
Guedes (ao centro) conversou com as lideranças do Estado.
O governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), se reuniu ontem em Brasília com o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes. Ele foi acompanhado do atual secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, dos deputados federais eleitos, Daniel Freitas e Fábio Schiochet, do presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino, e do secretário-geral do partido, Diego Goulart.
Guedes ouviu com atenção a situação financeira do Estado, relatada por Eli, informação que foi complementada por Moisés que destacou a dívida pública de Santa Catarina, pontuando a necessidade de apoio do Governo Federal para saná-la. Moisés destacou que pretende enxugar o Estado, o recolocando no limite de gastos com pessoal. “Nós queremos fazer a nossa economia voltar a crescer. Assim como nosso futuro presidente destacou em reunião recente, se o Brasil não der certo, os Estados também não darão. É hora de buscarmos caminhos juntos”, afirmou.
Porém, ele sabe que o próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já avisou que não tem dinheiro para os Estados num primeiro momento, ficando a esperança para o Pacto Federativo que tem sido defendido por Guedes, mas, os governadores terão que dar a sua contrapartida. Segundo o futuro ministro, os Estados terão que privatizar as suas empresas públicas. Mas, se for esse o critério, Santa Catarina logo se enquadrará, já que o próprio Moisés tem defendido que todos os serviços através de estatais que o Estado não tem feito bem, que será repassado à iniciativa privada.
Portanto, se cumprir com o dever de casa, pensando em ações de estadista como cortes de gastos e redução da estrutura, Moisés terá a grande chance de realizar um bom governo, com total apoio de Bolsonaro, Guedes e demais lideranças.
Reforma Tributária

Hauly é o relator do projeto.
Ontem eu abordei a preocupação do secretário da Fazenda de Joinville, e presidente do Confaz-M/SC, Flávio Alves Martins, a respeito da Reforma Tributária. Segundo ele, sem um novo Pacto Federativo e a revisão da competência dos Estados, aprovar uma reforma é gerar um prejuízo sem precedentes aos municípios. A questão é, no que depender do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, o pacto deverá ser discutido, porém, quando? Essa pergunta é importante, porque no início do governo de Jair Bolsonaro (PSL), a proposta de Reforma Tributária deverá seguir nas comissões no Congresso Nacional. O deputado paranaense, Luiz Carlos Hauly (PSDB), defende a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), para substituir os impostos incididos sobre consumo. A equipe de transição é a favor, porém, o economista Marcos Cintra que faz parte da equipe de Guedes, defende um modelo de imposto sobre as movimentações financeiras.
Clique e confira os principais pontos da reforma, incluindo as atribuições dos Estados e Municípios: Reforma Tributária
Vitória dos municípios
Ontem em audiência no Tribunal de Justiça, na 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da capital, conduzida pelo Juiz Jefferson Zanini, foi acordado que o Governo do Estado deve começar a pagar a dívida de R$ 81 milhões que tem com os municípios referente ao setor da Saúde, a partir do próximo ano. O valor será pago em 35 parcelas mensais, iniciando a primeira em março, com prazo até 15 de abril. A falta de pagamento acarretará em sequestro do valor necessário para o repasse. A ação obriga o Estado a cumprir a obrigação de participar do financiamento dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, para municípios que os possuem e executam ações e serviços básicos de saúde apenas com valores repassados pela União e recursos próprios. Estão englobados os recursos de Farmácia, Odontológico, prisional, entre outros. Os repasses haviam sido suspensos em 2017. O acordo será submetido aos Conselho Superior da Procuradoria-geral do Estado de Santa Catarina, que deve proferir decisão até o dia 13 de dezembro deste ano. A Fecam na defesa dos municípios, tem acompanhado o trâmite da ação.
Amin X Pedrão

Pedrão pensa na disputa à Prefeitura de Florianópolis.
Dois jovens nomes do Progressistas de Florianópolis, podem entrar em rota de colisão nos próximos meses, na construção de uma pré-candidatura a prefeito da capital. De um lado, o deputado estadual reeleito, João Amin, de outro, o vereador mais votado da história de Santa Catarina com 11.197 votos, Pedro Silvestre, o Pedrão, que inclusive, é o atual presidente municipal do partido. Não será a primeira vez que as duas lideranças se interessam em disputar o mesmo cargo. No pleito pela presidência do diretório de Florianópolis, Pedrão e Amin somente chegaram a um acordo na reta final, quando foi construído um consenso. Mas, e agora?
Apoio suprapartidário
O vereador Pedrão (Progressistas) me disse que tem sido incentivado a disputar a Prefeitura de Florianópolis, não somente dentro de seu partido, mas, também por lideranças de outras siglas. Além disso, ele comemora o momento atual em que vive no partido e, que o seu objetivo é o de renovar atraindo pessoas para se filiarem, inclusive, ele tem conversado com um grupo ligado ao curso de administração pública da Udesc. Para a vereança, ele destaca o nome do jovem Rafael Silochi, que é do Continente e trabalha na área do turismo. “Temos trabalhado em parceria envolvendo a via gastronômica e na região de Itaguaçu. Tem muita coisa bonita no Continente que o turismo da nossa cidade desconsidera”, disse Pedrão, em clara crítica. Tentei conversar com João Amin, porém, o telefone do deputado estava desligado. Pelo visto, os progressistas da capital se encaminham para uma forte disputa interna.
Buligon trocará
É grande as apostas que a mexida que o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), pretende fazer no primeiro escalão de seu governo, inclusive, com o retorno de titulares à Câmara de Vereadores, tem como pano de fundo a disputa à presidência do parlamento. Mas, tem quem afirme que o real objetivo é abrir espaço para abrigar dois assessores do deputado estadual, Gelson Merisio (PSD), que retornam a Chapecó. Américo do Nascimento Júnior deve assumir a Secretaria de Saúde, cargo que já ocupou e, James Giacomazzi deve ser o titular do Desenvolvimento Urbano, onde também já foi secretário. No caso de Américo, ele tem uma larga experiência na vida pública, tendo sido secretário regional de Chapecó. A sua volta, também alimenta rumores de uma possível candidatura a prefeito pela situação.
PT na Alesc
Em sua primeira reunião, a futura bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa, já começou os encaminhamentos a respeito das lideranças e comissões. Uma informação é de que foi unanimidade dentro do partido, a decisão de se posicionar como independente em relação ao futuro governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), mas, sem atuar como oposição, pelo menos num primeiro momento. Estreante no parlamento, o ex-prefeito de Pinhalzinho, Fabiano da Luz, argumentou que Moisés através da votação que recebeu, tem um grande respaldo. Por isso, o partido irá observar de que forma será o tratamento do governo, para depois se posicionar definitivamente.
Liderança