As relações internacionais de um governo, sem sombra de dúvida sempre serão direcionadas para os países com afinidade ideológica de seu presidente. Muito embora, seja fundamental construir uma boa convivência com todas as nações, mas, é natural que líderes com viés de direita se alinhem com os seus pares e, os de esquerda da mesma forma, apesar que é preciso ter muito cuidado com quem se anda.

Um péssimo exemplo aconteceu nos governos do Partido dos Trabalhadores, quando tivemos parceiros no mínimo contestáveis, a exemplo da Venezuela, Cuba, Bolívia entre outros. No caso dos venezuelanos, pasmem, petistas defendem até hoje o governo genocida de Nicolai Maduro, sem contar que fomos afanados na questão do gás quando o boliviano Evo Morales, botou a mão em nossas refinarias da Petrobrás e Lula ideologicamente o perdoou. Foi um crime de “lesa pátria” nunca punido. Mas, temos que aprender com esses péssimos exemplos, para não pecarmos para o outro lado também.

Quando foi eleito no dia 28 do mês passado, Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que as relações internacionais serão construídas sem o viés ideológico, porém, logo de partida anunciou a mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, num claro sinal de aproximação com Israel, além dos Estados Unidos de Donald Trump e o Chile de Sebastian Piñera. Até aí, tudo normal, são países interessantíssimos para parcerias internacionais. No caso de Israel, é um país altamente tecnológico, que poderá nos ajudar e muito no aprimoramento ao combate à criminalidade, sem contar o sistema de Kibutz e a irrigação do território hebreu que é desértico, o tornando produtivo e próspero, podendo servir de exemplo para o Nordeste. Porém, devemos nos preocupar em Santa Catarina, com o fato do Brasil se posicionar em relação a disputa entre israelenses e palestinos.

Os países árabes são os principais compradores de carne do Brasil. Para ter uma ideia, somente de carne de frango foram enviados à Ásia 790 mil toneladas entre janeiro e julho deste ano. No Oriente Médio ficaram 752,1 mil toneladas do produto, superando há anos a África, União Europeia e os países das Américas. Portanto, das exportações de proteína animal, 45% da carne de frango e 40% da bovina são produtos “Halal”, ou seja, para o consumidor muçulmano.

No caso das aves, o produto sai do nosso estado, sendo o sétimo item mais exportado pelo Brasil, tendo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes como os nossos maiores compradores. De janeiro a setembro deste ano, foram vendidos para eles US$ 4,3 bilhões, dos US$ 180 bilhões negociados de tudo o que é exportado. Portanto, é um grande risco se envolver numa disputa que não trará benefício algum para o Brasil, pelo contrário, poderemos perder e muito com isso.

Como poderemos perder? Com a pressão que os países árabes farão contra a decisão. Vale lembrar que não temos o poder que os americanos detém, portanto, se com eles não houve prejuízo quando mudaram a embaixada para Jerusalém, para nós esse movimento sem um propósito maior, poderá ser desastroso.

Bolsonaro precisa ter cuidado para não cair numa grande armadilha. Os americanos são os nossos maiores concorrentes em relação a soja, carne bovina, suco de laranja e carne de frango. Qualquer tropeço nosso, lá estará os EUA para nos substituir, roubando uma fatia importante do mercado internacional. Portanto, vamos torcer para que a amizade entre o nosso presidente eleito com Donald Trump e Benjamin “Bibi” Netanyahu, seja menor do que os interesses do Brasil.

Entenda

Vale destacar que para Israel, Jerusalém é a sua capital há muito tempo. Os poderes constituídos do país, a exemplo do “Knesset” que é o parlamento, a “Beit Hamishpat Haelyon” que é a Suprema Corte e, a administração do primeiro-ministro, Benjamin “Bibi” Netanyahu, estão localizados em um conjunto de prédios chamados de “Kiryat HaMemshala”, em uma colina na parte Ocidental da cidade eterna. Porém, a parte Oriental é da população árabe, tanto cristã a exemplo dos católicos romanos, ortodoxos, evangélicos entre outros, além dos muçulmanos. Eles reivindicam esse território como a capital de um futuro Estado Palestino. É um problema grave, o qual o mundo não se interessa em ajudar a resolver. Enquanto isso, israelenses e palestinos sofrem por culpa do descaso, já que ambos os povos poderiam estar vivendo em paz, lado a lado.

