Brasil é alertado sobre retaliação Árabe, Estado deve adotar estrutura semelhante ao Governo Federal, MDB se reúne hoje na Agronômica entre outros destaques
O governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), já está montando a sua equipe, porém, até o momento o silêncio impera a respeito dos nomes que ocuparão o primeiro escalão. O que se sabe até o momento é que Moisés segue fechado trabalhando com um grupo restrito, formado em sua maioria por militares de sua confiança.
Porém, um nome que vazou é o do tenente coronel, Luiz Carlos Balsan, comandante do 11º Batalhão dos Bombeiros Militares no Oeste, para ser o comandante geral no estado. Balsan não atendeu aos telefonemas, porém, segundo uma fonte, ele teria recusado o convite. Tanto ele como o atual comandante, João Valério Borges, devem ir para a reserva neste próximo ano, o que abre à possibilidade do atual subcomandante-geral, coronel Vanderlei Vanderlino Vidal, de ser alçado ao comando.
Um nome que deverá ocupar um espaço importante no governo, é o do presidente estadual, Lucas Esmeraldino. Ele embarca hoje para Brasília onde deverá acompanhar na quinta-feira (08) o julgamento da chapa de Jorginho Mello (PR), no caso de uma suposta irregularidade na filiação do segundo suplente, Beto Martins (PSDB). Esmeraldino conta com a possibilidade de cassação da chapa para assumir o mandato, ou que seja marcada uma nova eleição. Caso ele não tenha êxito no pleito, poderá ser nomeado como o secretário de Articulação Nacional, cargo que o colocaria próximo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já que o titular da pasta fica na capital federal.
Uma outra questão que ainda está sendo discutida, é que a reforma administrativa siga o mesmo modelo do Governo Federal. Ainda não há uma confirmação oficial, mas, podem haver fusões de secretarias, incluindo, uma possível mudança de nome, por exemplo, a Fazenda poderia ser transformada em Secretaria da Economia. “A ideia é que tenhamos os setores todos alinhados com os ministérios. Isso facilitará o contato e o envio de recursos. Se conseguirmos alinhar ficará melhor”, relatou uma fonte.
Também está confirmado que o governo não chamará deputados para ocupar secretarias, apenas pessoas sem mandato e com o perfil técnico. É possível que até a próxima semana, alguns nomes comecem a ser divulgados.
Mudanças
Segundo uma fonte ligada ao futuro governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), apesar dos temores, é possível que não haja atraso nos salários dos servidores. “Salário é alimento, é algo sagrado”, afirmou. Já quanto as dívidas bilionárias, a fonte acredita que serão negociadas ao seu devido tempo. Para cortar gastos, Moisés poderá se aproveitar do fato de ter a maioria na Assembleia Legislativa, para mudar algumas leis. Um exemplo, é a lei criada pelo deputado estadual Gelson Merisio (PSD), que aumenta o percentual a ser repassado para a Saúde. A medida deverá ser derrubada. Além disso, melhorias nas BRs e recursos para socorrer o Estado devem ser discutidos diretamente com o Governo Federal.
Moreira com deputados
O almoço das terças-feiras da bancada do MDB, hoje sairá da Assembleia Legislativa e será realizado na Casa D’Agronômica. O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), receberá os deputados estaduais e federais, atuais e eleitos. Na pauta, a reforma administrativa que deverá ser enviada ao parlamento ainda em seu mandato, além do posicionamento do partido nas esferas nacional e estadual. Tem quem defenda que o MDB seja da base do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Alesc, enquanto outras lideranças querem que o partido somente se alinhe em questões pontuais.
Presidências
Outros assuntos que estarão em pauta no almoço de hoje na Casa D’Agronômica, são as presidências da Assembleia Legislativa e do partido no estado. O governador Eduardo Pinho Moreira deseja presidir os emedebistas, tem recebido apoio, porém, o deputado federal eleito, Carlos Chiodini, e o senador Dário Berger também demonstraram interesse. Em relação a Alesc, a preferência no momento é pelo nome de Valdir Cobalchini, mas, os deputados Mauro De Nadal e Moacir Sopelsa, também querem comandar o parlamento.
Progressistas
A pedido do deputado estadual reeleito, João Amin, o Progressistas deverá se reunir nos próximos dias. O pedido está na mão do presidente estadual do partido, Silvio Dreveck. Amin diz que o partido não se movimentou após a eleição, mas, que é preciso avaliar os resultados. Ele também quer saber qual será o posicionamento partidário em Brasília e aqui no estado.
Primeira retaliação
Ontem eu escrevi sobre a minha preocupação com as consequências de uma possível mudança da embaixada do Brasil em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém. O Egito foi o primeiro país a fechar as portas, ao cancelar de última hora uma visita do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, que começaria nesta próxima quinta-feira (08), encerrando no domingo (11). Oficialmente os egípcios informaram que houve mudança na agenda de suas autoridades, porém, a versão oficial é a declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de que mudará o local da embaixada, o que contraria a causa palestina. A Liga Árabe também já demonstrou contrariedade através de uma nota endereçada à embaixada brasileira no Cairo.
Prejuízo
Vale lembrar que os países árabes são o segundo maior comprador de proteína animal. No ano passado, as exportações chegaram aos US$ 13,5 bilhões. De tudo o que é exportado pelo Brasil, o Oriente Médio é o destino de 5,3%, sendo que nos últimos 12 meses foram embarcados US$ 11,6 bilhões em carnes para os países árabes. Já Israel, tem uma parceria muito pequena com o Brasil. O país hebreu comprou apenas US$ 256 milhões, o que representa 0,14% do que exportamos.
Risco
Produtores de aves do Oeste catarinense olham a situação com preocupação, que ganha um motivo bem sólido. O presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rubens Hannun, afirmou categoricamente que a mudança da embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, abrirá as portas para os países produtores de carnes, concorrentes dos produtos do Brasil, a exemplo da Argentina, Austrália e Turquia. Mas também não podemos desconsiderar os EUA tomando o nosso mercado. Jair Bolsonaro (PSL) terá que rever o seu posicionamento, se não quiser começar um governo gerando um prejuízo milionário com efeito sem precedentes para o Brasil, sobretudo para Santa Catarina. Tudo isso, por um assunto que em nada contribuirá com o nosso país.
Demarcação
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou categoricamente de que não haverá mais demarcações de terra para indígenas no Brasil. Essa decisão, caso ele consiga cumpri-la, dará por fim a uma segurança jurídica inexistente atualmente para inúmeros produtores rurais. Demarcar terra produtiva para os indígenas é um crime contra o direito de propriedade, além de um retrocesso para o nosso setor produtivo.
Consulado
Ontem o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), recebeu uma visita do senador eleito, Jorginho Mello (PR), e de Diogo Mezzogiorno que disputou a eleição também ao Senado, não tendo sido eleito e, que atua na Câmara de Comércio Ítalo-Brasiliana. Eles conversaram e Pinho Moreira ouviu de Mezzogiorno, que há quatro anos está sendo trabalhado para que se tenha um consulado italiano no Brasil. Um protocolo já havia sido assinado com a “Farnesina”, que é o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália. Até o início do ano, um local deve ser destinado para o início das atividades consulares.
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