Uma guerra de versões sucedeu a visita ao final da manhã de ontem, de lideranças do PSD de Chapecó, partido da base governista, ao prefeito Luciano Buligon (sem partido). Liderando o grupo, foi o deputado federal, João Rodrigues, acompanhado do presidente pessedista no município, José Caramori, e alguns vereadores, que foram entregar um documento intitulado “10 medidas para uma nova Chapecó”.

De acordo com as lideranças do PSD, a reunião não durou mais do que 10 minutos, pois, segundo eles, Buligon teria se negado a receber o documento e se irritado com a iniciativa do grupo. “Queríamos apenas entregar o documento ao prefeito, dos temas que a sociedade defende. São pautas que não dá mais para esperar”, disse uma das lideranças.

Por sua vez, Buligon afirmou que aceitou a receber o documento, mas, que antes pretendia debater o teor, o que, segundo ele, foi negado pelas lideranças do PSD. “Eles não me mostraram o documento. Na verdade, brigaram com o Merisio (Gelson) e sobra para mim. Eu disse, vamos debater o documento, é uma ideia de todos, mas, eles disseram que não, somente queriam entregar. Um negócio estranho”, afirmou Buligon, dizendo que os vereadores Ivaldo Pizzinatto, o Gringo, Aderbal Pedroso e Célio Portela, não assinaram o documento e nem foram à reunião.

Para o prefeito, o PSD se implodiu e, lamenta que o partido se perdeu na eleição. “Vocês se perderam, brigaram, abandonaram o candidato a governador (Merisio), virou uma confusão e querem me colocar no meio disso. Eu não quero brigar, vamos tocar a nossa vida, vamos nos ajudar Zé (Caramori) e João (Rodrigues), nós sempre nos ajudamos”, relatou Buligon, segundo ele, o que teria sido o teor da conversa.

Questionado a respeito do que fará em relação as medidas sugeridas pelo documento, Buligon respondeu que nada e, que seguirá trabalhando e administrando o município. Ele também entende que os pessedistas seguirão na base de seu governo. “Eles não saíram brigados do gabinete. Acredito piamente que seguirão no governo”, afirmou.

E a verdade?

As versões de Luciano Buligon (sem partido) e das lideranças pessedistas se confrontam. Fica difícil entender como um grupo vai entregar um documento e, não o entrega. Afinal, o que aconteceu no gabinete? Como os pessedistas afirmam que entregaram, então, é importante que o prefeito avalie as propostas, pelo bem da população. Agora, a situação poderia ter sido pacificada. Buligon diz defender as propostas, portanto, deve ser do seu interesse receber o documento, o qual ele me disse que não recebeu. Se for o caso, poderia abrir mais uma vez a agenda para receber as propostas. Uma fonte governista me falou que dentro do governo, o sentimento é que o prefeito foi pego de surpresa, que teria sido uma covardia.

Quem ganha?

As propostas apresentadas ontem pelas lideranças do PSD de Chapecó, ao prefeito Luciano Buligon (sem partido), são de grande importância para a redução de gastos no poder público do município. Alteração da Lei Orgânica Municipal para a redução do número de vereadores e do percentual de repasse ao Poder Legislativo, são as primeiras da lista. Porém, também tem a redução do número de secretarias municipais, substituição do pagamento de diárias por ressarcimento entre outras propostas que devem gerar uma importante economia. Clique o link e acesse as propostas: 10 Medidas para uma NOVA CHAPECÓ

Ficha no Progressistas

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), me disse que não assinará ficha no Progressistas. Ainda ontem no Twitter, ele escreveu: “Sempre declarei que o meu partido é a minha cidade. Não vejo como prioridade estar filiado a um partido político nesse momento. Reafirmo que o meu foco é Chapecó”. Buligon quer ficar o máximo de tempo possível, sem estar filiado.

Investimentos

Visando mostrar o potencial econômico e turístico do Estado, buscando atrair mais investimentos de outros países para gerar mais emprego, renda e promover uma troca de experiências e de conhecimento que impulsione a economia local, o presidente do PSL de Santa Catarina, Lucas Esmeraldino, um dos principais responsáveis pelo crescimento do partido no estado. Articulou nesta semana, em Brasília, um encontro entre o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), e os embaixadores da Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Angola e Togo. Também estiveram no encontro os ministros conselheiros da França, Portugal e Argentina. A reunião que ocorreu na residência do diplomata, ministro de primeira classe, Rubem Coan Fabro Amaral, e de sua esposa, Andresa Coan Fabro Amaral, articuladora internacional, contou com a participação também, do deputado federal eleito, Daniel Freitas (PSL).

Presidência da Alesc

As conversas para a presidência da Assembleia Legislativa começam a esquentar nos bastidores. No MDB, Valdir Cobalchini e Mauro De Nadal desejam presidir o parlamento e a decisão deve sair na terça-feira (20). No PSD, conforme adiantei, Júlio Garcia quer os dois últimos anos, mas, um outro pessedista também quer o cargo. Milton Hobus deu a ideia de quatro nomes dividirem a presidência em um ano para cada.

Articulando

Mocellin tem feito contatos na Alesc.

Ontem eu recebi a ligação do deputado estadual eleito, Coronel Onir Mocellin (PSL), futuro líder do governo na Assembleia Legislativa. Em resposta ao meu comentário na coluna, sobre as dificuldades do futuro governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), Mocellin disse que tem indo quase que diariamente ao parlamento, onde conversa com os deputados de vários partidos. A ideia, é construir uma base para Moisés na Alesc.

 

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