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A entrevista exclusiva que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) me concedeu no Palácio do Planalto, durou cerca de 38 minutos, tempo em que foi possível abordar alguns temas que são destaque no país. Gravada na quarta-feira da semana passada quando ainda não havia uma definição na eleição nos Estados Unidos, Bolsonaro não escondeu a sua preferência por Donald Trump, destacando que Joe Biden representa um pensamento mais alinhado à esquerda. O presidente acredita que uma vitória do democrata, o que depois da gravação veio a ocorrer, poderá influenciar a política da América do Sul. Já em relação a China, Bolsonaro destacou que assim como o Brasil precisa de negócios junto ao país asiático, que eles também precisam dos produtos brasileiros. Quanto a tecnologia 5G, a decisão terá que passar pela sua caneta Bic.

Bolsonaro também voltou a defender o seu posicionamento durante a pandemia do Coronavírus, criticando o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Para o presidente, é preciso isolar as pessoas que sofrem um risco maior de complicações e deixar o restante da população trabalhar. Ele também voltou a falar da Cloroquina.

Quanto ao combate aos efeitos da pandemia, Jair Bolsonaro destacou o Pronampe, programa ao qual deu destaque para o idealizador que foi o senador catarinense, Jorginho Mello (PL), além do auxílio emergencial, como as duas ações que salvaram milhares de empregos, além da ajuda às pessoas de baixa renda atingidas pela pandemia. “Isso é endividamento”, destacou o presidente, ao afirmar que não era dinheiro que havia em caixa.

Em relação as futuras ações para recuperar a economia no pós-pandemia, Bolsonaro me disse que a Lei da Liberdade Econômica já ajudou há muitas empresas. Ele também já pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que crie o programa Minha Primeira Empresa, com o objetivo de incentivar o empreendedorismo como uma das ações para a recuperação da economia.

Já sobre o combate ao Coronavírus, o presidente se mostrou contrário ao que chamou de pressa para desenvolver uma nova vacina. Se mostrou cético quanto a se ter uma vacina segura nos primeiros meses do próximo ano e, voltou a criticar os governadores que determinaram o fechamento de empresas e serviços considerados não essenciais, medidas as quais, de acordo com o presidente, prejudicaram fortemente a economia do país.

Quando questionado sobre a sua relação com Santa Catarina, Bolsonaro voltou a falar das medidas estabelecidas nos Estados, com destaque para o hoje governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL), responsável por uma das medidas mais restritivas do país. “Uma barbaridade o que foi feito com Santa Catarina”, disse, afirmando que Moisés mexeu na estrutura que já estava pronta, sendo que poderia ter o procurado para conversar. “Preferiu se unir com o governador de São Paulo para criticar o meu governo”, disse o presidente.

Definitivamente Bolsonaro não gosta do governador afastado. Acusou Moisés de ter usado a onda e o seu nome para se eleger. “Usou a onda, fez o discurso, mas na prática era vazio, não era verdade”, destacou. O presidente comparou Moisés ao governador também afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). “Mal entrou na política e já se achava o dono da situação”, completou a crítica direcionada ao catarinense.

Já quanto a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), Bolsonaro disse que a conhece muito pouco. Espontaneamente fez questão de afirmar que em momento algum ligou para qualquer deputado estadual, pedindo qualquer posicionamento a favor ou contra no processo de impeachment. O presidente disse ainda que somente soube dos acontecimentos pela televisão, fala que desmente afirmações de que ele teria se posicionado a favor da então vice-governadora.

Ainda sobre Daniela, disse que as poucas vezes em que esteve com ela, que foram encontros cordiais, ressaltando que desconhece a capacidade dela para governar e adiantou que daria uma sugestão no encontro que teriam algumas horas após a entrevista. Bolsonaro não quis adiantar qual sugestão seria, mas disse que irá propor critérios técnicos para o governo catarinense.

 

Relação com SC

Ao final da entrevista questionei o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre com quem mantém uma relação mais próxima em Santa Catarina, dada a sua distância, tanto de Carlos Moisés da Silva (PSL), quanto de Daniela Reinehr (sem partido). Ele respondeu que não falaria em nomes de parlamentares para não esquecer de ninguém, mas durante a entrevista destacou o senador Jorginho Mello (PL), que se tornou vice-líder no Congresso Nacional. Um fato é que Bolsonaro está apaixonado pelo Pronampe, que é cria de Jorginho, programa que tem facilitado financiamentos para empresas em dificuldade por causa da pandemia.