Agricultura

O deputado federal, Jerônimo Goergen (Progressistas) pelo Rio Grande do Sul, é um dos cotados para assumir o Ministério da Agricultura. O seu nome foi indicado pelo presidente da União Democrática Ruralista, Nabhan Garcia. O deputado federal Valdir Colatto (MDB) que não se reelegeu, também é cotado para assumir uma vaga em algum setor técnico do ministério.

Pró-Lummertz

Se depender das lideranças e empresários do setor do Turismo, o ministro Vinicius Lummertz ficará no cargo no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Um dos maiores conhecedores do setor, Lummertz tem recebido o apoio para que continue o seu trabalho de estruturação e divulgação do setor turístico. Várias associações assinaram uma carta enviada a Bolsonaro, a exemplo da Abav, Braztoa, Aviesp, Avirrp, FBHA, entre outras.

Fechado

Precavido, o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), tem se fechado cada vez mais. Reuniões apenas com o atual governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), que se tornou o seu conselheiro, além de pessoas próximas a ele. Por hora, nada de anúncios, os nomes estão sendo guardados a sete chaves. A vice-governadora eleita, Daniela Reinehr (PSL), chegou a dizer que caberá a ela a escolha do futuro secretário de Estado da Agricultura, situação que ainda não foi confirmada oficialmente.

Se manifestará

 O deputado estadual eleito, Júlio Garcia (PSD), não quis falar publicamente nos últimos dias. Mas, me falou que a partir de hoje aceitará falar. Veremos o que Garcia terá a dizer.

Recolhido

O deputado estadual Gelson Merisio (PSD), após perder a eleição ao Governo do Estado, resolveu se recolher. Apareceu na Assembleia Legislativa na semana passada, porém, evitou muitos encontros, inclusive, não participou do almoço da bancada pessedista. É um momento de reflexão para Merisio, que ainda não anunciou se continuará na política.

Mais provável

No final de semana ganhou mais força a possibilidade do governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), assumir a presidência estadual de seu partido. Segundo uma fonte, mais lideranças se posicionaram a favor de Pinho Moreira. Neste caso, o nome do deputado federal eleito, Carlos Chiodini, ganha força para ser o vice-presidente, enquanto que Valdir Cobalchini será a prioridade do partido para presidir a Assembleia Legislativa.

CPI da ponte

O vereador de Florianópolis, Bruno Souza (PSB), deve propor no próximo ano quando assumir o cargo de deputado estadual, a abertura de uma CPI para apurar a gastança de dinheiro na ponte Hercílio Luz. Souza soube que houve um aditivo de R$ 29 milhões no custo das obras e, no Ministério Público de Contas soube que cerca de R$ 750 milhões serão gastos com as obras. Há tempos eu questiono o rio de dinheiro gasto nessa obra. Até que enfim, alguém teve a coragem de questionar, portanto, tomara que Souza não desista de um questionamento tão importante, já que é o dinheiro de todos os catarinenses sendo gasto ali.

João Rodrigues

Está pautado para a quarta-feira desta semana, o julgamento no Supremo Tribunal Federal do recurso do deputado, João Rodrigues (PSD), no caso da retroescavadeira de Pinhalzinho. O relator, ministro Gilmar Mendes, já colocou na pauta. Quem está acompanhando de perto a situação é o deputado estadual Ricardo Guidi (PSD). Se Rodrigues conseguir reverter, Guidi ficará como o primeiro suplente não podendo assumir uma cadeira como titular na Câmara dos Deputados.

Futuro de Guidi

O jovem Ricardo Guidi (PSD), já é visto como um provável candidato a prefeito de Criciúma, caso não assuma como titular na Câmara dos Deputados. O seu mandado no Estado está terminando. Neste próximo ano, caberá a Guidi trabalhar para viabilizar o seu nome para a disputa municipal.

Apoio a Moro

A Associação dos Magistrados do Trabalho da 12ª Região (AMATRA12), entidade que representa os juízes do Trabalho do Estado de Santa Catarina, enviou nota através de sua assessoria, para parabenizar o juiz Sérgio Moro por ter aceitado a missão de ocupar o cargo de Ministro da Justiça no próximo governo. “Aproveitamos o ensejo para rogar que Vossa Excelência abra um canal de interlocução com o Poder Judiciário e, em especial, que atue firmemente em defesa do estado democrático de direito e da Justiça do Trabalho. Estimamos que vossa atuação seja pautada pela defesa da Magistratura como poder independente e valorizado. Por fim, estamos certos de sua capacidade, sensibilidade e competência”, disse a nota, assinada pela presidente Andrea Cristina Bunn.

 

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