de Oficiais, coronel José Wolny de Souza e o coronel Flávio Graff. Pawlick aproveitou para protocolar na Casa Militar uma série de pleitos, como a reposição dos salários dos praças, defasado há quatro anos.
Pessebistas no Podemos
Há muito tempo que o fato do PSB levar a palavra Socialista no nome e, em boa parte do Brasil, sobretudo no Norte e Nordeste ser um partido de esquerda, tem gerado um grande constrangimento às lideranças catarinenses. Ao contrário do posicionamento original do partido na esfera nacional, em Santa Catarina as lideranças do PSB, a começar pelo seu presidente estadual, Paulinho Bornhausen, são nitidamente alinhados com a centro direita. Essa situação e a busca de um projeto partidário que entre com mais força no cenário político do estado, fará com que lideranças pessebistas migrem para o Podemos, do senador Álvaro Dias. Segundo uma fonte, está 90% acertado, restando alguns detalhes para a debandada em massa. Conversei rapidamente com o presidente do PSB de Chapecó, Luiz Peruzzolo. Ele disse que Bornhausen é o seu líder político, portanto, para onde ele for lá estará Peruzzolo e demais lideranças estaduais. Liguei para Bornhausen, mas, o telefone passou o dia desligado.
Questão nacional
Uma liderança pessebista me disse na capital, que todos que migrarão para o Podemos, tem a esperança no crescimento nacional do partido. A fonte relatou que existem algumas conversas entre lideranças nacionais e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Eles entendem que o PSDB está enfraquecido a exemplo do PT e, que se Dória tem a pretensão de disputar a Presidência da República, que o Podemos seria o partido ideal. João Dória não é o primeiro governador paulista filiado ao PSDB, na mira de outro partido para a disputa nacional. Anteriormente, o PSB chegou a conversar com Geraldo Alckmin que preferiu ficar no ninho Tucano. Quanto ao novo governador paulista, ele ainda tem quatro anos para pensar na possibilidade.
Novo alinhamento
Voltando a Santa Catarina, o PSB após a saída de um bom número de suas lideranças, deverá se direcionar para a esquerda. Novas lideranças devem migrar para o partido, se juntando as que ficarem. Será um novo partido para se alinhar a legendas como o PT, PCdoB, PSOL, REDE entre outros.
Novas nomeações
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL), anunciou ontem à tarde, mais três nomes que passam a integrar o Governo. Rui Godinho conforme eu já havia anunciado, vai assumir a Federação Catarinense de Esporte (Fesporte); Ana Lúcia Coutinho, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC); e Tiago Savi, a Santa Catarina Turismo S/A (Santur). Moisés reforçou que as três áreas serão importantes fontes de recursos para o Estado e tratadas sob o mesmo olhar técnico da atual gestão.
Borba recebe De Toni
O secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, recebeu a deputada federal eleita, Caroline De Toni (PSL), ontem à tarde em seu gabinete no Centro Administrativo, em Florianópolis. Borba falou da importância de ter representantes de diferentes regiões do Estado na Capital Federal. Também afirmou que a parlamentar poderá contar com o apoio do Governo Estadual e que espera sintonia com os deputados em Brasília, para que se possa fazer o processo de mudança que Santa Catarina precisa e merece.
Polícia Civil
O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich, deu posse na tarde de ontem, à delegada geral adjunta, à corregedora geral e seis diretores da instituição em cerimônia realizada no Centro Administrativo da Segurança Pública, em Florianópolis. Prestigiaram o evento o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Turismo, Lucas Esmeraldino, membros do Colegiado de Segurança Pública e Perícia Oficial, coronel Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar, coronel João Valério Borges, comandante do Corpo de Bombeiros, Giovani Eduardo Adriano, diretor-geral do Instituto Geral de Perícias, coronel Flávio Graff, diretor-geral da Secretaria de Segurança Pública, delegados e agentes de polícia, além de familiares dos empossados. Integram a nova gestão da Polícia Civil e assinaram o termo de posse os seguintes delegados:
Ester Fernanda Coelho – como delegada-geral adjunta
Edilsemar Salete Busanello – como corregedora-geral
Eliane Márcia Chaves – diretora da DPGF (Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis)
Alfredo José Ballstaedt – diretor da Acadepol (Academia de Polícia)
Luis Ângelo Moreira – diretor da DPOL (Diretoria de Polícia do Litoral)
Fabiano Rizatti Toniazzo – diretor da DPOI (Diretoria de Polícia do Interior)
Luís Felipe Del Solar Fuentes – diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais)
Carlos Augusto Morbini – diretor da Difron (Diretoria de Polícia de Fronteiras).
O novo diretor da DIPC (Diretoria de Inteligência da Polícia Civil) será o delegado Alfeu Orben.
Libras
Ontem eu recebi a ligação do senador eleito, Esperidião Amin (Progressistas), que lembrou de uma passagem do falecido ex-prefeito de Chapecó, Milton Sander. Amin fez questão de recordar que Sander, quando foi deputado estadual apresentou o projeto de lei em maio de 1999, que reconhecia oficialmente a LIBRAS em Santa Catarina como meio de comunicação objetiva e de uso corrente à Língua Brasileira de Sinais, inclusive, com a implantação da LIBRAS como língua oficial na rede pública de ensino de surdos. Mas a proposta foi rejeitada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina que considerou a Lei inconstitucional. Em 2001, o então governador Amin, reapresentou o projeto atribuindo o mérito a Milton Sander, que foi aprovado passando a vigorar.
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