Conversei com o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) que se disse surpreso, com a citação ao seu nome no relatório apresentado pelo deputado estadual, Bruno Souza (Novo), na CPI da Ponte Hercílio Luz.

Souza apontou a prática de Prevaricação e Improbidade Administrativa, pois, segundo ele, Colombo teria retardado a rescisão unilateral do contrato com o Consórcio Florianópolis Monumento, situação a qual, de acordo com o relatório, causou danos ao erário. Além disso, apontou também a prática de Condescendência Criminosa pelo fato de Colombo não ter responsabilizado subordinados que cometeram infrações no exercício do cargo, além da proximidade demonstrada pelo então governador no acompanhamento da obra.

Colombo considerou uma “sacanagem” a citação, já que sempre se colocou à disposição, tendo inclusive, ido a CPI quando convidado, onde segundo ele, prestou todos os esclarecimentos. Sobre a acusação em relação ao Consórcio, o ex-governador explicou que foi o Deinfra quem fez o contrato a época, não ele, e nem o então secretário, o hoje deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), que não é citado no relatório final. “Eu não tinha poder nesse caso, pois o Deinfra contratou, então era via Deinfra que deveria ter sido feita a rescisão, não o governo”, relatou.

Para Colombo não houve erro na decisão do Deinfra e, neste caso, lembrou que o governo ganhou todas as ações levadas à justiça. “O que ele (Bruno) fala não envolve ordem moral. Veja, é muito mais importante do que multar, é cancelar o contrato e inabilitar a empresa. Foi o que aconteceu e a empresa segue sem poder trabalhar com o poder público”,afirmou.

Se mostrando irritado com a situação, Colombo acusou o relatório de Souza de ser um grande jogo de marketing. “Veja, a obra está pronta, o Ministério Público abriu um processo e não teve nada contra mim, a obra será inaugurada, não tem lógica”.

Quanto a citação no relatório de Souza sobre constantes visitas que fazia a obra, o ex-governador considera ser um mérito acompanhar as ações de perto, ao invés de ter um governo distante. “Estou totalmente seguro, não há nada de doloso contra mim”, afirmou, destacando que amanhã conversará com os seus advogados para analisar possíveis ações.