 

Repercussão

A entrevista exclusiva que me foi concedida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), repercutiu em alguns veículos de comunicação com abrangência nacional, entre os quais, a CNN Brasil. Já os sites UOL e IG preferiram dar destaque ao terno que usei. A propósito: a cor do terno não é vermelha, é marsala, então, dada a explicação voltada a moda, destaco que em momento algum se tratou de qualquer afronta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Não é qualquer veículo ou profissional que é recebido pelo presidente no Palácio do Planalto para uma entrevista exclusiva. O próprio Bolsonaro destacou que era algo diferente me receber, já que não fala com a imprensa há cerca de dois meses. Após meses de negociação para conseguir entrevistar o presidente, de maneira alguma eu cometeria uma despropositada indelicadeza com um entrevistado, aliás, sempre respeito a todos que entrevisto independente da posição a que ocupa. Ao final, o que importa verdadeiramente é o conteúdo de uma entrevista a qual todos deveriam assistir.

 

Volta de Moisés

Ouvi de lideranças durante o final de semana que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) já estará de volta ao comando do Governo do Estado entre o final deste mês, e dezembro. Um fato é certo: com a volta de Moisés, profundas mudanças devem ocorrer no primeiro escalão do governo, com poucas exceções.

 

Reta final em Joinville

A última semana antes da eleição promete fortes emoções. Darci de Matos (PSD) lidera as pesquisas e começa a escolher o seu adversário. Conforme o colega Ananias Cipriano e eu conversamos no SCemDebate de sexta-feira, para o pessedista o melhor cenário é ter no deputado Fernando Krelling (MDB) o seu adversário no segundo turno. Na visão de Matos enfrentar o emedebista é melhor, pelo fato de que poderá seguir criticando a contestada gestão do prefeito, Udo Döhler (MDB), o ligando a Krelling. Já se os adversários forem Adriano Silva (Novo) ou Tânia Eberhardt (Cidadania), pessoas próximas a Matos acreditam que ele teria mais dificuldade, pois, além de perder o discurso que tem contra Krelling o ligando a Udo, também enfrentaria a forte militância emedebista que se alinharia a Adriano ou a Tânia. Reparem que o próprio pessedista poderá ajudar a impulsionar a campanha de Krelling.

 

A luta de Krelling

O candidato a prefeito Fernando Krelling (MDB) segue entre a cruz e a espada. Jovem e bem quisto em Joinville, o atual deputado estadual enfrenta a boa aceitação ao seu nome, mas que de contrapeso traz o atual prefeito, Udo Döhler (MDB), que mesmo com algumas realizações tem a sua gestão mal avaliada. Não é errado o discurso de Krelling de que ele não é um pupilo de Udo, que se eleito, fará um governo com as próprias pernas e lhe é permitido até mesmo, dizer que tem diferenças com o atual prefeito, não seria nada de anormal. A questão é de que forma reagiria a forte militância emedebista, muito embora, as críticas à gestão de Udo também circula a boca pequena dentro do clã do MDB. De qualquer modo, a grande luta de Krelling neste momento é de chegar ao segundo turno e convencer aos demais a apoiá-lo contra um forte Darci de Matos (PSD).

 

Florianópolis em um ato

As chances de reeleição do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), a cada dia são maiores, dada as pesquisas que até o momento foram apresentadas. Se não estiverem errados os levantamentos e isso já aconteceu em outras eleições, o pleito deve parar no primeiro turno. Hoje, somados os votos dos adversários de Gean na disputa, nenhum candidato chega ao percentual atingido na última pesquisa realizada pelo Ibope. A cada dia que passa é visto que as denúncias sofridas por Gean não afetaram a sua campanha, já que é visto como um prefeito realizador de obras, o que o coloca numa condição diferenciada.

