O governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), recebeu ontem as primeiras bancadas da Assembleia Legislativa. Acompanhado de sua futura vice, Daniela Reinehr (PSL), e do futuro secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, Moisés ouviu os deputados, apresentou alguns itens que estarão na reforma e, deixou claro que mesmo que haja resistência, que o novo governo brigará para aprovar as propostas que acredita serem necessárias para a redução do gasto público.
Moisés surpreendeu alguns parlamentares, ao abrir que a equipe de transição já teve acesso a informações que poderão mexer com algumas obras, devido ao que teria chamado segundo uma fonte, de supostas relações nada republicanas do Estado com algumas empresas. Também relatou que um de seus principais focos, serão os contratos para a reforma da ponte Hercílio Luz, obra que nunca é concluída. “Eles passarão um verdadeiro pente-fino. Querem deixar as claras o que está acontecendo em relação a ponte, quanto está sendo gasto e quais as empresas envolvidas”, relatou uma fonte.
Uma liderança chegou a relatar que Moisés tem em mãos, informações de má gestão com o dinheiro público, desperdícios e até mesmo de obras com o custo fora do normal. Enquanto fazia o relato, ele pediu o apoio de todos para as mudanças que pretende implementar. Sabe que as brigas e pressões serão grande, mas, que foi eleito para enfrentar.
O governador eleito também falou de cortes, repetindo o mantra de que pretende reduzir a máquina, para ter como pagar as dívidas acumuladas que hoje chegam aos R$ 4 bilhões. Para isso, anunciou aos parlamentares que fará um corte profundo nas verbas à imprensa, além de reduzir ao máximo o número de cargos comissionados e terceirizados.
Quando a conversa foi com o MDB, Moisés fez um chamado para que os deputados do partido o ajudem, o que foi entendido por alguns emedebistas como um convite para estar na base governista, mas, o novo governo não confirma. Outro partido que está fechado com o PSL, é o Partido da República, por orientação do senador eleito, Jorginho Mello. Já quanto a relação com a oposição, a exemplo do PT, a conversa foi amena, tanto, que os dois lados deixaram claro que não serão adversários. “O PT não quer ser oposição. Eles não estarão na base, mas, apoiarão nas pautas de interesse da sociedade”, relatou a fonte.
Por fim, a palavra de ordem do novo governo será o diálogo. Se não tem sido assim com a imprensa, de parte do governador eleito, pelo menos com os parlamentares o trato deverá ser diferente. Porém, Moisés deve se manter mais dentro de sua característica, com pouca conversa, tanto, que delegou ao futuro líder do governo na Alesc, coronel Onir Mocellin (PSL), e ao futuro secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, o papel de dialogar e ouvir as bancadas. Hoje seguem as conversas com as demais bancadas, com destaque para o PSD que deve ter em Júlio Garcia, o próximo presidente do parlamento.
Almoço emedebista
Hoje a bancada do MDB na Assembleia Legislativa se reúne para o tradicional almoço das terças-feiras. A questão, é que dois deputados não estarão presente, mostrando que a crise interna na bancada está longe de ser resolvida, desde que foi escolhido o nome de Mauro De Nadal para ser o indicado pelo partido para disputar a presidência da Assembleia Legislativa. Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa estão fechados e, ambos mantém o discurso de que foram desrespeitados pelos demais colegas. Para esquentar ainda mais, De Nadal levará uma proposta aos parlamentares do MDB, com uma sugestão para fechar um acordo com Júlio Garcia (PSD), que praticamente já tem os votos que precisa para se eleger ao comando da Alesc. O que chama atenção, é que Garcia é o único motivo para unir a bancada, já que todos devem votar nele.
Estratégia
Tanto Valdir Cobalchini (MDB) quanto Moacir Sopelsa (MDB), estão fechados e não se sentem à vontade para participar do almoço da bancada. Como a disputa é cargo a cargo, Cobalchini pensa na possibilidade de se candidatar a vice-presidente na Assembleia Legislativa. Quanto a vontade de Mauro De Nadal (MDB), de querer disputar a vaga de vice, Cobalchini não poupou críticas ao colega de partido. “Eu ficaria muito constrangido após a rasteira, de querer ser o vice por não ter voto. Querem buscar um prêmio de consolação”, afirmou.
Concurso para o Deinfra?
Chamou a atenção o fato de estar em vigor, o prazo para a inscrição em um concurso público para o Deinfra, órgão que será extinto pelo futuro governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), que terá início em janeiro. Conforme já anunciado, o Deinfra a exemplo do Deter, serão extintos e, as suas atribuições serão absorvidas pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade. O governo precisa explicar o motivo de realizar um concurso para um departamento que será extinto.
Aeroporto de Chapecó
A Fiesc em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), custeará um estudo para o aeroporto de Chapecó. O objetivo, é verificar a possibilidade de se instalar um aparelho ILS, ou, uma alternativa para reduzir ainda mais o percentual de fechamento do terminal. O presidente da Acic, Cidnei Barozzi, se empolgou com a possibilidade do estudo, trazer uma solução para a capital do Oeste.
Contraponto: SAMU
“Nesta segunda-feira, dia 17, o jornalista Marcelo Lula publicou em sua coluna do SC EM PAUTA uma nota com informações acerca do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU e uma possível rescisão contratual com a atual empresa prestadora de serviços, o que, segundo relata, poderá resultar em um prejuízo ao Estado em razão da ruptura unilateral do contrato. Em que pese as informações publicadas, imprescindível se faz tecermos alguns Esclarecimentos:
Inicialmente, cumpre destacar que o relançamento do edital se deu exclusivamente em razão de decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº 0305812-08.2018.8.24.0023, bem como, com vistas a atender os apontamentos feitos pelo
Tribunal de Contas do Estado de SC (TCE) no Processo n. @REP 18/00429719 referente o edital do Pregão Presencial n. 40-2018-CBMSC.
Sendo assim, esclarece a Gerência do SAMU que o Estado vem buscando oferecer o melhor atendimento à população, bem como considerando a peculiaridade dos serviços prestados pelo SAMU 192, está tomando todas as medidas legais cabíveis ao processo, sem que haja prejuízo ao atendimento da população” – Janine Silveira dos Santos Siqueira – Consultora Jurídica da Secretaria de Estado da Saúde.
Contas desaprovadas
A deputada estadual eleita para um único mandato, Ana Caroline Campagnolo (PSL), teve as suas contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Acontece que segundo análise da Secretaria de Controle Interno e Auditoria do TRE, há problema em relação a seis despesas eleitorais que somadas, chegam a R$ 962, além da transferência de R$ 589 para a conta pessoal de Campagnolo desrespeitando a lei eleitoral, o que é grave. Não importa se é R$ 1, ou R$ 1 milhão, pois, quem prega a moral e os bons costumes deve servir de exemplo. A situação se torna pior ainda, se notarmos que a prática não condiz com a verborragia imposta por ela. Agora, se não respeita a lei durante a eleição, a respeitará durante o mandato? Todos de olho !!!