Coronavírus: Secretário de Estado da Saúde responde ao SCemPauta sobre compras de equipamentos acima do preço de mercado
Em coletiva à imprensa que encerrou há pouco, o secretário de Estado da Saúde, Elton Zeferino, respondeu à pergunta a respeito da nota divulgada pelo SCemPauta na manhã de hoje, sobre aquisições do Governo do Estado de equipamentos a um custo maior do que o praticado pelo mercado. (Clique e leia).
Zeferino explicou que o poder público está vivendo um novo momento no processo de compra dos insumos, através de fornecedores tradicionais e não tradicionais, conforme definiu. Sem citar a questão levantada pela coluna sobre a diferença do chamado respirador, o qual o modelo adquirido seria o de menor porte, não o específico para UTI, o secretário focou no preço dizendo que os valores subiram devido à grande procura.
A pedido do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), Zeferino chegou a apontar que antes da crise, os ventiladores (respiradores) eram vendidos entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, porém, a partir do início da pandemia, que os valores saltaram para mais de R$ 100 mil, chegando hoje a valer R$ 335 mil cada.
Um dos motivos apontados por ele para o alto valor do produto, é que os Estados a pedido do Ministério da Saúde, só podem adquirir os ventiladores no exterior, o que tem sido feito através de representantes. De acordo com Zeferino, a situação foi motivada pelo que definiu como “canibalismo” entre alguns Estados, os quais, segundo ele, pagavam às empresas a multa de rescisão de contratos com outros Estados, para adquirir os aparelhos.
Por fim, destacou que não é possível deixar de comprar os equipamentos e insumos, já que o Estado precisa organizar os leitos de UTI e demais estruturas para a demanda. Além disso, disse que as máscaras adquiridas são do modelo N95, afirmando serem as mais requeridas, tendo custado centavos cada. “Não pode faltar leitos, nem equipamentos e EPI. Nenhum profissional de Saúde por ficar sem o equipamento”, afirmou.
Já o governador disse que não há tempo para licitar e, que se não pagar os valores pedidos pelos fornecedores, que o Estado corre o risco de ficar sem os equipamentos necessários.
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