 

Impressiona

Repito, caso as pesquisas estejam certas, impressiona o desempenho da deputada federal, Ângela Amin (Progressistas), na disputa à Prefeitura de Florianópolis. De acordo com o Ibope, ela aparece em terceiro lugar com 9% das intenções de votos. Vale destacar que Ângela não é qualquer nome, já foi prefeita da capital, disputou o Governo do Estado e é de uma família que o sobrenome tem um grande peso na política da capital. Resta saber se o suposto baixo desempenho se deve ao casamento com o MDB, relação contestada por boa parte da militância emedebista. Já o professor Elson Pereira (PSOL), que está em segundo, conseguiu fazer da união dos partidos de esquerda, com a exceção dos nanicos PSTU e PCO, a sua força para poder agora, segundo a pesquisa, tentar chegar ao segundo turno. Já o candidato Pedro Silvestre, o Pedrão (PL), pelo desempenho deve servir de espaço para apoiar quem for enfrentar Gean Loureiro (DEM) no segundo turno, caso a eleição não termine no primeiro.

 

Em Chapecó

A deputada federal Caroline de Toni (PSL) deve se arrepender amargamente de não ter atendido aos apelos feitos pelo prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), para que fosse ela a candidata a prefeita apoiada pela atual gestão. Caroline seria uma candidata forte no cenário e Buligon sabia disso, mas não foi atendido. A conta feita por ela é que não vencendo a eleição, que poderia perder musculatura, sendo que seria o contrário, mesmo não vencendo, Caroline apareceria para o eleitorado e daria mais musculatura à sua candidatura à reeleição a deputada. Erroneamente acreditou que poderia fazer de um candidato, no caso, Leonardo Granzotto (Patriota), desconhecido e despreparado, o prefeito da capital do Oeste. Errou, Caroline tem uma certa força, mas que ainda não é grande o suficiente para transferir a alguém. Tanto ela, quanto o prefeito Buligon sairão chamuscados do provável mau desempenho de Granzotto.

 

Passo maior

O jovem Leonardo Granzotto (Patriota) tem todo o direito de sonhar em ocupar qualquer espaço público via eleição. Que o atual pleito se torne um grande aprendizado de que na política não se pode dar um passo maior do que a perna. Granzotto ainda pode aprender, para isso, precisa estudar de fato, não na fantasiosa escola de Olavo de Carvalho que em nada acrescenta para a sociedade. Ele precisa de espaços reais de aprendizado sobre gestão pública, quem sabe uma passagem pela Câmara de Vereadores e, aí sim, mostrar propostas embasadas, não através das falas vazias que tem apresentado em praticamente todas as suas manifestações. A sua vice, Vanusa Cella (PSL) teria se saído muito melhor, apesar de ainda também ser inexperiente. Além disso, Granzotto precisa ter um pé na realidade. Não tem portas abertas em Brasília, pois, fotos, não fazem de ninguém um conhecido e a verdade é que foi ignorado na visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Chapecó.

 

Na disputa

Cláudio Vignatti (PSB) é um dos nomes mais respeitados do pleito à Prefeitura de Chapecó. A dúvida que paira, é se o percentual que ele apresenta nas pesquisas é de seu capital próprio, ou do Partido dos Trabalhadores que tem no deputado federal, Pedro Uczai, o seu vice. Vignatti cometeu um erro estratégico que foi o de ficar por muitos anos sem mandato. Não se elegeu ao Senado por um grave erro estratégico, ao não aceitar a proposta de Luiz Henrique da Silveira. Pagou caro pelo erro. Depois se sacrificou pelo seu partido ao disputar uma eleição a governador. Já Cleiton Fossá (MDB) gerou uma grande expectativa antes da eleição. Um dos vereadores mais atuantes da Câmara Municipal, não conseguiu através de debates e entrevistas mostrar a mesma desenvoltura de antes. Está no páreo e tem condição de vencer, mas sabe que é uma eleição difícil, pois tem João Rodrigues (PSD) a sua frente. Se vencer o pleito, o pessedista ressurge como uma fênix após a condenação e prisão que o tiraram por um tempo do cenário político. Mas Rodrigues impressiona, ao mostrar que ainda tem uma musculatura quase que inabalada, sobretudo com o eleitorado mais carente. Vale lembrar que Chapecó não tem segundo turno.

 

Outras avaliações

Amanhã eu avalio outras cidades, a exemplo de Blumenau, Lages, São José, Jaraguá do Sul entre outras.

 

Debate

Hoje às 11h, mais um debate do SCemPauta. Acesse e confira as nossas análises sobre os principais fatos da política e economia que afetam Santa Catarina.

 

ATENÇÃO!

O horário da postagem da coluna mudou. Passará a ser às 09h. Além disso, seguiremos com informações durante o dia.

 

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