Moisés pode ser o primeiro governador a sofrer o impeachment no Brasil; Expectativa na CPI dos Respiradores
A expectativa é grande para a reunião de amanhã da CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa. Deputados aguardam o compartilhamento de documentos e a expectativa é de que deve haver novidade.
Ontem em suas redes sociais, o deputado Kennedy Nunes (PSD), postou que a reunião desta terça-feira deve ser explosiva e, depois completou escrevendo que depoimentos na semana passada podem colocar nitroglicerina no caso dos respiradores.
Primeiro impichado
Caso perca o processo de impeachment, Carlos Moisés da Silva (PSL) pode se tornar o primeiro governador a ser cassado no Brasil. Acontece que há mais dois processos abertos no país e dependerá do tempo da tramitação e o resultado de cada, para vermos se o país seguirá sem nenhum governador impichado, ou se terá o primeiro, ou até mais.
Neste momento, além de Moisés, Wilson Lima (PSC) no Amazonas e Wilson Witzel (PSC) no Rio de Janeiro também são alvo de processos já abertos. Entre os três, as situações mais delicadas são as de Moisés e Witzel, que a cada dia que passa, a exemplo do colega catarinense vê o apoio que tinha no parlamento estadual se desmanchar.
Vale lembrar que é a segunda vez que Santa Catarina passa por um processo de impedimento, sendo a primeira que inclui o cargo de vice também. Em 1997, o então governador Paulo Afonso Vieira (MDB) foi alvo de um processo de impeachment, devido ao famoso caso das letras dos precatórios. Numa votação onde os nervos estavam a flor da pele, Vieira junto com os demais deputados emedebistas conseguiu reverter quatro votos através de conversas iniciadas um pouco antes da sessão.
Durante a votação que culminaria com o afastamento parcial do então governador, um dos grandes líderes governistas, Herneus De Nadal (MDB), chorou em plenário enquanto fazia a defesa de Vieira. O final da votação terminou com a comemoração dos que eram contrários ao impedimento de Paulo Afonso que conseguiu concluir o seu mandato.
A grande diferença é que em 1997, o governador tinha um MDB para defendê-lo, ao contrário de hoje, já que Moisés não tem mais do que seis votos a seu favor.
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